CAPÍTULO XII_FRACA

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"Eu iria destruí-la, quebrá-la até não sobrar nada além de dor

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"Eu iria destruí-la, quebrá-la até não sobrar nada além de dor. Iria fazer ela pagar pelos erros dele, mas ela já é quebrada, não há nada lá, nada além de um imenso vazio."

Suspiro aliviado ao ver a pequena garota andar atrás de Maria, apesar da mulher ser magra ela ainda consegue tampar o pequeno corpo de katherine, ela é bem miúda, me pergunto se não está doente ou algo do tipo

Ela parece um pouco desnorteada com o bombardeio de falas vindas da mulher a sua frente, sorrio negando com a cabeça, Maria é muito faladeira e extrovertida

Ela senta a niña e a serve com cuidado enquanto tagarela sobre algo, observo o sorriso que se forma no rosto da pequena criatura sentada e me lembro do primeiro dia que nós conhecemos, e em como ela sorria e suspirava quando minhas mãos se fecharam ao redor de seu pescoço a estrangulando, eu esperava que essa maluca ficasse com medo e nunca mais pisasse em minhas terras, mas parece que isso teve um efeito contrário.

Dou um último gole no meu café e me pergunto se devo ir até ela ou não, afinal eu que a ajudei.

Eu tenho que ir até ela, nem que seja para saber como ela está ou apenas para observar melhor o seu pequeno rosto

Me mantenho parado travando uma batalha comigo mesmo, não há motivos para vê-la, mas meu corpo anseia por sentir seu cheiro ou ouvir sua voz melodiosa

Antes que eu me aproxime ela fala algo para Maria e some apressada em meio às escadas, caminho até a mulher para entender o que aconteceu.

_Está tudo bem com ela?_indago enquanto Maria retira os pratos

_Ela disse que precisava ir ao banheiro, mas não me parecia muito bem. Você deveria ir vê-la_ela diz calmamente

Pondero se vou ou não, afinal nós não temos intimidade, não somos amigos nem nada do tipo.

"Foda-se, e a minha casa"

Vou em direção ao segundo andar da casa, caminho um pouco apressado e entro no quarto que ela ficou tentando não fazer barulho. Vou em passos lentos até o banheiro e um misto de confusão e raiva toma meu peito

Katherine está ajoelhada em frente ao vaso, lágrimas grossas molham todo o seu rosto branco, que agora se encontra vermelho. Então...ela enfia dois dedos na garganta e força o vomito.

Sinto minha cabeça rodar, ela tem anorexia. Isso explica o fato dela ser tão miúda, seu peso não condiz com sua idade.

O vômito não vem e ela força mais uma vez, sua bochechas ficam ainda mais vermelhas e ela chora intensamente. Me aproximo devagar tentando não assustar ela, agacho ao lado do seu corpo e a puxo para um abraço, envolvo seu corpo em meus braços e ela chora ainda mais.

Meu peito pesa, enxergar o meu reflexo em seus olhos não foi agradável, e nem poderia ser.

Levo minha mão até seus cabelos e faço um carinho, tentando passar algum conforto a ela. Katherine me agarra com força, como se eu fosse um tipo de proteção. Mesmo com todo o conforto ela ainda está tensa.

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⏰ Última atualização: Apr 19 ⏰

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