A PRESA.
Saio do quarto carregando algumas malas e bolsas, até que sinto uma mão me segurar forte.
— Mas que diabos? - Eu rapidamente me viro e vejo minha mãe segurando as minhas malas, deitando-se no chão aos prantos.
— Callie, por favor, não vá. - Diz ela com lágrimas escorrendo pela sua face, borrando sua maquiagem barata.
Em um movimento brusco, eu agarro as malas e tiro as mesmas de suas mãos.
— Eu já avisei mãe, não adianta querer me impedir! - Eu miro em seus olhos lacrimejados.
A mulher se levanta lentamente do chão onde estava jogada sobre as minhas malas e se direciona até mim.
— Eu tentei, Callie, mas enfim. Se algo de ruim te acontecer, eu não quero ver você arrependida na minha porta implorando pelo meu perdão. Você ouviu? - Diz a mulher direcionando seu dedo indicador a minha face.
Eu apenas reviro os olhos e saio descendo as escadas até a sala. Olho em volta e vejo o meu pai sentado no sofá que fica bem ao centro da grande sala de visitas. Me direciono até o mesmo.
Logo ele me olha e vem em direção a mim.
— Oh minha princesa, eu vou sentir saudades... - Diz me dando um abraço consideravelmente forte. — Saiba que eu estarei sempre aqui para o que você precisar, ok?
Nos afastamos do abraço e olho em seus olhos.
— Obrigada pelo apoio pai, eu também sentirei muitas saudades. - Meus olhos começam a lacrimejar, e dirijo minhas mãos até eles limpando o líquido que estava prestes a rolar pela minha face pálida.
— Mas vamos pensar pelo lado bom... Ravenwood é só daqui a 5 horas daqui. Você pode ir me visitar nos finais de semana, Papai.
— Claro minha querida, eu sempre irei visitá-la, nem acredito que minha princesinha vai morar sozinha agora.
Eu apenas o olho uma última vez e saio pela porta. Vou em direção ao carro que estava em frente a casa, abro o porta-malas e coloco as bagagens. Logo depois vou em direção ao banco do motorista e olho para a porta da casa a minha frente, dou um aceno a meu Pai e entro no carro.
"𝘝𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘭á 𝘊𝘢𝘭𝘭𝘪𝘦, 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢 é 𝘶𝘮 𝘯𝘰𝘷𝘰 𝘤𝘰𝘮𝘦ç𝘰..."
Meus pensamentos afirmam para mim, e eu definitivamente quero acreditar que sim.
❞︎❞︎❞︎
"Uau... como é bom estar de volta." - Este pensamento invade minha mente assim que estaciono no grande Casarão Sanches. Uma onda eletrizante de adrenalina e nostalgia invadem instantaneamente meu corpo, causando leves arrepios.
Saio do meu Monza, e logo a brisa gelada penetra sobre minha face e apodera-se sobre todo o meu corpo.
Caralho como eu amo essa sensação.
Dou uma boa olhada ao meu redor e só o que consigo ver são as imensas árvores com seus galhos sem vida alguma, apenas alimentando mais ainda a vibe de terror que aquele lugar passa.
Volto o meu olhar para o Casarão a minha frente, e em seguida vou em direção a varanda, subo os degraus e a cada passo um rangido era perceptível na madeira da pequena escadaria. Me dirijo até a grande porta que se localizava a minha frente e instintivamente tiro as chaves da grande casa do pequeno bolso do meu casaco.
Assim que retiro as chaves do bolso, sequencialmente às encaixo na fechadura enferrujada, e com um pouco de dificuldade consigo abrir a porta a minha frente.
Logo adentro a grande sala central. Um ar de antiguidade e poeira invade minhas narinas. E consequentemente espirro com o contato do ar da grande sala. Um mix de sentimentos invadem o meu peito, mas especificamente, Nostalgia e Saudade.
Mal retornei e já sinto que nunca saí desse lugar, é como se sempre uma parte minha estivesse tido aqui esse tempo todo.
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𝐌𝐘 𝐒𝐇𝐀𝐃𝐎𝐖 - Tom kaulitz
Mystery / Thriller⚠️ Recomendado para maiores de 16. Ele observava cada movimento dela, escondido nas sombras. Seus olhos fixos, cheios de uma obsessão doentia, acompanhavam cada passo que ela dava. Era como se ele a conhecesse profundamente, mesmo sem nunca terem s...