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Eram 21:00 e eu estava pronta, esperando

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Eram 21:00 e eu estava pronta, esperando. Eu estava com um vestido justo, preto, uma maquiagem leve e um sapato de salto. Não era a coisa mais chique do mundo, mas também não chegava a ser desleixado.

Eu insisti para que eu fosse até o campus da faculdade e, todos juntos, irmos até o local da confraternização. Mas o diretor não aceitou de jeito nenhum, disse e reforçou de que uma dama não poderia andar essa hora da noite sozinha. Eu já falei que acho esse homem um nojo? No final, ele disse que ia passar no meu apartamento para me pegar e irmos, nós dois, nos encontrar com as outras pessoas.

Até onde eu sabia, estaria nessa confraternização: o diretor, alguns professores e uma parte do conselho dos estudantes. Isso da equipe da universidade que eu estudo, se for, mais ou menos, a mesma quantidade de pessoas para as outras universidades, seria fácil dar um perdido no diretor.

Ouço uma buzina e quando vejo pela janela, sou capaz de ver o carro do diretor parado em frente ao meu prédio. Rapidamente me despeço da Sam (que me desejou boa sorte para lidar com ele) e saio pela porta - não sem antes pedir a todos os deuses que eu conheço ajuda para lidar com esse homem -

Quando cheguei lá embaixo, ele tinha saído do veículo, assim que me viu, senti o olhar dele me observando de cima abaixo - era como se ele tivesse me comendo com os olhos - Senti um frio na espinha e me xinguei mentalmente por ter aceitado o convite.

Ele abriu a porta do banco ao lado do motorista e fez o sinal com a cabeça para eu entrar, eu não queria começar isso com o pé esquerdo, tendo outra discussão, então apenas aceitei. Assim que eu entrei, ele foi para o banco do motorista, começando a viagem.

— Você está deslumbrante hoje — Comentou  ele — Não que você não esteja sempre, mas essa roupa mostra coisas que nunca deveriam ficar escondidas.

Eu tive que resistir a vontade imensa que me veio de descer minha mão na cara dele, ele estava dirigindo e eu não queria ter o risco de fazer ele perder o controle da direção. Ele já é desequilibrado, imagina se eu dou um tapa nele enquanto ele dirige.

— Obrigada — Respondi, tentando ser o mais breve possível. Não queria ver até onde ele seria capaz de chegar.

Ele ficou calado por uns minutos. Estávamos na metade do caminho, quando senti sua mão na minha coxa. Foi um toque leve, ele fez isso enquanto tirava a mão direita do volante, fingindo que ia pegar uma bala perto do rádio do carro.

Na mesma hora eu fiquei completamente rígida, tensa, ajeitei minha postura e coloquei as mãos no colo, tentando puxar o vestido um pouco mais pra baixo. Ele não era tão curto, mas também estava bem longe de ser longo. Prestei atenção em cada movimento que ele fazia com a mão durante o resto da viagem, sempre que sua mãe se aproximava de mim, eu tossia e colocava a bolsa no lugar em que ele teria pra passar a mão.

Eu não estava com cabeça pra outra discussão, então só segui fazendo isso até chegarmos na faculdade.

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