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"Hoje à noite, na rodovia, um homem comendo torta de frutas com um canivete esculpiu a imagem do rosto de seu amante na parede do motel

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"Hoje à noite, na rodovia, um homem comendo torta de frutas com um canivete esculpiu a imagem do rosto de seu amante na parede do motel. Eu gosto dele e quero ser como ele." — Richard Siken.

Minho caminhava preguiçosamente para a cafeteria mais movimentada da cidade, porque ali o café era bom e os bolinhos também. E ele já tinha experimentado vários bolinhos por aí para saber exatamente diferenciar o que era bom e o que não era. Ficou fora por cinco dias. Seis, se levarmos em conta que voltou na cabeça da madrugada. Foi pouco tempo, de fato. Dormiu mais do que deveria, só que na sua cama, e tinha certeza de que Buttercup estava bem e feliz com a folga.

Não tinha muito o que fazer nas outras cidades. Ele só gostava de passear, olhar o nada, comer com Buttercup e cortejar algumas pessoas. Quase saiu com uma moça, mas ela tinha namorado e seria uma aventura que ele realmente não estava com estômago e energia para lidar. Não valeria a pena.

— Um expresso e um bolinho de morango com chocolate — ele pediu ao atendente.

Numa cidade como aquela, boa parte das pessoas se conheciam. Ele se lembrava daquele rapaz, o Hyunjin. Eles quase saíram uma vez, não fosse pela morte do gato dele que o impediu de se encontrar com Minho. Então, ambos não tentaram mais e viraram apenas um flerte em potencial do outro. Ele piscava quando recebia a nota com o pedido e o outro sorria como se o achasse completamente idiota.

Todos diziam para ele não cair nos charmes do tal Minho e, Deus, não! Claro que ele não cairia. Mas Minho era bonito, charmoso e tinha uma pinta de galã. Tinha uma pinta de "se retribuir o meu sorriso, eu vou virar sua vida inteira de cabeça para baixo e sair de fininho sem nem consertar". Então ele parou de sorrir. E San entendeu completamente o recado.

No instante em que seu pedido foi chamado, ele entregou um suporte para copos feito de papelão com meia dúzia de cafés grudados.

— Nosso entregador está doente hoje, mas só avisou há uns cinco minutos. Você poderia entregar isso na prefeitura? É para um rapaz chamado Jisung, ele fez o pedido depois que liberamos o entregador e disse que não poderia vir buscar por agora. Vai ser super rápido. Aposto que fica no meio do seu caminho — Hyunjin pediu. — Mas faça o possível para não derramar.

— Eu deveria cobrar por isso — Minho engoliu em seco, mas depois mordeu o lábio. — Mas prefiro que você fique me devendo um favor.

— Ah, corta essa, Minho! — Hyunjin deu um passo para trás, mesmo tendo o balcão entre os dois, e riu. — Ainda quer mesmo sair comigo?

— Eu não disse isso...

— Que bom que não — repentinamente, uma voz bem mais grave que a sua entoou atrás do seu corpo.

Minho deu um pequeno sobressalto. Quando virou-se para trás, checou que era nada mais que o pai de Hyunjin.

— Não quero meu filho andando com alguém como você — ainda pontuou.

saddle tramp | min+ sung  ver.Onde histórias criam vida. Descubra agora