Nada é justo com First Kanaphan

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"Você é meio fofo e eu
Diria tudo isso
Mas não quero estragar o momento
Adorável estar sentada entre o conforto e o caos

[...]

Eu percebo quando estou no carro
E parece que é o fim
De um filme que eu já vi antes"

Ceilings - Lizzy McAlpine

A brisa fria balançava os fios castanhos de Khaotung, enquanto o carro se movia em velocidade média pelas ruas escuras e desertas dos campos de Bangkok, com o acastanhado observando as luzes da cidade ficando para trás através da janela aberta do carro. Talvez se fosse algum outro dia, algum outro alguém, Thanawat se preocupasse com o fato de não saber seu destino final, mas sempre que roubava glances na direção de First, tudo o que encontrava era uma face tranquila, um rosto bonito que era incapaz de esboçar algo além de doçura, um olhar que quando o pegava no flagra vacilava e ocasionava um sorriso divertido. First Kanaphan poderia ser quase um desconhecido, mas também era o homem que exalava mais confiança e segurança que Khaotung já havia conhecido. Então sim, talvez devesse estar preocupado com a escuridão ao seu redor, a brisa fria, as incontáveis árvores, a incessante falta de casas, no entanto, as estrelas no campo eram mais brilhantes e iluminavam o céu como ele jamais havia visto, ele desejava parar no meio do caminho e se pendurar nas belas e altas árvores, rolar na grama, desejava tantas coisas simples e alcançáveis, que sequer havia espaço para pensar que tal local teria abertura para que tudo se tornasse uma situação ruim e perigosa.

Quando o carro para em algo semelhante ao topo de uma colina, dando vista para grande parte da cidade, tão iluminada quanto o luar, ele inevitavelmente encara o homem ao seu lado com um sorriso que quase o rasga, e quando é retribuído por aqueles olhos redondos e sorriso de dentes, ele vacila, como se o brilho todo lá fora se concentrasse apenas na figura a sua frente, e ele se sente fora de órbita até First se aproximar para pegar as sacolas localizadas aos seus pés.

— Vamos Tung, pegue as coisas antes que passe mal de fome e você fique preso aqui para sempre.

— Eu não me importaria. — O mais velho trava e o encara com uma expressão desacreditada.

— O que?

— O que o que?

— Você não se importaria se eu passasse mal de fome? Que tipo de par para o baile você é? — Khaotung mentiria se dissesse que sequer tentou segurar a risada que saiu por seus lábios frente a tal dramatização.

— Por deus Phi, quis dizer que não me importaria de ficar preso nesse lugar, é bem bonito aqui.

— Bom, eu precisava fazer você abaixar a guarda e pensei em te trazer aqui porque é calmo e não tem como você fugir de mim.

Ele pega a maioria das sacolas e sai do carro sem esperar por uma resposta da parte do mais novo, esse que logo em seguida saí do automóvel para ficar ao lado de First que colocava os lanches e cervejas em cima de um lençol que havia estendido no gramado.

— Fala a verdade, você traz todas as garotas com quem fica aqui. — Kanaphan ri enquanto se senta, dando leves tapas no espaço ao seu lado, esperando o menor fazer o mesmo.

— Eu não traria pessoas tão inconstantes aqui.

— De repente você está todo poético e falando bonito, não combina com você. — Sentado ao seu lado, Khaotung consegue ver perfeitamente o perfil do moreno, e seus dedos coçam com a ideia de passear pela mandíbula bem definida, as pintinhas que contém em sua pele lisa.

Until the prom night Onde histórias criam vida. Descubra agora