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Julie Baker

ME ENCONTRAVA CHORANDO de frente ao espelho, a comparação me consumia. E se eu não tivesse esse cabelo tão vermelho? E se eu fosse mais magra?

Esse cabelo ruivo feio, horrível, acaba comigo. Será que se eu não fosse ruiva e fosse nem que seja um pouquinho mais magra, as pessoas gostariam mais de mim?

Ouvi meu telefone tocar, fui em direção ao mesmo e atendi assim que li o nome de Lana.

— Cunhadinha querida, vamos ir a praia? Está um dia tão lindo. — Lana falou do outro lado da linha, pelo barulho que ela tinha feito aparentemente estava entrando em algum lugar.

— Lana, não vai dar... — minha voz estava falhando.

Lá eu iria me sentir pior.

— Juliana, você está chorando? O que aconteceu? — Lana alterou um pouco seu tom de voz, aparentemente estava preocupada.

— Só não estou na vibe, sabe?

— Se quiser posso mudar a programação, podemos ficar assistindo, conversando ou até mesmo ficar caladas olhando para o teto. — Lana riu nasal.

Eu estava sozinha em casa, a casa estava completamente silenciosa, quando passo muito tempo sozinha começo a pensar demais e daí vem o choro.

— É a comparação, né? — Lana suspirou fundo.

As vezes acho que ela lê meus pensamentos, ela sabe exatamente o que eu sinto.

— E se eu não fosse ruiva? E se eu fosse nem que seja um pouquinho mais magra? E se... — Lana me interrompeu.

— Julie, seu corpo é proporcional para você, você é gata pra caralho! Fora o ruivo do seu cabelo, ele é extremamente lindo. Olha, eu gostaria de ser ruiva, mas não ficaria bom em mim.

— Lana, tudo fica bonito em você. — suspirei fundo.

— Julie, não tem nada de errado com você fisicamente, você tem uma beleza única.

— Lana, muito obrigada, não sei o que seria de mim sem você.

— Eu te amo, gatinha! Fica bem, ok? Se precisar ligue para mim!

Encerrei a chamada e me joguei na cama, fiquei olhando para o teto enquanto um turbilhão de pensamento invadiam minha cabeça.

Será que minha mãe sente minha falta? Desde o dia que sai de casa ela nunca ligou e nem me procurou...

Ouvi o barulho do portão da garagem sendo aberta, deduzi que fosse Hanna e Christopher.

Logo ouvi Christopher gritando pelo meu nome, sai do quarto e desci as escadas, sorri e abracei o moreno.

— Trouxemos doces para você. — Christopher sorriu.

— Obrigada — sorri para o moreno.

Hanna os coloca em cima da mesa, ela parecia cansada.

— Hanna, bom... o que acha de eu ir visitar a mamãe? Já faz um tempo não a vejo... — olhei para a ruiva.

— Julie, tenho medo dela te machucar novamente... — a ruiva suspirou fundo e parecia pensar um pouco. — Sei que morar comigo não é uma das melhores coisas e que você passa a maior parte do tempo sozinha, mas não quero que ela te machuque novamente. Se quiser, passe uma noite lá.

Dependo muito da opinião de Hanna, passar a maior parte do tempo sozinha não é um problema já que lá eu também passava, só queria saber como minha mãe está sem mim.

— Tudo bem, uma noite. — abracei a ruiva e sai da cozinha.

Sentei no sofá e comecei a mexer no celular, Christopher havia dito que iríamos jogar assim que ele chegasse, e para eu não subir e descer novamente vou ficar aqui.

— Na minha vida consigo perdoar quem me machuca, mas não sei se consigo perdoar alguém que machuca ela. — ouvi a voz de Hanna vindo da cozinha.

— Você está completamente certa. — dessa vez foi Christopher.

Uns dois minutos depois o moreno chegou e sentou do meu lado, logo pegamos os controles e ligamos a televisão e começamos a jogar.

☆: E cá estou eu, 02:57 da madrugada postando capítulo KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK MAS FAZ PARTE, ESTOU SEM SONO

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𝐄𝐍𝐂𝐇𝐀𝐍𝐓𝐄𝐃 - 𝐌𝐚𝐬𝐨𝐧 𝐓𝐡𝐚𝐦𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora