𝐈 𝐋𝐔𝐕 𝐔, 𝐅𝐮𝐬𝐡𝐢𝐠𝐮𝐫𝐨 𝐓𝐨𝐣𝐢

IV

homewrecker

— Ai ai, minha pressão, ai ai.

— Para de ser fingida, tá há dez minutos aí resmungando. - Geto, o guarda-costas e melhor amigo e — você suspeitava também — amante de Gojo resmungou impaciente.

— Foi você que só faltou cair dura no chão?

— Não.

— Então fica quieto. - retrucou bocuda, fazendo Toji prender uma risada do seu lado. — Tojiiii, me leva embora! Não quero mais ficar aqui. - fez biquinho, olhando pra ele de baixo com olhinhos pidões.

Ele quase caiu nessa.

— Você não vai a lugar nenhum enquanto a gente não resolver isso mocinha. - foi Gojo quem falou, se pronunciando pela primeira vez desde que entraram naquela sala de reuniões que tinha dentro do cassino.

— Tô até agora tentando entender o que o "isso" representa. - murmurou afrontosa, encarando ele nos olhos com pura chateação no olhar. — Aliás, você não tem nada melhor pra fazer ao invés de ficar stalkeando e pedindo o sequestro de uma mulher inocente? - sorriu inocentemente, perguntando sarcástica.

Gojo sorriu tão falsamente quanto.

— Não estava procurando uma mulher qualquer, e sim minha esposa. - você revirou os olhos, assim como Geto, e se jogou ainda mais na poltrona de couro em que estava sentada. — A tentativa de sequestro foi uma medida desesperada quando descobri que você tinha sido vítima de uma explosão e que um brutamontes que está na lista de criminosos mais procurados do fbi tinha pego você. - desviou o olhar para Toji, que permanecia paradinho do seu lado, semicerrando os olhos para o mais velho. — O que você quer com a minha esposa, bandidão?

Toji sorriu, achando graça da situação. Quem era ele pra chamar Toji de bandidão?

— É serio que você tá na lista dos mais procurados do fbi? - a voz afinando conforme sua indignação era colocada para fora.

Toji deu de ombros.

— Nem sei mais em que posição eu tô nessa lista.

— Oitava. - Geto exasperou, também mantendo a pose só que ao lado de Gojo. — Você tá na oitava posição.

— Hmm.

— Céus, aonde eu fui me meter?! - você exasperou gritando baixinho e só faltando arrancar os cabelos. — Só de andar com você me torna cúmplice, né? O que significa que eu sou uma procurada também? - quando ele não olhou pra você e desviou o rosto para outro canto, sua vontade de chorar foi verdadeira. — Tojiiiiii!

— Ei ei, foca aqui. - Gojo chamou sua atenção, franzindo as sobrancelhas por seus olhos não estarem unicamente nele como deveria. — Não deveria estar preocupada com isso agora, amorzinho.

— Lógico que devia! Eu tô com ele agora, o que significa que pra onde ele vai eu vou. - respondeu prontamente, gesticulando dramática como de costume.

— Tô começando a me arrepender disso. - Toji murmurou, encarando o teto e pensando em mil e uma maneiras de acabar com aquilo com alguns tiros e te tirar dali o mais rápido possível, apesar de que ele cogitava se não deixava você. Talvez o trabalho dele ficasse menos pesado com um fardo a menos.

— Ei!

— Mas você não vai a lugar nenhum com ele. - Gojo pronunciou, voz fria e cortante te fazendo ficar ereta na cadeira.

— Eu vou sim. - retrucou petulante.

— Não vai não.

— Vou sim!