namoro de mentira

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Este capítulo foi inspirado no "fake dating" - namoro de mentira - entre Peter Kavinsky e Lara Jean do filme "Para Todos Os Garotos Que Já Amei".

"Pov S/n"

[06:30]

Eu estava estática, deitada no chão frio. O quarto cheirava a uma manhã no campo e eles estavam lá. O que queriam comigo? Será possível que depois de anos eles notaram a minha presença, depois que eu suspirei por afeto? Não, não pode ser, não deve ser!

Matheus Duarte, o meu primeiro par na festa junina do fundamental. Naquela noite, eu lembro de ter lhe dado um abraço para que sua mãe nos fotografasse juntos. Já podia nos imaginar indo ao cinema e até mesmo com o seu pedido de namoro pra mim, foi então que você deu o golpe de misericórdia : um beijo na bochecha. Naquela época, eu poderia nos considerar namorados, mas infelizmente você foi para uma escola militar e nunca mais vi você. Tínhamos apenas 7 anos quando você me deixou.

Vitor Braga, o primeiro cavalheiro que eu conheci. Eu tinha 12 anos quando você entrou para a minha sala, oh, Deus, você era simplesmente apaixonante demais. Naquele dia, eu havia acabado de menstruar pela primeira vez, mas eu não tinha percebido que a minha calça jeans tinha manchado, então você tirou o seu casaco e o amarrou em minha cintura sem que alarmasse a ninguém e então me disse que eu estava sangrando. Eu lembro de ter ficado com muita vergonha e também de ter corrido para o banheiro. Logo que eu saí, com a mão na barriga, eu vi você em um banquinho ao lado de fora, me esperando. "Está melhor? Olha, eu sei que ajuda, come isso." Então você me entregou uma barra de chocolates que você comprou com o dinheiro do seu lanche. Ficamos o resto do dia conversando e eu ri muito com você. Bem, você nunca mais falou comigo e eu acabei superando.

Lucas Olioti, minha definição para você é amor a primeira vista. Tínhamos 13 anos quando fomos chamados para uma festa de Halloween na casa da minha melhor amiga, Giuly. Foi então que você deu a brilhante idéia do jogo "gire a garrafa". Eu inicialmente me neguei, porque eu obviamente nunca havia beijado alguém, mas você me convenceu, então me sentei na roda e começamos a girar a garrafa. Primeiramente, Bruna beijou Vitor. Bem, aquilo mexeu comigo, mas não tive muito tempo para processar a informação, já que em seguida caiu para que eu e você nos beijassemos. Minhas pernas ficaram totalmente trêmulas, mal me mantendo em pé, então eu caminhei até você no meio da roda, bem nervosa, e você aparentemente notou, já que sorriu pra mim e arrastou uma mecha solta do meu cabelo para trás da minha orelha. "Você está pronta?" Você perguntou e eu balancei a cabeça positivamente, sem preparo nenhum para isso. Você então se aproximou de mim e colocou os seus lábios macios nos meus, me beijando carinhosa e lentamente. Quando o beijo teve fim, você sorriu e me deu um último selinho. Droga, eu estava apaixonada!

Ver todos vocês deitados ao meu lado me fazia delirar. Por um lado, os três garotos pela qual me apaixonei estavam comigo, e pelo outro, eu podia jurar que não era real.

Acorda... Acorda... ACORDA! - Giuly gritou, me fazendo pular de susto e colocar a mão no peito.

S/n - Vai se ferrar, Giuly! - eu joguei o travesseiro nela.

G - Você sabe que horas são? Lembra que você estuda? Vem logo, eu fiz panquecas. Se arruma rápido. - ela disse, descendo as escadas em seguida. Eu então me levantei e comecei a me arrumar. Esses sonhos podiam ser mais frequentes.

[...7:00...]

O sinal tocou alto e eu e Giuly fomos pra sala. Hoje em dia, Vitor e Lucas são da minha sala, eu mal consigo olhar na cara deles, mas os meus pensamentos não me enganam.

[...]

Ah, Deus, o sinal do intervalo tocou. Finalmente, eu não aguentava mais estudar sobre meiose e mitose. Eu fui para o refeitório, como sempre não tendo uma mesa para me sentar, então apenas peguei o pudim de chocolate que estavam dando e fui para umas mesas que ficavam do lado de fora do campo. Eu então, avistei de longe, Vitor vindo em minha direção, depois de anos, e com um papel na mão, mas não era só um papel, era um envelope... Puta merda!

Ah, eu devo ter esquecido de um detalhe. Eu escrevi uma carta de amor para esses três garotos. Por que? Eu tinha que ter uma forma de me expressar, já que eu obviamente nunca falaria com eles sobre isso e definitivamente não tinha a intenção de entregar as cartas...

Eu rapidamente peguei a minha mochila e comecei a correr para os arredores do campo, onde estava acontecendo um treino. Foi aí que eu vi Lucas vindo até mim também. Cacete!

Vitor estava se aproximando quando Lucas me confrontou.

L - S/n, olha, tudo que ta escrito aqui é muito lindo, mas eu... - eu não lhe dei tempo para terminar, já que o desespero tomou conta de mim e eu acabei beijando o moreno, torcendo para que Vitor fosse embora. - E-eu...

S/n - Ah, obrigada. - eu disse com alívio, vendo que Vitor tinha ido embora. - Olha, Lucas, me desculpa. Eu não sei como essa carta chegou até você. Sim, eu a escrevi, mas foi a anos atrás. Bem, era isso.

L - Tá... E por que você me beijou?

S/n - P-porque... Eu não escrevi só pra você. - Lucas me olhou perplexo e eu expliquei tudo a ele. Ele também me disse que tinha acabado de sair de um relacionamento com a minha ex melhor amiga, Júlia.

L - Ok, eu tenho uma idéia. Você quer fugir do Vitor e eu quero a Júlia de volta. Que tal se fingíssemos estar juntos? Ela ficaria com ciúmes e voltaria pra mim e ele te deixaria em paz.

S/n - Essa idéia não parece muito convidativa pra mim, Lucas. - eu disse olhando em volta, averiguando a possível presença de Vitor.

L - Pode dar certo se você colaborar. - ele disse mais algumas coisas que me convenceram e eu me dei por vencido.

S/n - Tudo bem, vamos fazer isso, mas eu tenho condições. - eu andei até a mesa que eu estava anteriormente e me sentei no banquinho. - Primeiro : sem beijos. Não quero que isso aconteça no relacionamento falso.

L - Disse a garota que me beijou no meio do campo da escola. - ele debochou.

S/n - Não vem ao caso. Segundo : você tem que buscar a mim e a minha irmã todos os dias.

L - Ok. Bem, agora as minhas condições : você tem que ir as festas comigo e me deixar mandar cartas pra você. - meus olhos brilharam naquele instante.

S/n - M-mas por que? - eu perguntei ansiosa para a resposta que eu estava torcendo para ele falar.

L - A Júlia sempre quis que eu escrevesse cartas pra ela, ela achava romântico. Se ela ver que eu estou escrevevendo cartinhas de amor pra você, ela vai surtar de ciúmes. - ele disse sorridente e o meu brilho instantâneamente sumiu.

S/n - Ok. Bem, acho que é só isso.

L - Não. Se não vamos nos beijar, como vamos mostrar que temos o mínimo de afeto um pelo outro? - ele perguntou cruzando os braços.

S/n - Bem, você pode me dar o seu braço pra gente andar juntos.

L - Dar o braço S/n?

S/n - Você nunca viu Bridgerton? Isso é um ato de cavalheirismo! - eu disse indignada.

L - Tudo bem, eu vou dar o meu braço então. - ele disse se rendendo e sorrindo de canto.

S/n - Então temos um acordo. - eu estendi a mão para ele e o mesmo a apertou. Merda, no que eu tô me metendo?

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PEDIDOS ABERTOS - COM MODERAÇÃO ☀️

Primeiro : feliz aniversário atrasadíssimo pro nosso Luquinhas. Segundo : me desculpem por não ter escrito ultimamente, vou tentar não sumir por tanto tempo assim.

Imagines - Lucas Olioti/T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora