Pedido por: @Girassol_mw
QSMP PURGATORYSafaduo(Guaxinim X Rodezel)
Angst /fluffy
Palavras: 1016
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"LOOK AT THE SKY"
Foi a última coisa que eu ouvi, a última coisa que todos nos ouvimos... antes do estrondo.
Vindo do céu, surgia uma nuvem de fumaça espera e escura, que tornava noite tudo em que penetrava, meus olhos doíam só de olhar, imaginar... eu corri o mais rápido que pude, sem direção, sem rumo, queria achar meus companheiros, qualquer um deles, mas no momento eu nunca estive tão perdido, em todos os sentidos.
Olhei para o lados, em desespero, vendo o céu aos poucos se despedaçar sobre nossas almas podres; me sentindo punido só de respirar aquele ar puramente contaminado. Ouvindo gritos de todos os lados eu só conseguia pensar em uma única coisa. Rodezel, onde ele está.
As últimas semanas vem sido duras, dias que ficamos sem comer, cada vez mais esforço para uma pouca recompensa; mas ele vem me recompensado, desde que eu entrei nesse inferno de lugar, e por ele que eu não vou desistir.
Corri como se minha vida dependesse disso, talvez dependesse mesmo; mas no momento mais importante que minha vida, era a vida dele. Eu gritei, corri, pulei sobre árvores, buscando fugir da nuvem de cinzas que caia do céu desgraçado o solo, tornando tudo cinza.
Até escutar um grito, agudo e doloroso, eu sabia de quem era esse grito, e não pensei duas vezes antes de voltar para trás.
Eu corri desajeitado em direção a nuvem cinzenta, a minha frente um lugar totalmente diferente; as árvores mortas, cheiro de enxofre e mofo no ar juntamente com as folhas da árvores já mortas pairavam sobre o ar já sufocante; eu senti minhas pernas falharem no mesmo instante. Mas com a perseverança de um guerreiro eu continuei, afinal Rodezel sempre me disse que eu sempre fui um ótimo sobrevivente.
E agora eu estava botando sua fé em mim a prova, com os céus caindo eu fiz questão de ir atrás dele, atrás do cara que sempre esteve lá por mim quando no meio desse inferno eu precisei de alguém; e ali deitado sobre a fumaça preta, eu o encontrei.
Pulei sobre seu corpo, o balançando forte, e gritando o mais alto que conseguia, algumas pessoas passavam por mim, elas me gritavam, avisaram do perigo que estava a frente, do pavor interior de cada um de nós. Eu insisti.
"RODE! RODEZEL!!! ACORDA, POR FAVOR, MI AMOR"
Pingos de uma chuva dolorosa começaram então a cair sobre meus ombros doloridos, a dor me fez gritar insanamente, tudo em mim doía, mas no momento a chuva corrosiva era a porra de um alfinete, por entre as milhares de lâminas e lanças que perfuravam meu coração.
A chuva caia, cada vez mais forte.
Seu rosto desacordado começou a seu tomado pelo ácido, eu comecei a ser tomado pelo ácido.
"nunca te dejaría atrás, safadinho mio"
Eu ri com minha própria ignorância perante minha situação, o final era assim.
Peguei o manto que usava cobrindo meus ombros, cobri o rosto do loiro, o peguei no colo usando minhas últimas forças.. E corri, corri com toda minha força de vontade. Meus joelhos tremendo, o corpo quente do meu garoto espírito em meus braços, meu rosto suado e sujo, agora esbanjando lágrimas pelas laterais.
Não poderia terminar assim.. não tinha como.
Eu fraquejei, cai com tudo.
Minha pernas tremiam tanto que eu sentia que seriam arrancadas pelo vento, embaixo de mim sua face serena, agora tendo partes em contato com ácido, derretendo levemente o sorriso calmo que se encontrava no seu rosto.
"RODE POR FAVOR DESPERTA"
Meu espanhol falho, gruni enquanto os pingos de chuva continuavam a cair, derretendo a mim, a ele, a nós. Minhas lágrimas doíam e os pedaços que sobraram do meu coração me rasgaram de dentro pra fora, uma dor tão complexa e sentimental que nem os mais brilhantes dos romancistas poderiam compreender. Eu me ajoelhei, me inclinando sobre o garoto, seu peito parado, pulso tão fraco quanto eu nesse momento; evitei que a chuva o molhasse colocando sua cabeça sobre meu colo, e meu trapo velho sobre o restante do seu corpo com a armadura já quebrada.
"Perdon mi neném, perdon"
Eu o olho nos olhos, mesmos fechados, ainda parecem reluzir sua felicidade diária, cada dia que passei ao lado desse homem fez valer, valer esse inferno. Minha nuca queimava enquanto a chuva ficava cada vez mais forte, de longe gritos me chamando pelo nome, eu nunca tive a intenção de me mover.
"GUAXINIM? GUAXI"
A voz de Himaru ecoava pelos ventos, mas nada adiantava mais, minhas pernas coladas ao show cinza, meus olhos quase tão sem vida quando o homem a minha frente, meu cansaço só fazia com que eu aproveitasse o momento.
"Eu já aceitei... se for pra morrer que seja com você, que seja pra proteger você"
Carinho em sua bochecha, lágrimas nas minhas... me abaixei deixando o cansaço me vencer, aproveitando o calor do seu corpo, usando meu braço para proteger o que poderia do seu corpo, mesmo sabendo que não há mais volta.
"Que você me perdoe um dia, Rodezel"
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Meu sangue esquentou, senti minhas veias pularem para fora do meu corpo quando eu me levantei com tudo, meu corpo trêmulo e voz rouca, lágrimas caindo dos meus olhos desesperados
"RODE????"
Eu gritei tão sem esperanças.
De trás de mim veio um abraço, o mais quente e caloroso que eu já recebi em toda minha vida.
"Guaxi ¿que paso mi amor? "
Meu coração tão pesado se sentiu de volta aos céus, eu virei de costas dando de cara com o cabelo loiro fino e sedoso, e os olhos mais bonitos da faça da terra, brilhando para mim.
Eu pulei em cima dele, nem dando tempo de uma reação exata dele, agarrando seus lábios com toda minha força de vontade, me sentindo finalmente capaz de novo.
Uma felicidade tão grande tomou conta do meu coração antes estraçalhado, pegando cada um dos cacos e juntando numa cola resistente chamada Rodezel.
"¿otra pesadilla? Baby boy?"
"Si, acho que vou precisar de uns cariños a mas"
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QSMP One-shots
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