17 | Fotos e traição

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A primeira coisa que faço, logo após acordar, antes mesmo de tomar café, assim que cada um dos funcionários sai, é chamar o chaveiro até a casa

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A primeira coisa que faço, logo após acordar, antes mesmo de tomar café, assim que cada um dos funcionários sai, é chamar o chaveiro até a casa. 

Algum tempo se passa até que o homem chegue, e não vejo Phillip nesse meio tempo, que acabo usando para comer enquanto aguardo ansiosa. Assim que o chaveiro chega, peço a ele que faça cópias das portas que eu não tenho a chave, o escritório do meu tio, o quarto de Ísis e o sótão. 

Não conto para Phillip que também fiz uma cópia da fechadura do sótão, e como ele não está em nenhum lugar, não parece uma preocupação.

O chaveiro, faz as cópias e me entrega, depois disso recebe o pagamento e vai embora, me deixando sozinha com as cópias. Procuro Phillip pela casa mais uma vez, mas não o encontro, com uma estranheza e uma sensação ruim no peito. Acabo decidindo ir investigar por mim mesma, sem a companhia de Phillip. Mesmo que isso me cause certa angústia.

Opto por ir primeiro ao escritório, com o coração acelerado, encaixo a chave no buraco da fechadura e antes que eu possa virar, meu telefone toca, me dando um pequeno susto.

— Alô? — Atendo ao aparelho.

— Agatha! Oi, como está? Tem um minuto? Queria conversar com você — ouço a voz agitada de Helena do outro lado da linha.

— Claro Helena, pode falar — afirmo respirando fundo e tentando controlar meus nervos.

Helena suspira do outro lado da linha e ouço um ruído abafado, tenho certeza de que ela está chorando, e isso me deixa intrigada. O que pode ter acontecido? Puxo de volta a chave da porta e entro no meu quarto, para conversar com ela com um pouco mais de tranquilidade. 

— Não sei o que fazer, Agatha — ela lamenta com um tom choroso em meio as lágrimas — não sei o que deu de errado, Ruby simplesmente terminou comigo e disse que vai passar uns tempos na casa da mãe dela, eu… — Helena para e tudo o que posso ouvir é seu choro ruidoso.

Me lembro do desabafo de Ruby, lembro dela me contando sobre suas suspeitas em relação à Helena e seu ex. Ruby não comentou mais nada sobre isso, mas claramente as coisas não correram como deveriam. Droga, o que foi que a minha amiga aprontou?

— O que ela disse para você? Qual foi a justificativa? 

— Justificativa? Ruby não me deu nenhuma droga de justificativa. Apenas me informou estar tudo acabado, com a maior frieza. Como se eu não precisasse de respostas. Isso me mata. Me corrói por dentro, não saber o que fiz de errado ou o que aconteceu. Em um dia ela me jura amores, no outro simplesmente vai embora. Não sou a porra de um brinquedo Agatha, ela já se afastou de mim uma vez e fui atrás dela… mas agora, nem sei se é isso o que eu quero. Não depois que ela acaba um relacionamento como o nosso assim.

— Helena…

— Eu só quero saber se ela contou algo para você. Ela te deu algum indício de que faria isso? Preciso saber Agatha… Só preciso saber se ela já estava planejando isso ou simplesmente acordou um dia decidindo que não me amava mais.

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