𝐌𝐚𝐲𝐚 𝐇𝐚𝐫𝐭. Uma garota calma, meiga, gentil, educada e amada por todos. Mas nem tudo é perfeito, não é? Maya tem um passado trágico, um passado pelo qual ela quer esquecer, mas isso é impossível quando se tem uma garota curiosa e enxerida em...
Coço meus olhos, a única coisa que enxergo são as árvores grandes e altas que preenchem a floresta. Olho em volta, não tem ninguém, tudo acabou? Com certeza não. Eles vão voltar, eu sei que vão. Mas, por enquanto, minha única saída é continuar andando.
Meus pés doem ao sentir as folhas secas do chão, minha cabeça dói, dói muito. O céu está cinza, nenhum sinal de chuva, somente a brisa leve do vento batendo nos meus cabelos. Meus braços tem leves cortes que não foram feitos por mim.
Preciso curar esses machucados que estão espalhados pelo meu corpo, preciso recuperar as noites de sono que não durmo a muito tempo. Mas infelizmente isso não é possível, não agora.
Após duas horas de uma caminhada que pareceu uma eternidade, meu coração acelera ao ver uma pequena casa com fumaça saindo da chaminé. Um sorriso preenche meus lábios e acelero os passos. Ao chegar na casa, retiro minhas mãos dos bolsos do meu moletom e dou duas batidas na porta de madeira. Nada. Ninguém abre a porta, tem alguém lá dentro? Bato novamente. Nada. Então, finalmente decido abrir a porta. A casa e grande, toda feita de madeira marrom escura, tudo parece bem desgastado e a lareira está ligada. Sempre adorei o cheiro de madeira queimando. Após andar por toda casa e ter a certeza de que não tinha ninguém, eu volto a sala e me sento na beira da lareira, deixando aquele vapor quente esquentar meu corpo. Aproveito que estou em uma casa onde tem alimentos, eu pego um copo de água e tomo, minha garganta dói ao engolir o líquido, provavelmente porque...porque... por que minha visão está embaçando e eu estou ficando tão... tonta?
De volta a esse lugar. Eles fazendo aquelas malditas perguntas novamente, o cano da arma está bem na curva do meu pescoço, meu coração acelera e minha visão embaça. A voz dela ecoa pela minha cabeça.
— Vou perguntar novamente, cadê a garota? — ela fala em no meu ouvido e arma é pressionada mais forte em meu pescoço.
— Garota...? — um sussurro quase inaudível chega aos meus ouvidos.
— Garota...? — ouço novamente o sussurro, mas dessa vez mais alto.
— Garota! — por fim, o sussurro se torna um grito, me fazendo despertar. Meus olhos encontram os olhos de pele morena.
— Você está bem? Está machucada! Tem pais? Qual seu nome? — sua voz é nervosa.
O medo me consome, o silêncio preenche toda a sala enquanto meus olhos estudam a garota mo
— Olha, eu preciso saber seu nome para te ajudar.
Minha voz não sai. O medo, dúvidas e perguntas me preenchem. Ela vai me entregar para eles novamente? Devo confiar nela? Eu mal a conheço.
— Olha, eu sou a Dina. Essa casa que você está, é de um senhor esperto, ele tem muitas armadilhas, você tomou uma água onde tinha uma grande quantidade de remédio para dormir. — a morena diz. Novamente, fico em silêncio.
— Sua última chance, qual é seu nome? — Dina pergunta, seu tom de voz é bem calmo, será queelaésemprecalmaassim?
— Maya... — minha voz sai mais fraca do que eu imaginava, fazia realmente algum tempo que eu não falava com alguém que estivesse com uma arma apontada para mim.
— Ótimo, Maya. Você está sozinha? — Dina pergunta, eu afirmo.
— Olha, eu estou em patrulha, por isso estou aqui. Se você quiser, pode voltar comigo para Jackson, você quer? — Jackson? E se for uma armadilha? E se ela na verdade também conhecem eles e vai me levar de volta?
Não tenho tempo para pensar. Prefiro arriscar do que morrer de fome perdida em uma floresta qualquer.
Deveria confiar?
Definitivamente não. A Maya de três dias atrás já teria arrancado toda sua força e matado essas duas garotas, mas a Maya dessa segunda-feira diz que eu preciso tentar confiar, mesmo não querendo.
— Sim. — Respondo, Dina me ajuda a levantar, ela não não seria alguém que me machucaria, seria? Acho que não, mas não posso baixar a guarda.
Dina me põe atrás dela em seu cavalo, eu junto as minhas forças restantes e seguro a cintura dela e deito minha cabeça nas costas dela, logo, o animal começa a se movimentar e não demorou para chegarmos na cidade que Dina citou.
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