L'avènement des Dragons

7- A pérola das águas

*Sebastian*

Eu não sabia se aquilo que pensei ser a minha estrela na terra, seria de fato a minha estrela. Mas outra coisa começou a me deixar perturbado, porque a Lilly falou isso comigo? Ela gosta de mim? Isso quer dizer que somos amigos agora? Eu estou completamente confuso com isso. Já que a uns dias atrás estávamos nos matando verbalmente, e agora, estamos aqui, semi nus tomando banho juntos em um lago, na casa do Maximus.

- Nós somos amigos agora?- A pergunta saiu de minha boca, involuntariamente.

- Bom. Teoricamente sim. Já que quase morremos juntos, e você também não é de todo mal.- Ela disse de forma esclarecedora.- Mas eu ainda não gosto muito de você não.- Ela cruzou os braços e virou o rosto com una cara de esnobe, que em segundos se transformou em risadas, de ambos.

- Ele trata aqueles bichos como se fossem gatinhos.- Acabei pensando em voz alta, ao voltar o meu olhar para Maximus, que fazia carinho nos dragões, que já estavam acordados.

- Verdade, nem parece que esses bichos podem devorar ele inteiro em uma mordida.- Ela riu após dizer isso, e dei um sorriso de canto.- Eu tô ficando cansada, acho melhor nós voltamos pra dentro, tô afim de dormir. Quer vir também? Ou você vai esperar ele? Acho que ele vai demorar viu.

Ela estava certa, concerteza ele ia demorar pra subir, já que estava fascinado por aqueles lagartos enorme cuspidores de fogo, e é capaz dele dormir junto aos bichos. Ele parecia um selvagem, e agora estava em casa.- Vou subir com você, tá começando a ficar frio também.

Me levantei da beira do lago e segui a garota até a casa dos Dragonborn. Ela estava vazia, não estava escura, mas estava quieta, era possível ouvir nossas respirações.

- Nossa, mas aqui dentro é um silêncio macabro, parece até filme de terror, Jesus.- Acabei rindo da reação da Lilly.

Essa casa parece ter algo a mais...

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*Maximus*

O sol birlhava intenso na minha cara, e esse foi motivo de eu acordar. Eu estava deitado sobre a asa de um dos dragões que estavam a beira do lago ontem, e é onde ainda estamos, e eu pareci ser o único ali.

Deitado nas pedrinhas na beira do lago, pensando sobre nada de relevante, ouço o rufar de asas e a sombra de um rabo córneo húngaro passar sobre mim, e vi que minha mãe voltou da sua busca pelos ingredientes necessários. Me apressei para levantar e seguir na direção da casa.

Abrindo a porta me deparo com minha mãe em pé em frente a entrada da sala, enquanto segurava dois frascos. Ela parecia pensativa. Algo estava incomodando ela.

- Bom dia mãe. Tá tudo bem? Você parece preocupada.- Ela se assustou de leve e se virou na minha direção rapidamente, e sua feição suavizou ao me olhar.

- Ah, filho, bom dia meu amor, dormiu bem?- Sua voz estava profunda, tinha alguma coisa errada.- Está tudo bem sim, e com você, vocês no caso, como vocês estão? Vejo que você tava no lago né?- Ela estava mentindo, e tentou fazer sua voz ser meiga e doce novamente mas sem sucesso, não sei se ela percebeu que eu percebi isso...

- Estava sim. E eles, junto a mim, estamos muito bem sim. Agora eu vou subir para tomar um banho, já que vamos abrir essa caixa hoje não é?

-Não, não, você não vai tomar banho, você já está no traje perfeito para a ocasião de hoje.- O que ela quis dizer com isso?- Vá acordar os outros, eu tenho boas novas, e aproveito para ajeitar as coisas enquanto isso.- O sorriso dela me acalmou um pouco da tensão que eu mesmo estava me gerando, tentando descobrir o porquê dela estar tão séria.