Capítulo 04.

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"ó doçura da vida: agonizar a toda a hora sub a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe."

- Rei Lear (Ato V, Cena III) de William Shakespeare. -

°'♪°'♪°'♪'°

"Evangeline estava sentada num banco de madeira em um jardim de rosas que tem no palácio. É um lugar belo, com uma vista espetacular, ela adora ficar observando essa paisagem.

Ela sempre se sente leve como uma pena sem precisar se preocupar com nada nesse jardim. Ela nunca sabe quanto tempo ela fica nele.

Só que um dia, tudo isso acabou. Nesse dia, Evangeline tem seus três anos de idade, uma pequena garotinha que quase nunca fala.

Por coincidência, Diana também amava dar um passeio nesse jardim, ela já está de seis meses de gestação.

Nesse dia, Diana acabou se encontrando por acaso com Evangeline.

— Oh, Princesa Evangeline! Eu queria tanto te conhecer, você é tão linda pessoalmente! — Diana disse ao ver a garota, com seu típico sorriso angelical que fez o Imperador Tirano se apaixonar por ela.

— Ah... — Nesse ponto, Evangeline ainda não sabia quem era Diana.

— Eu sou Diana, uma ex-dançarina de Siodonnia e uma concubina do Imperador. — Diana se apresentou formalmente.

Evangeline não respondeu nada, apenas ficou encarando Diana como se ela fosse uma completa estranha. Na verdade, ela estava fitando a barriga dela.

"Ela está grávida... Será que vai ficar tudo bem para ela no fim...?"

Isso é o que se passava na mente de Evangeline ao observar Diana, da última vez que uma concubina ficou grávida, não deu muito certo para ela e nem para a criança.

— Princesa? — Diana está meio confusa com o comportamento de Evangeline, não esperava esse silêncio todo.

— Você é bonita, parece uma fada, senhorita... — A voz de Evangeline saiu tímida, de forma baixa, quase inaudível.

Um sorriso brilhante apareceu no rosto de Diana, se sentindo feliz por ser elogiada pela Princesa.

— Kyaa! Muito obrigada, Princesa Evangeline! — Diana acabou se emocionado um pouco com a situação.

Evangeline ficou um tanto desconfortável com isso, mas ignorou.

— Não foi nada...

— Você quer dar um passeio por aí comigo, Princesa? Eu adoraria também tomar um chá com você. — Diana perguntou entusiasmada.

Evangeline se desesperou um pouco, não esperava receber um convite tão inusitado, mas ela não tem amigos ou ninguém para conversar, então decidiu aceitar.

— Claro... Srta. Diana... — Respondeu olhando para baixo meio envergonhada.

— Vem, segure minha mão. — Diana lhe entregou um novo sorriso e apontou sua mão para ela.

Evangeline abriu um sorriso tímido e pegou na mão de Diana, assim elas deram um bom passeio pelo jardim.

Mais tarde, Diana contou tudo o que aconteceu para Claude, em detalhes. Ela não sabia o que ia acontecer, nada disso é culpa de Diana, mas ela deveria ter se mantido calada e não ter contado nada para Claude.

Claude na manhã do outro dia, ainda quando Diana estava dormindo, ele convocou Evangeline para uma "conversa".

No momento em que Evangeline pisou na sala do trono, ela já foi recebida com um tapa na cara.

— Você. Nunca. Mais. Atrapalhe. A. Diana. Outra. Vez. Me entendeu, garotinha? — Claude disse de forma lenta e assustadora que foi o suficiente para lhe causar medo para o resto da vida.

Evangeline ainda estava em choque pelo tapa que levou, e estava cheia de perguntas na sua cabeça.

— Você me entendeu ou precisa levar outro!? — Claude estava louco, sem noção alguma de que estava falando com uma criança.

Evangeline entrou em alerta, precisa responder o mais rápido possível.

— Si... Sim... Vossa... Majestade... O imperador... — A voz extremamente trêmula, quase não conseguindo formar uma frase completa.

As lágrimas lutando para sair, mas Evangeline se segurando para não chorar, porque se chorar, Claude ficará ainda mais irritado.

— Pare de gaguejar, isso é ridículo. Você é ridícula. — Claude diz isso se virando e voltando para o trono. Já no trono: — Nunca mais chegue perto de Diana, o aviso já foi dado. Já pode sair daqui, você me dá nos nervos.

Não precisou repetir, Evangeline saiu dali como se sua vida dependesse disso, com um medo absurdo preenchendo seu coração pequeno e frágil.

No momento em que a porta foi fechada, as lágrimas se permitiram rolar, com pequenos gemidos de tristeza enfraquecidos saindo de sua boca.

No mesmo dia, Diana esperava ver Evangeline novamente no Jardim, mas ninguém apareceu dessa vez. Diana ficou bem triste, ela tinha pensado que podia construir um relacionamento com Evangeline, mas ela, aparentemente, estava errada.

Só que é bem diferente, Evangeline entendeu o recado de Claude, então decidiu apenas não atrapalhar o descanso de Diana no jardim, se sentindo como uma intrusa no meio de todos ali."

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Eu chorei fazendo esse capítulo, eu juro, chorei de verdade. Mas enfim, terá outros capítulos nesse estilo mais para frente, no próximo já iremos voltar para o presente.

E recentemente li o manhwa "No Place For A Fake Princess", é muito bom mesmo não estando finalizado e tendo apenas 31 capítulos traduzidos, porém a trama é incrível e estou pensando em ler a Novel, e também estou pensando em escrever uma fanfic sobre para dar uma vidinha melhor para a Philomel, e eu juro que estou completamente contra o Elos como um pai, prefiro mil vezes o Leguyn. (Talvez seja porque adoro albinos, mas enfim, o Leguyn é muito melhor. E espero que ela tenha, pelo menos, um final bom com o Nassar.)

Espero que tenham gostado.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 19 ⏰

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