Il, il n'est pas fou

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O quarto era pequeno, com apenas um beliche, embora um dos estrados tivesse sido trazido para Jacqueline. Era apenas uma noite, então elas ficariam felizes com o que quer que recebessem. O mesmo baú que as acompanhava todas as noites na tenda foi colocado no chão, espremido entre o catre e a parede.

Lena tirou o manto, jogando a roupa no beliche enquanto ela estendia a mão para prender algumas mechas de seu cabelo que haviam se soltado do coque que Jacqueline havia feito da melhor maneira que pôde mais cedo na carruagem. Sua atenção foi para a porta estreita e fechada da cabana quando alguém bateu nela do outro lado.

Jacqueline abriu-a para revelar Karak de pé no corredor estreito. Ele acenou com a cabeça em reconhecimento. "Milady."

"Boa noite, milorde," ela disse, abrindo mais a porta para o guerreiro entrar.

"Milady," ele disse novamente, fazendo uma reverência de respeito para Lena.

"Queria ter certeza de que vocês, senhoras, teriam tudo o que precisam para a noite." Ele lhes deu um sorriso tímido. "Sei que está apertado, mas devemos estar em Krypton no meio da manhã." Ele olhou para Lena. "Você deveria descansar um pouco, milady. Amanhã será um dia agitado para você."

A princesa assentiu. "Tudo bem, obrigada."

Ele se virou para sair, mas ela o deteve com uma mão colocada em seu antebraço. "Milady?"

"Queria te agradecer de novo, Karak," ela disse calmamente, sentindo-se quase indigna de falar com ele depois de ver do que ele era capaz, o que ele fez por ela. "Você salvou minha vida," ela olhou para o chão.

"Milady," ele disse suavemente, usando dois dedos para levantar seu queixo para que ela estivesse olhando para ele. "De nada, mas também deveria se orgulhar do que fez." Ele deu a ela um sorriso encorajador. "Você foi corajosa, muito corajosa."

Lena olhou para aqueles olhos azuis intensos que estavam cheios de tanta profundidade, inteligência e carinho, ela não tinha visto nada parecido em um homem antes. "Obrigada. Acho que trabalhamos bem juntos."

Ele assentiu. "De fato." Mais um sorriso e ele se virou.

Não querendo que ele fosse embora e ela não tinha certeza do porquê, ela o chamou de novo. Ele se virou para olhar para ela. "Foi minha culpa?" ela perguntou. "Como Kai parece pensar."

Karak franziu o lábio inferior por um momento antes de deixá-lo de volta e dizendo: "Sua Alteza não se sai bem em situações em que sente que não está no controle total." Ele desviou o olhar por um momento antes de olhar para ela novamente. "Receio que este casamento não tenha sido fácil para ninguém," ele adicionou suavemente. Com um sorriso final, ele se curvou e foi embora.

⚔️

Lena e Jacqueline haviam subido as escadas quando ouviram a agitação lá de cima. Elas ficaram fora do caminho enquanto os marinheiros corriam pelo convés para trazer o navio para casa. Foi fascinante para a princesa, pois ela nunca havia estado em nenhum tipo de transporte flutuante em toda a sua vida.

Ela viu um homem no ninho do corvo agitando sua espada no ar. Confusa, ela olhou em volta para ver o que ou quem ele estava chamando a atenção. Ela viu duas rodas enormes na praia que tinham raios salientes que pareciam ter metade da altura de um homem. Três homens em cada roda, eles usaram esses raios para girar as rodas maciças. Demorou um pouco, mas ela ouviu algo atrás do navio que a alertou sobre o que os homens estavam fazendo.

Vários metros atrás do navio, na foz do porto natural, um portão de madeira começou a se erguer da água como mágica, isolando qualquer navio inimigo. A enseada tinha a forma de um crescente, as duas extremidades rochosas circulando para formar o porto. A própria massa de terra era inclinada desde o alto até a praia. Uma borda rochosa ao redor da ilha dava proteção natural do lado oposto da ilha, quase formando uma parede de pedra, que era ampliada pela própria parede de pedra construída pelos Kryptonianos.

KARLENA - Love StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora