S/n
Duas semanas depois

Ao abrir a porta, meu coração disparou ao ver minha esposa, adentrar a sala escoltada por seus seguranças. O sangue manchava sua roupa, revelando o perigo enfrentado. Seu olhar firme transmitia uma mistura de determinação e vulnerabilidade, enquanto a tensão do momento pairava no ar.

-- não toca em mim!-- ela fala firme quando um dos seguranças tenta lhe ajudar. Ela rapidamente se senta no sofá, começando a abrir sua camisa, revelando o tiro no ombro

-- vai buscar o kit de primeiros socorros -- falo para o segurança que estava parado ao lado do sofá. Rapidamente ele se retira, indo fazer o que pedi

Com mãos trêmulas, me aproximei da minha esposa, cuja expressão revelava dor disfarçada. Tentei acalmar seus olhos inquietos enquanto examinava o ferimento. O cheiro metálico do sangue pairava no ar, mas eu me esforcei para manter a compostura. Com cuidado, rasguei um pedaço de tecido para improvisar um curativo, buscando desesperadamente amenizar a dor que ela suportava silenciosamente.

-- o que aconteceu?!-- pergunto e ela geme de dor quando pressiono o tecido contra seu ombro, tentando impedir o sangramento.

-- t-tentaram roubar um carregamento meu... -- fala com a voz ofegante. Ela morde o lábio inferior apertando seus punhos -- a bala não foi muito funda... D-Da para ver ela, é só tirar e suturar... Acha que consegue fazer isso?...

-- e-eu assisti Grey's anatomy... E minha ex melhor amiga está cursando enfermagem... -- respondo insegura

-- já costurou algo antes?

-- eu tenho faculdade de moda Billie!-- respondo pegando o kit que o segurança me entregou

-- não consigo raciocinar sabendo que tem uma bala no meu ombro... Perdão -- concordo minimamente, tirando o tecido de seu ferimento

-- e se isso infeccionar?...

-- ai eu vou ao médico... Agora não posso ir lá, seria complicado explicar o porquê tem uma bala no meu ombro... E isso atrairia a imprensa -- diz e eu concordo

Com as mãos trêmulas, comecei a cuidar do ferimento, retirando a bala com uma pinça improvisada. Cada movimento era meticuloso, consciente da delicadeza do momento. O olhar da minha esposa permanecia fixo no meu, transmitindo confiança mesmo diante da agonia. Com cautela e delicadeza, eu limpo o ferimento de seu ombro. Ao tentar suturar, a tensão pairava, mas o desejo de protegê-la impulsionava minha determinação, enquanto eu enfrentava o desafio de costurar juntos os fios que prometiam cicatrizar a ferida.

-- a-achei que estaria trabalhando hoje -- Billie comenta tentando ao máximo não prestar atenção no que eu fazia

-- estava passando muito mal hoje... Decidi vir para casa. E aquela modelo idiota estava me infernizando hoje porque ela iria usar um corcet preto de couro, e ela não queria usar couro, porque nao combinava com a estética que ela criou na cabeça... A estética da minha linha -- termino de suturar, então limpo novamente o local do ferimento, enfaixando o local para que não tenha contato com nada que possa infeccionar

-- se quiser, você pode demitir ela... Deixei tudo sobre seus cuidados, e sem contar que a linha é sua... Você decide o que quer... -- responde e eu concordo minimamente -- você está melhor? Foi ao médico? Tomou algum remédio ou coisa do tipo? O que exatamente estava sentindo?

-- foi só um mal estar... Um enjoo, pode ter sido por causa do estresse -- dou de ombros e lhe dou um selinho em seguida -- não precisa se preocupar com isso

One Touch (Billie/You) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora