13 | Diga que é meu

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Sinto a língua de Phillip roçar meus lábios, meu corpo se arrepia e abro passagem para que ela adentre minha boca

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Sinto a língua de Phillip roçar meus lábios, meu corpo se arrepia e abro passagem para que ela adentre minha boca. Minhas mãos envolvem suas costas, subindo por seu torço enquanto esmago minha boca na sua. Quando chego a sua nuca, afundo os dedos em seu couro cabeludo e puxo seu cabelo entre meus dedos.

O ar parece deixar meu corpo, estou ofegante enquanto me entrego nesse beijo cheio de lascívia. As mãos de Phillip seguram minha cintura e o desejo parece arder em todo meu corpo. Não há uma célula em meu corpo que não esteja absolutamente necessitada por mais. Apenas beijá-lo não é o suficiente, preciso dele por completo.

Me afasto por um momento, completamente ofegante, meus pulmões sorvem tanto ar quanto possível enquanto minha pele desejosa implora por mais. Phillip me encara com um ar de dúvida, seu receio fere algo em meu interior. Mesmo que eu já esperasse por isso. Respiro fundo e tento me conter, enterrando todo o desejo que fervilha meu corpo. Suavemente levo os dedos até seu rosto liso, acariciando sua pele com cuidado.

— Não posso avançar todos os sinais assim, não se quero reconquistar você — digo com um sorriso doloroso e me aproximo, sussurrando as próximas palavras em sua orelha — você é meu Phillip, não vou arriscar perder você de novo.

Posso ouvir a respiração alta de Phillip, seu corpo tenso e abalado. A vontade, o desejo ardendo em sua pele tanto quanto na minha, ainda que eu o conheça o suficiente para saber que ele nunca tentaria passar por cima de uma ordem minha. Eu ainda preciso me concentrar por um momento, usar toda minha força de vontade para me afastar.

— Vamos, preciso te mostrar a carta — digo, puxando-o pela mão.

Descemos até meu quarto sem dizer uma só palavra, Phillip tem sua mão agarrada a minha, os dedos frios cobertos com uma camada fina de suor. É bom ver que não sou a única nervosa aqui. Entro no quarto atrás dele e tranco minha porta, caminho até a bolsa e tiro de lá a carta estendendo-a em seguida para Phillip.

— Tem mesmo uma carta — diz com os olhos arregalados enquanto observa a caligrafia do meu tio.

— Ainda não acreditava em mim? — Pergunto num tom ofendido e vou até suas costas
 Passo levemente as unhas em seu pescoço e observo enquanto a pele se arrepia — vou ter que castigar você para mostrar que nunca deve duvidar da sua dona.

— Me desculpe, Rainha. Sou seu servo, faça o que achar necessário — ele responde num sussurro, seu corpo se arqueando em minha direção. 

— Leia Phillip, se concentre na carta. Não vamos transar, não até eu ter certeza que não vai fugir pelos meus dedos mais uma vez — falo, séria. Dou um tapa em sua bunda e me afasto, deixando que ele se concentre, sem maiores distrações. 

A cada palavra, Phillip arregala mais os olhos, seus dedos amassam a carta pela firmeza com a qual ele a segura. Assim que termina, ele olha o envelope, mas uma vez, suas sobrancelhas unidas e seu rosto tomado com o vermelho da raiva.

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