Sixteen

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— Obrigada volte sempre!! — Sorrio amigavelmente me despedindo de um casal que veio comer no restaurante. Estávamos trabalhando a todo vapor mesmo com um grande sol na rua. Caminho até um grupo de amigos que estava se retirando para limpar a mesa enquanto Mun ficava no meu lugar de porteiro

— Voltem sempre! — Ele diz sorrindo enquanto eu levo os pratos até a cozinha aonde ficava a pia obviamente, e caminho de volta pra mesa para passar um pano

— Acaba de ser inocentado como suspeito de assasinad um funcionário da construtora Dajeong, o diretor Song Man-ho  — O repórter dizia na televisão

— Song Man-ho — Ha-na sussurra, ela estava com o carrinho de pratos quase atrás de mim, assim que a olho vejo ela focada na tv assustada

Um senhor passava na televisão sendo entrevistado por vários reportes em frente sua empresa, franzo a testa olhando a tela "A delegacia de Songju não conseguiu provar as acusações de assassinato dentro de quarenta e oito horas, após a detenção de Song Man-ho". Vejo Ha-na ficar anestesiada e caminho até ela ficando em sua frente, seus olhos focados no chão... de repente quando ela me olha eu tenho uma breve visão, como se fosse uma memória dela

" Era um escritório, nele estava Do Ha-na quando era mais nova, a menina vestia uma roupa de escola... parecia ser a muito tempo atrás. Ela olhava pro chão triste, enquanto na frente dela tinha um homem mais velho... então estava no escritório de Song Man-ho, o cara da televisão

— Garota. — O senhor sang diz sério — Seu pai falhou em cuidar dos negócios. Já falei que eu não roubei a empresa do seu pai. — Ha-na tinha os olhos vermelhos de tanto chorar

— Não vim por causa da empresa tio... — A voz arrastada fazia de algum modo meu coração doer, ela parecia quebrada por dentro

— Então por que veio?

— Pra pedir dinheiro emprestado... — Ela encara o chão — Por favor ajude minha família... — O cara dá uma risada sinuca

— OLHA GAROTA! Tá achando o que?? Que minha carteira vai se abrir com você aí parada parecendo uma credora? — Ele diz gritando fazendo a menina abaixar a cabeça — Quanto? De quanto precisa — Ele levanta da cadeira abrindo a carteira, puxando uma nota de propósito — Aqui... eita eu ia pegar 50 mas só saiu 20 mil Wons. Pega — Ele estende o dinheiro fingindo querer dar, vejo Ha-na pegar a nota com força e sair da sala.

Ela olha o dinheiro amassando ele e levando a mão a boca para chorar..."

C-como... como o próprio tio dela fez isso...

— Ha-na — Ouço a voz da Sr Cho chamar a menina na minha frente que ainda estava em transe, e quando eu sinto uma lágrima descer na minha bochecha e na dela também. Ela segurava um talher com força na sua mão, me viro pro Mun que olhava a gente apontando para Sr Cho com a cabeça

— Sr Cho, deixa comigo! — Ele vai até lá e quando eu me viro de volta tiro o talher da mão da menina, que ergue o rosto pra mim surpresa. Eu não disse nada só segurei sua mão e arrastei ela pro porão...

Enquanto descíamos a escada nenhuma palavra foi dita, eu sentia meu coração se apertar toda vez que lembrava da cena humilhante que ela passou. Assim que nós duas paramos no porão ela me olha sem entender, fingindo não ter chorado

— O que houve... — Antes que termine de falar eu abraço a menina. Minhas mãos descansam nas costas delas enquanto eu dou umas batidinhas ali com meu queixo em seu ombro... ela não recua só trava chocada, sem mexer as mãos... aos poucos sinto a mesma me abraçar de volta apertando o tecido da minha blusa com algumas lágrimas que caiam, dava pra ouvir ela chorando no meu ouvido. Franzo a testa na mesma hora que estávamos abraçadas... essa situação...

ɢʀᴀçᴀs ᴀ ᴘʀᴏғᴇᴄɪᴀ [ᴅᴏ ʜᴀ-ɴᴀ]Where stories live. Discover now