ɢʀᴀçᴀs ᴀ ᴘʀᴏғᴇᴄɪᴀ [ᴅᴏ ʜᴀ-ɴᴀ]

Fiftheen

Eu e Ha-na estávamos ainda no meu quarto, ela me entregou um suco que meu avô fez enquanto tratava o pequeno corte que eu havia ganhado na bochecha. Do-na em pé na minha frente e eu sentada na cama olhando pra cima, parecia nervosa em falar o que ela descobriu

— Você lembra quando desmaiou num parque? Também tive uma visão sua... estava desmaiada então sai correndo de última hora... depois disso comecei a ter vários sonhos de noite, não sei exatamente o que aconteceu no seu passado, só que eu estava nele... — Dizia em tom calmo enquanto passava a pomada no meu rosto — Não me pergunte como é possível, por que sinceramente eu não faço a mínima ideia... mas tenho certeza que nos conhecemos... e se foi em outra vida seria a única explicação que faz sentido... encaixando com meus sonhos...— Respiro fundo vendo ela dar um passo para trás me olhando

— teve visões então...  também sente? — Franzo a testa vendo Ha-na olhar confusa sem saber do que eu falo — A necessidade de me proteger... eu não sei, sabe quando te vi ser enforcada... era como se meu corpo inconscientemente te seguisse — minha voz saia desnorteada tentando compreender a situação

— Eu só sei que percebi essa ligação quando te vi lá... sendo enforcada... senti minha garganta fechando junto com a sua dor... senti a sensação de te proteger como no dia do parque — Ela diz se lembrando do espírito tentando me matar

— Vai ver... você era apaixonadinha por mim na vida passada — Dou um sorriso de canto e sinto a mesma me bater forte no braço irritada — AÍ QUE ISSO!! DOEU

— Era pra doer mesmo, para de brincar numa situação como essa — Ha-na me olha brava e eu suspiro

— Então quer dizer que estamos ligada uma a outra e não sabemos o que é... que maravilha em... namorada — A menina me olha incrédula levantando a mão pra me bater e eu começo a rir — É brincadeira... — Suspiro pesado lembrando do que aconteceu e coloco a mão no cabelo

— Vai dar tudo certo, vem vamos pro restaurante — Venho a mesma erguer a mão pra mim segurar e levanto uma sobrancelha

— Tem certeza que não era apaixonada por mim? Olha bem pra esse rostinho — Coloco as mãos no rosto sorrindo e ela revira os olhos indo pra porta — Eiii pera aí!

Contamos para o Mun no caminho, tudo que aconteceu (obviamente só a parte do espírito). Foi preciso nós duas segurar ele para que o menino não desse a louca e perseguisse o cara, evidentemente ele ficou tão irritado quanto eu. Mas pelo bem, tentava me manter calma, ha-na e eu decidimos não dizer nada a ninguém sobre nossa quase descoberta... isso de certo modo aproximou a gente... de um jeito estranho. Nosso objetivo é descobrir por influenciamos tanto uma na vida da outra, não deve ser por nada... não é?

Do Ha-na abre a porta do restaurante dando passagem pra mim entrar... dou um sorriso brincalhão pra ela que na mesma hora entende me dando um empurrão pra frente. O que assusta Sr Cho que arregala os olhos assim como Mun