Santa, Can U Hear Me?

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Dezembro, 23 de 1999

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Dezembro, 23 de 1999.
Londres, Inglaterra.

STU’S POINT OF VIEW.

Eram quase onze horas da manhã quando eu decidi passar na cafeteria da minha amiga antes do horário almoço. A neve ainda caía do céu e cobria boa parte das árvores, mas seus flocos eram pequenos e densos o suficiente para que não incomodasse os moradores. A cafeteria, no entanto, era composta por tons de madeira escura de carvalho e coberta por verniz, que fazia a maioria dos móveis de dentro reluzirem à luz. O cheiro de café recém-passado pairava no ar, junto do aroma de baunilha dos biscoitos que era especialidade do local. Tinham alguns outros clientes ali, sentados nas próprias cadeiras e absortos demais com as próprias vidas para ao menos erguer o olhar pra checar o barulho da porta quando eu passei por ela, mas aquilo não importava porque eu fui direto a vitrine de doces, onde a minha amiga estava atendendo. Com um uniforme na cor verde limão, ela olhou pra mim e sorriu. Seus cabelos eram tão loiros quanto os meus, mas com certeza eram mais compridos e sedosos. Os seus olhos, no entanto, eram castanhos. Mas ela era muito bonita, de fato.

— Bom dia, Stu, quanto tempo. – Ela me cumprimentou. Realmente fazia bastante tempo que eu não aparecia ali. 

— Bom dia, Tatum!  – Dei um sorriso.

— E aí, como vai? Senti a sua falta, cara, nunca mais apareceu aqui. Ainda mora com aquele cara esquisito que você disse?  – Me indagava.

— Ele não é tão esquisito quanto eu pensava. Só é bem quieto.  – Dei de ombros.  — Mas tô bem, e tu?

— Tô bem. Tem certeza que ele não é esquisito? Da última vez, você disse que ele não te deixava entrar de sapatos em casa!

— Ah...  – Me lembrei.  — É, ele tem mania de limpeza...  – Assenti.

— Continua assim? Que droga, Stu.

— Não, mas é bom. Assim a casa não fica suja.

Agora, ela quem deu de ombros.

— Talvez tenha razão. Ainda acha ele bonito?  – Perguntou a outra, me fazendo sorrir sem graça e desviar o olhar.  — Que fofo, ficou com vergonha!  – Zombava.

— Não, garota! Quer dizer, tipo, ele é bonito..

A loira sorriu largo.

— Stu tá apaixonado, Stu tá apaixonado!  – Provocava.

— Eu não estou!!  – Falei baixo após notar o olhar de alguns clientes em mim. E logo, o irmão de Tatum chamando por ela lá na parte da padaria.  — Acho que o Dewey tá te chamando, Tatum.

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