CAPÍTULO DOIS: Kim Mingyu só queria ser notado.

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Mingyu conhecia Jihoon desde que começou a cursar Fotografia, o outro já cursava Letras tinha dois anos, e faltava apenas mais um semestre para tudo aquilo acabar

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Mingyu conhecia Jihoon desde que começou a cursar Fotografia, o outro já cursava Letras tinha dois anos, e faltava apenas mais um semestre para tudo aquilo acabar. Ou seja, se conheciam há exatos 2 anos e desde lá, o Kim só queria ser notado (pelo menos da melhor maneira possível).

Tinha um crush danado no Lee desde sempre e, embora, às vezes gostasse de perturbar o garoto baixinho com algumas cantadas idiotas apenas para o ver soltar um risinho e em seguida se recompor lhe mandando ir à merda, a maioria das suas cantadas e investidas eram, sim, verdadeiras; tentou todos esses anos se aproximar dele e todas as tentativas falharam humilhantemente. Jihoon lhe deu tantos foras e ignoradas que já era impossível contar nos dedos sem se perder. Claro que deveria se dar valor e partir para outra, dar uma chance para as milhares de garotas e garotos que queriam ficar consigo porque, falando sério, sem eufemismo e humildade, era lindo e gostoso de morrer, mas simplesmente não conseguia, estava gamado até a remela dos olhos em Woozi.

Era engraçado, divertido e às vezes melancólico suas recorrentes investidas no garoto porque era bonitinho e fofo vê-lo irritado, querendo rir ou tímido. Até mesmo seus elogios espontâneos ou quando soltava alguma frase suspeita que demonstrasse que estava afim dele e o deixasse com as bochechas pegando fogo eram vistas como afronta para Lee Jihoon (nesse caso era doloroso perceber que tinha recebido mais um fora). Já nem mais sabia o que fazer, pediu um conselho e ajuda a todos os amigos do estudante de letras, Soonyoung, Seokmin e Joshua, atrás de algo que pudesse fazer conquistar o coração de geleira daquele baixinho fofo, mas a única coisa que ganhou em troca de todos foi que teria que ganhar a confiança alheia do outro e esperar pacientemente Hoon lhe dar passagem para serem amigos e até quem sabe algo mais.

Não que tenha ajudado muito. Só se sentia mais confuso.

Jihoon era uma incógnita e era tãaao difícil saber como agir perto dele, o que fazer para chamar sua atenção de forma positiva, o fazer reagir, rir, sorrir, ou o quer que fosse, era difícil saber do que ele gostava e não gostava, era difícil saber se teria pelo menos a possibilidade de demonstrar que tinha interesse por ele. Mingyu só queria ser notado.

[...]

Gyu tinha acabado de chegar no refeitório, tinha demorado para sair da sala, e logo foi para a fila, pegar seu almoço. Hoje era dia de sobremesa especial, tinha Kyungdan no cardápio e o garoto não via a hora comer aqueles bolinhos deliciosos — Embora não fosse sua sobremesa favorita, não era do tipo que desperdiçava comida.
Agradeceu a senhora fofa por pôr seu almoço e deu passos leves, tentando não derrubar a bandeja porque não sabia não ser desastrado, até ouvir alguém soltar um resmungo atrás de si, ele parou no lugar e virou, encontrando Woozi com um bico nos lábios, olhando para a senhora que agradeceu outrora.

“Ele é tão fofo, meu Deus!”

— Realmente não tem mais? — Ouviu Jihoon perguntar.

— Não, querido. O último que tinha, o aluno que estava a sua frente pegou. Não sei se vai ter outra remessa, mas antes do intervalo acabar, você dá uma passadinha aqui de novo, tudo bem?! — Respondeu a funcionária fofa.

— Tudo bem. Obrigado…! —. Agradeceu, ainda cabisbaixo.

Hoon passou a caminhar em sua direção e parou rapidamente a sua frente, antes de fazer uma careta e continuar andando. Talvez estivesse irritado por ter conseguido pegar os últimos bolinhos. Mingyu viu o garoto sentar em uma mesa junto aos amigos e resolveu fazer o mesmo, ainda estava pensando no que tinha acabado de acontecer, não tinha como ignorar aquele biquinho fofo que o Lee ainda fazia, por isso que, assim que deixou sua bandeja em um lugar vazio da mesa, pegou a pequena vasilha com o Kyungdan e caminhou até o outro lado do refeitório; Woozi pareceu não o notar, ao contrário de Seokmin, Soonyoung e Joshua, tal quais fez questão de cumprimentar com um sorriso à caninos, posicionou a sobremesa na bandeja alheia com cuidado.

— Aqui, Hyung.

Jihoon olhou para cima, confuso, encontrando os olhos de Gyu e ele sentiu que quase derreteria ali mesmo. Como Ji podia ser tão adorável?
Antes mesmo que o outro pudesse falar algo, o Kim voltou para a própria mesa, notando que Jihoon o olhava, ainda curioso. Ofereceu um sorriso bonito, quase que inevitável de não soltar um e o impossível aconteceu: Jihoon sorriu de volta, fofo, adorável, os olhos sumindo e as bochechas ficando meio rosadas.

Kim Mingyu derreteu ali mesmo.

***

Houve uma vez em que achou uma pasta jogada na frente em uma das salas, notou o objeto assim que passava pelo corredor e como o curioso que era, foi ver do que se tratava. Aparentemente era um trabalho facultativo, já que estava escrito em letras garrafais ‘Lee Jihoon’. O garoto não demorou em pegar o trabalho e ir atrás de Jihoon antes que ele fosse embora, já que as aulas já tinham acabado.

Andou aquela universidade inteira atrás do outro, mas não o achou, estava se convencendo de que ele já tinha ido embora, até que avistou o Lee de longe junto a Joshua. Não tardou em caminhar até eles.

— Você não está entendendo, Jisoo, se eu perder esse trabalho, estou perdido porque terei que refazer tudo e eu não tenho mais tanto tempo assim.

Mingyu se aproximou mais, quase vendo Hoon a tempo de arrancar os cabelos.

— Eu sei, Ji, mas vai ver você deixou ele em ca…

— Ei, Hyungs. — Interrompeu a conversa, saudando-os, animado. — Eu acho que você esqueceu isso aqui. — Estendeu a pasta em direção ao estudante de letras, esse que arregalou os olhos e agarrou o trabalho com rapidez.

— Por Deus, Mingyu! — Joshua exclamou. — Onde você o achou? Jihoon já estava em tempo de se suicidar caso tivesse perdido mesmo esse trabalho.

— Achei caído em frente a uma das salas. Acho que você deixou cair e não notou.— Direcionou suas palavras ao Lee.

— Obrigado por trazê-lo até mim, foi muito gentil da sua parte… — Ofereceu um sorriso pequeno, sem nem mostrar os dentes, mas Mingyu ficou emocionado. — Eu realmente te devo uma, Mingyu.

— Que isso, Hyung… — Coçou a cabeça, constrangido. Josh olhava para os dois com um sorrisinho e discretamente fez um ‘legal’ para o Kim, esse que soltou uma risadinha.

— Bom, agora que tudo acabou bem, felizmente, vamos, Jihoon?

— Ah, claro. — Guardou a pasta com cuidado na mochila e voltou a olhar mais uma vez o altão que ele amava chamar de idiota. — Até mais, Mingyu, e obrigado mais uma vez.

Jisoo acenou e andou até a saída junto ao amigo, ao que Gyu ficava parado, como uma estátua, no meio do corredor, com a mão estendida no ar um sorriso bobo nos lábios como o bobão idiota apaixonado que era.

EUDAIMONIA ◠ GyuhoonOnde histórias criam vida. Descubra agora