4- Nas Profundezas

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*Maximus*

   Eu estava tendo uma aula de criaturas mágicas, nos estábulos, quando uma voz, uma longínqua começou a me chamar, uma voz feminina, que quando a procurei, ela vinha de dentro da floresta proibida. Eu estava hipnotizado e sem perceber eu segui em direção a grande, densa e sombria floresta. Andei por um longo caminho escuro, o vento fazia as árvores farfalharem agressivamente, os uivos das criaturas e os cantos dos pássaros pareciam sombrios, como se eu estivesse me aproximando da morte e nem sabia. A voz se tornou ainda mais alta até que ela cessou assim que cheguei a uma clareira. A luz da lua era forte e iluminava tudo, principalmente um grande portão branco no meio de um lago de águas cristalinas, olhando mais aos detalhes do portão ele possuía no seu topo três cabeças do que pareciam ser serpentes ou algo parecido, e quando olhei para os olhos da do meio, eles eram feitos de safira, mas, tudo começou a ser engolido por sombras, e atrás de mim um ser sombrio sem rosto com olhos totalmente brancos, que avançou para cima de mim e...

   Acordei em um salto, estava completamente suado e com a respiração e pulsação descompassada, voltei a me deitar e não consegui dormir. Fiquei encarando o teto no escuro, me perguntando o que tinha sido isso? O que essas coisas queriam dizer? Será que isso realmente existia ou era só um sonho?

   Eu não me importei muito com que tinha acontecido essa noite, e optei por não contar para o John ou pra Lilly, eles já estavam malucos com a aula de clarividência de ontem, isso só os deixaria ainda mais paranoicos. O dia correu tudo bem, mas o meu cansaço estava aumentando, eu não tinha dormido essa noite e já estava começando a ficar aparente, mas por sorte ninguém percebeu.

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*Sebastian*

   Aqueles três impecilhos estavam começando a me dar nos nervos, eles não me deixavam em paz, e pareciam estar vidrados naqueles três, ou como chamavam, no trio de ouro. Maximus Dragonborn. Lilly Howl. Jonathan Crow. Não entendo porque eles continuavam insistindo nisso, era óbvio que eles não se importavam ou ligavam, principalmente o Maximus, que nos encarava com aqueles olhos esmeraldas intensos que... Não importam.

   E lá estávamos nós de novo indo atrás dos três para inferniza-los. Descemos até o pátio externo, onde os encontramos sentados conversando sobre algo, mas, alguma coisa não estava normal.

   - Olha só se não são os patéticos sangue-ruins e seu sonserino de estimação.- Jessy começou com as provocações e eles se levantaram.- E o que temos aqui ein?- Ela tomou contudo uma caixa de papelão que a Lilly segurava, deixando a garota mais furiosa do que já estava. Dentro da caixa quando Jessy a abriu, havia um filhote de pássaro, muito provavelmente de um dedo-duro.- Oh, que lindo, então a galinha encontrou o seu pintinho, que linda reunião de família.

   - Devolve ele agora Jéssica Cooper, ou você vai se meter em grandes problemas.- A lufana vociferou com muita raiva. E Jessy fez algo que era demais até pra mim, ou melhor ameaçou fazer algo que era demais até pra mim.

   - Se não o que rata de sangue-ruim?- Ela pegou sua varinha e apontou para o pobre filhote, que não tinha nada haver com o que estava acontecendo.

   - Solta ele agora seu projeto de puta mal comida, ou eu vou acabar com a sua raça, e com esse lixo que você chama de cara, tá me entendendo garota?- A voz de Maximus estava grave, e todo o meu corpo se arrepiou, ele tinha ódio nos olhos, e uma presença ameaçadora, que fez a Jessy soltar a caixa, e a mesma não caiu no chão por conta de um levioso de Lilly, mas algo realmente não estava normal, os seus olhos não estavam tão intensos como o de costume, eles pareciam bem... cansados?

   - V-V-Vamos embora.- Mark gaguejou ao proferir as palavras antes de sair correndo junto de Jay, e Jessy saiu me arrastando pela manga, e eu via o Maximus, nos encarando enquanto saíamos dali.

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