O Grande Rei de Snowfall Jjk+Pjm

03

Todos estavam animados para a coroação do novo Rei, ou seja, eu.

Haviam crianças correndo por todos os cantos do palácio, enquanto os adultos e jovens conversavam sobre a cerimônia de coroação, debatendo hipóteses sobre o que poderia ter acontecido para o meu pai ter renunciado o trono.

Hoje eles saberiam. E mesmo eu tento dito ao meu pai que não contaria de suas tramoias se ele me entregasse a coroa, eu tinha que contá-los o motivo e também fazer o possível para que ele ficasse o mais afastado possível do país. Talvez ele fosse deportado para a Europa, dependendo da decisão da corte de justiça.

– Gostaria de chamar a atenção de todos para a frente do salão e pedir para que se sentem em seus lugares, por favor. - O cerimonialista pediu ao bater em um instrumento triangular e conseguir chamar a atenção de todos para a sua figura.

Meus dedos suavam de nervosismo e, parecia que eu tinha esquecido a maneira como respirar. E foi assim até eu caminhar em silêncio até a frente do salão e me ajoelhar sobre um tapete vermelho que trazia um certo desconforto aos meus joelhos.

– Jeon Jungkook, príncipe real e herdeiro da coroa de Snowfall, você jura falar a verdade e, somente a verdade diante dos cidadãos, da corte e principalmente de Deus?- Ele perguntou, ao estender uma bíblia para que eu colocasse minha mão direita sobre ela.

– Eu juro. - Tremi, pensando em como aquilo parecia uma audiência de acusação por algum crime. Mas eu apenas estava fazendo uma promessa ao meu povo, entregando-lhes a minha honestidade.

– Então podemos dar início à coroação. - Meu pai que estava sentado em seu trono, se levantou e entregou a coroa ao Sacerdote. - Você fará o possível e o impossível para honrar seu povo e melhorar a situação de vida de todas as pessoas do reino. E além disso, não medirá esforços em sacrificar a própria vida se isso significar manter a paz em Snowfall.

– Juro solenemente dar o meu melhor para ajudar as pessoas do reino e, dar a minha vida caso necessário. Com honestidade e solidariedade farei o reino prosperar. - Disse tudo com veracidade, olhando nos olhos de todos os que estavam sentados assistindo a minha coroação. Queria transmitir-lhes a minha sinceridade, fazer com que todos confiassem suas vidas à mim.

– Eu lhes apresento então, o mais novo Rei de Snowfall, sua majestade Jeon Jungkook. - Sorriu ao proferir tais palavras, com os olhos preenchidos por lágrimas.

Senti o peso da coroa sobre a minha cabeça, fechando os olhos para impedir que lágrimas escorressem deles. Finalmente tinha acabado com o reinado de desonestidade do meu pai.

– Saúdem o Rei! - Ergueu uma taça de ouro, estendendo a mão para me ajudar a levantar. Assim que levantei e ergui as mãos, todos gritaram alto e animados, me desejando vida longa.

– Eu gostaria de dizer algo ao povo antes de começarmos a festejar. - Disse ao Sacerdote e, logo ele deu espaço para que eu falasse. - Bom, muitos aqui devem estar se perguntando o porque do meu pai ter renunciado o trono, mas isso eu irei lhes responder agora. E na verdade, o que realmente aconteceu é que eu sabia de tudo o que ele planejava e não pude me manter quieto diante de tal desrespeito com o povo e o país. Seu reinado era corrupto, cruel e não se importava com a vida e bem-estar dos cidadãos. Ele traiu à mim, traiu a minha mãe e traiu vocês. Eu não consegui me manter calado, então, o ameacei e obriguei-o a me entregar a coroa. Sei que essa não é uma das melhores maneiras de me tornar digno de representar o reino, mas eu estou disposto a ouvir suas sinceras críticas.

– O que nos garante que você não irá se tornar alguém sujo como o seu pai? - Um cidadão aleatório perguntou.

– Não existem formas de eu provar que não serei igual a ele, mas espero que vocês confiem na minha palavra. As coisas pelas quais ele fez eu e minha mãe passarmos é o suficiente para eu saber que nunca quero ser comparado à ele. - Tentei manter minha voz firme, ao lembrar do que ele fez com a minha mãe, que praticamente adoeceu por sua causa. Sua morte ainda era recente e, ninguém além dos empregados e conselho do meu pai sabiam da tragedia. Apertei as unhas nas palmas das mãos, esperando que a dor física diminuísse a vontade de chorar pelos problemas emocionais. - Eu repudio cada parcela suja de culpa que ele tem e, agora, espero que ele seja julgado de maneira justa e pague por cada atitude errônea e proposital que cometeu.