Príncipe Mafioso

QUATRO

Entrei no apartamento e Hillary estava desarrumando a mala e tirando alguns produtos de limpeza.
—Você sai, e me deixa lá.—Falei quase ofegante, porque do aparto que passei há alguns segundos atrás...
Hillary me olhou assustada e veio até a mim.
—Me conta tudo.—Ela falou me puxando pra sentar no sofá.
—Ele quer conversar comigo, sobre a faculdade e trabalho aqui.—Falei fazendo um coque mal feito em meu cabelo.
—Olha lá, em? Esse povo ama uma mulher.—Ela falou rindo.
—Sai fora.—Falei rindo e dando um tapa no braço dela.
Peguei minha mala, fui até um quarto desarrumei minhas roupas e meus calçados. Abri o guarda roupa, fui até a sala peguei o álcool, e um papel toalha, e passei por dentro do guarda-roupa.
Guardei as roupas e os calçados, tirei minhas maquiagens e assessórios, arrumei em uma escrivaninha com um espelho, e peguei uma calça preta e uma blusa branca, peguei meu sabonete, tomei banho, no banheiro que Hillary tinha limpado.
Saí do banheiro fui até o quarto, passei perfume e desodorante.
—Hillary, já está pronta?—Gritei de fora do quarto dela.
—Já, já tô indo.
—Eu vou na frente tenho que falar com o príncipe lá.—Falei revirando os olhos.
Peguei meu celular, saí do apartamento e fui até o Noah.
—Oi de novo, não se apresentou da última vez que nos vimos.—O Noah falou sorrindo.
—Ah, desculpa. Meu nome é Valentina.—Falei sorrindo.
Ele sorriu.
—O príncipe Arthur, pediu para te entregar o seu número e o escritório dele é no último andar do prédio.—Ele falou me entregando um papel.
—Obrigada, Noah.—Falei sorrindo e saí, entrando no elevador e apertando no botão 50.
Quando o elevador abriu, eu saí, liguei me celular e fiz uma chamada de voz para o número do Príncipe.
—Alô?—Ele falou do outro lado da ligação.
—Oi senhor, Arthur. Sou eu a garota de mais cedo, vim conversar com você sobre o assunto opcional.
—Entre.—Ele falou desligando a chamada.
Fui até a porta 50 e bati.
—Entre.—Ele gritou de lá de dentro.
Quando abri a porta, tive a visão enorme do seu escritório, ele era bem arrumado e as cores das paredes eram pretas e brancas.
—Com licença.—Falei me sentando na cadeira na sua frente.
Ele me observou por alguns segundos e mordeu sua mandíbula, me olhando com aquele maldito olhar.
—Eu quero seu nome, sua idade, e de onde você é.—Ele falou olhando para meus seios que estava um pouco visível porque da blusa que tive uma leve abertura.
Eu senti um incômodo leve, mas logo passou.
—Valentina Gusmão Bittencourt.—Ele assentiu levemente enquanto assinava um papel.
—Tenho 18 anos.—Falei e ele olhou para mim imediatamente.
—Você é nova, em?—Falou me olhando com um sorriso de lado.
—Sim, sim...—Sorri.
—Faculdade de...—Ele falou olhando para mim, em busca de uma resposta.
—Advocacia.
—Qual o nome de sua amiga?—Ele perguntou analisando o papel.
—Hillary Santos Midori.
—A idade dela.—Ele perguntou olhando para mim.
—19 anos.
—Vocês vieram da onde?—Ele perguntou cruzando os braços e se encostando em sua protona.
—Brasil.—Falei pondo uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
—Brasileira...—Ele me olhou com um sorriso lindo, meu Deus...
Sorri sem graça e assenti.
—Eu vou te por na universidade de Willians Smith.—Ele falou pegando o papel e anotando algo.
—Vocês vão até lá e verifica a mensalidade.—Ele falou me entregando o papel.
Eu analisei cada informação, e assinei.
—Certo, muito obrigada.—Falei me levantando mas fui interrompida.
—Não terminamos ainda.—Ele falou com um tom grosso, mais do que o normal.
—Ta...—Falei me sentando na protona de novo.
—Você sabe quem sou eu?—Ele perguntou me olhando com aquele maldito olhar de novo.
—Não muito bem...—Falei com o coração já na mão.
—Eu sou o príncipe da máfia russa.—Ele falou ainda me olhando.
—Eu ouvi comentários, mas...
—Você me interessou...—Ele me interrompeu.
—O quê?—Sussurrei.
—Você é muito atraente...—Ele falou se levantando.
—Corajosa...—Falou andando chegando atrás de mim.
Tentei levantar mas ele me interrompeu.
—Não se mecha...—Ele pediu.
Ele se curvou atrás de mim e sussurrou em meu ouvido, me fazendo arrepiar.
—E será minha, mais cedo, ou mais tarde...—Ele falou sem encostar um dedo em mim, mas estou extremamente atraída por esse homem...
—Liberada, Valentina...—Ele falou inspirando meu perfume que fixou no meu pescoço.
Levantei e andei até a porta, até que ele me chamou.
—Valentina.
Me virei para ele.
—Eu...—Falei me encostando na porta.
—Nossa conversa fica aqui.—Ele fala enquanto morde a mandíbula.
Assenti e saí.
Fechei a porta e suspirei fundo.
—O que foi isso...—Sussurrei.
Andei até o elevador, desci para meu apartamento e liguei para Hillary.
—Lary.—Falei
—Oi amiga, onde você está?—Ela perguntou com uma voz preocupada.
—Vim guardar os papéis em casa, diga onde você está e eu vou até aí.
—Estou na recepção do prédio.
—Ok, tchau.—Falei desligando a chamada.
Veio flashback do Arthur sussurrando em meu ouvido e meu coração começou a acelerar...
—Maldito Arthur...—Falei abrindo a porta do apartamento e saindo.