Uma noite..
Bati no mosquito que insistia morder meu braço e o matei, estava estressada, por que GPS não pega em floresta? Quem foi o louco que decidiu que na floresta não deveria ter sinal? Passei repelente por todo o meu corpo e respirei fundo, continuei andando e olhei para trás e percebi que estava sozinha, parei em frente a uma árvore e tirei meu estilete colocando minha inicial nela, caso eu sumisse iriam saber que pelo menos por ali eu passei, continuei seguir a trilha de acordo com meu coração mandou.
Apesar que quando escuto meu coração eu nunca me dou bem.. mas não importa, continuei andando, eu havia perdido a noção de quanto tempo eu estava andando por ali, escutei alguns passos atrás de mim, estava ficando escuro, liguei minha lanterna e mirei na direção da pessoa e suspirei aliviada por ser Lalisa.
-Eu me abaixei para amarrar meu cadarço e te pedi de vista, o acampamento não é pra esse lado.
Ela segurou minha mão me puxando para o lado oposto pelo qual eu andava, tá vendo só por que eu não escuto o meu coração? E se tivesse uma onça lá, escutei um barulho de música e pessoas conversarem, Lalisa afastou os galhos e encarei as cabanas que já estavam montadas, as pessoas que estavam ali me cumprimentaram educadamente.
Tirei minha mochila e iria pegar minha cabana mas Lalisa segurou minha mão e pegou minha mochila.
-A senhorita vai dormir comigo, minha cabana é grande apenas pra mim, além de que, eu não sei se vão te roubar enquanto eu durmo.
-Está preocupada comigo?
-Eu sempre estou preocupada com você, Jennie.
A abracei e apoiei minha cabeça em seu peito, suas mãos descansaram em minha cintura e as apertou levemente, algo quase não notável aos olhos de quem não quer ver.
Estava frio o suficiente, sempre sonhei com momentos clichês como esse, algo igual esse momento, acampamento com pessoas especiais, dormir em cabana, assar marshmallow na fogueira, ter junto conosco um homem que toca violão e sempre deixa o clima mais leve por saber cantar e tocar.
Encostei minha cabeça no ombro de Lalisa e continuei a comer, havíamos jantado, um docinho não faz mal pelo menos uma vez na semana, eu estava com sono, e o cheiro do perfume de Lalisa me deixou mais calma, fechei os meus olhos e cantarolei a música que cantavam.
Say: Don't go
I would stay forever if you
Say: Don't goMe afastei um pouco e apoiei minha cabeça no colo de Lalisa, suas mãos vieram para o meu cabelo e a senti massagear meu coro cabeludo, revirei meus olhos me sentindo relaxada, meus olhos pesaram e acabei adormecendo com minha cabeça em seu colo.
Eu podia sentir suas mãos ainda em meu cabelo, minutos depois senti meu corpo ser colocado no colchão, a coberta foi puxada até a altura do meu ombro e seus braços rodearam minha cintura, me remexi um pouco mas aquela posição estava confortável.
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365 DIAS, 365 CARTAS. - Jenlisa
Romansa. . O amor quando não te leva a loucura, ele pode te deixar extremamente mal, ao ponto de faltar ar em seus pulmões, viver de medicamentos, entrar em completo colapso, mas uma psicóloga não perderia sanidade por amor, mas nada a impede de ser afetad...