Don't Make Me Fall In Love Again

658 44 42
                                    

Dezembro, 22 de 1999

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dezembro, 22 de 1999.
Londres, Inglaterra.

BILLY’S POINT OF VIEW.

O sol começava a se despedir do dia no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e roxo. Era um entardecer gelado e frio de inverno, o tipo de tarde que fazia as pessoas se encolherem em seus casacos para se protegerem do vento cortante. Mas havia algo mágico no ar, algo que indicava que aquela noite seria especial. Enquanto o sol mergulhava lentamente abaixo do horizonte, a temperatura caía ainda mais. O ar estava tão frio que podíamos ver nossa respiração se transformar em pequenas nuvens brancas. As árvores, despidas de suas folhas, balançavam suavemente ao sabor do vento gélido, como se estivessem dançando em sincronia com a natureza. À medida que a escuridão se aproximava, as primeiras estrelas começaram a pontilhar o céu noturno. O brilho suave da lua crescente iluminava timidamente o cenário, lançando sombras misteriosas sobre a paisagem. Era como se a própria natureza estivesse preparando o palco para um espetáculo encantador.

E então, como se fosse uma resposta aos anseios daqueles que esperavam com empolgação, os primeiros flocos de neve começaram a cair do céu. Eram pequenos cristais brancos e delicados, dançando lentamente no ar antes de pousarem gentilmente no chão. A cada floco que tocava a terra congelada, uma sensação de calma e serenidade se espalhava pelo ambiente.

A neve continuou a cair, transformando a paisagem em um cenário de conto de fadas. Os telhados das casas, os galhos das árvores e até mesmo as ruas foram cobertos por um manto branco e macio. Era como se a natureza estivesse pintando tudo ao seu redor com delicadeza e muito cuidado. As luzes das casas começaram a brilhar, criando um contraste mágico com o branco da neve. As janelas iluminadas revelavam famílias reunidas ao redor de mesas quentes, compartilhando risadas e histórias. As poucas crianças que viviam ali naquele bairro, corriam e brincavam, formando bonecos de neve e lançando bolas brancas uns nos outros. Os risos ecoavam pelo ar, misturando-se ao som suave dos flocos caindo. O mundo ao redor parecia ter sido transformado em um lugar mágico e intocado pelo tempo. Cada passo deixado na neve fresca era como uma marca única, testemunho da presença humana naquela noite especial. Aquilo era patético.

Suspirei baixo e desviei meu olhar, saindo da porta-janela da minha casa que dava diretamente pra rua. Natal não era a minha época favorita do ano, na verdade, estava longe de ser. Eu umedeci meus lábios e fui até a cozinha, pus um pouco de água pra aquecer na chaleira e liguei o fogão, aguardando escorado na bancada de tons neutros e claros, bem no estilo americano. Meu olhar correu até a porta quando vi meu amigo entrar por ela. “Amigo” com ênfase nas aspas. Ele tinha fios dourados e olhos azuis, era esguio e magro, durante a escuridão das noites parecia o Slenderman. Mas ele tinha um sorriso bonito e de vez em quando, falava algo que preste. Isso era divertido, ouví-lo falar por horas e horas até sair algo realmente bom pra eu fazer alguma comentário adicional.

Santa Tell MeOnde histórias criam vida. Descubra agora