Arrancamos noite adentro por estradas rurais escuras Hanna me puxava como se nossas vidas dependesse disso.
O vento forte golpeava nossos cabelos. A chuva açoitava nossos rostos. Eu não sabia como, mas Hanna ainda conseguia ver alguma coisa, naquela altura do campeonato meu óculos estava tão encharcado que eu não sei se era melhor ou pior continuar com ele no rosto. Hanna mantinha a firmeza em minhas mãos enquanto me puxava. Toda vez que um relâmpago produzia um clarão, eu olhava para Hanna como se ela fosse louca. Mas não, ela me conduzia sem nem se importar com a chuva
- Então, você e meus pais... se conhecem? Os olhos de Hanna moveram-se rapidamente para meu rosto.
- Não exatamente - disse ela. - Quer dizer, nunca nos encontramos pessoalmente. Mas eles sabiam que eu estava observando você.
- Observando, a mim?
- Estava de olho em você. Cuidando que estivesse bem. Mas eu não estava fingindo ser sua amiga -acrescentou apressadamente. - Eu sou sua amiga.
- Outra coisa que tenho que esclarecer, você admite que havia uma Ágata!
- É claro.
- Então por que...
- Quanto menos você soubesse, menos monstros atrairia - disse Hanna, como se aquilo fosse perfeitamente óbvio. - Nós pusemos a Névoa diante dos olhos humanos. Tínhamos esperanças de que você achasse que a Benevolente era uma alucinação. Mas não adiantou. Você começou aperceber quem você é.
- Quem eu... espere um minuto, o que você quer dizer?
Um camaro passa por nós e para alguns metros à frente, da ré e para ao nosso lado, me preparo para sair correndo caso seja uma tentativa de sequestro.
O vidro é aberto e Hanna da um grito.
- GROVER! O que está fazendo aqui, não era para vocês estarem no acampamento ?
- Não é minha culpa! Ele me abandonou na rodoviária. Diz desesperado, o tal de Grover.
- Entrem crianças. Diz a moça que dirigia o carro.
- Tudo bem. Grover abre a porta e nós entramos. A moça rapidamente pisa no acelerador.
Assim que me ajeito dentro do carro fico confusa.
- Você de novo? Indago ao garoto do museu que não lembro o nome
- Oi, o que vocês estão fazendo aqui, no meio da estrada?
Um estranho rugido ergueu-se em algum lugar atrás de nós, bem perto de onde estávamos. Tinha alguma coisa nos perseguindo.
- Percy - disse a mulher -, há muito a explicar e não temos tempo suficiente. Precisamos pôr vocês em segurança.
- Em segurança como? Quem está atrás de mim?
- Nós. corrige Hanna
- Ah, nada demais - disse Grover, obviamente ofendido com algo. - Apenas o Senhor dos Mortos e alguns dos seus asseclas mais sedentos de sangue.
- Grover!
- Desculpe sra. Jackson. Poderia dirigir mais depressa, por favor?
- Espera, Jackson? Digo confusa e ouço um xingamento vindo de Hanna em uma língua que não reconheço.
Tentei envolver minha mente no que estava acontecendo, mas não consegui. Lembrei das palavras de meu pai dizendo que eu tinha um irmão. Não. Não. Não pode ser. Essa merda não pode estar acontecendo. Sabia que aquilo não era um sonho.
- Quando é seu aniversário. Pergunto de repente ao garoto.
- Hãm... dezoito de agosto de dois mil e sete.
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Os olimpianos e o ladrão de raios
أدب الهواةMeu nome é Skyla Jackson. Tenho 12 anos de idade. Até alguns meses atrás, era aluna de um Internato particular para Meninas Problemáticas, o Internato Hackley em Tarrytown, NY. Se eu sou uma garota problemática? Sim. Pode-se dizer isso.