'SECRETS'

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Oi!! Vamos manter a mesma meta do capítulo anterior, 3k de comentários aqui, valendo um spoiler bem grandão do capítulo cinco. Há boatos de que o capítulo cinco tem quase 20k de palavras, será que é verdade? 👀

🖤

Na manhã seguinte, Taehyung acordou atrasado.

Ao despertar, teve a sensação de que seu corpo havia triplicado de peso, as pálpebras que se moviam lentamente também estavam densas, tornando o cenário ao redor um grande e confuso embaçado.

Com o sangue frio, podia sentir os músculos rígidos e tensos, a ardência e o latejar de algumas partes de sua pele, que acabaram por lhe arrancar um sorriso ao lembrar da noite anterior.

Taehyung se remexeu discreto no colchão, escondendo o rosto com o lençol como se ali estivesse sendo observado por alguém. Ou talvez aquele fosse só um sentimento de auto-condenação.

Não estava nem de perto arrependido, mas também não diria orgulhoso.

Esticou as pernas e braços pela cama espaçosa, ainda sentindo o cheiro de Hoseok, ainda podendo ouvir aquela voz enrouquecida sussurrando pertinho, sentindo os toques agressivos... e só então, percebeu que, apesar da forte presença daqueles estímulos, Hoseok não estava ali.

Taehyung ergueu um pouco o tronco, escaneando o próprio quarto em busca de qualquer sinal do cantor, mas não havia nada além de seus próprios pertences.

Por um segundo achou que acordaria com ele ao seu lado, mas neste mesmo segundo, questionou-se do porquê esperava algo assim.

Foi avisado, desde o começo.

Apesar da frustração, algo forte como uma chama manteve Taehyung preso apenas no que fizeram horas atrás, e por isso, voltou a sorrir mínimo, arrastando-se no meio dos lençóis até estar de pé, bem em frente ao espelho que tinha em seu quarto.

Seus olhos encheram-se com um brilho quase cegante no momento em que encarou a si mesmo por inteiro, parando em cada uma das marcas feitas por Hoseok só para acariciá-las com a pontinha de seus dedos, como se fossem a prova de sua loucura.

Taehyung quis que fossem tatuagens.

Estava completamente nu quando deu uma pequena volta, tentando enxergar a parte de trás de seu corpo. O lábio inferior foi preso entre os dentes, na contenção de mais um sorriso tímido, ao ver os chupões espalhados por suas nádegas e coxas.

Também tocou em cada um deles, suspirando longo.

Se sentia lindo, deslumbrante, invencível. Se sentia posse. Se sentia algo, algo de alguém.

Mas ainda não estava satisfeito.

Isso é o que chamam de vício.

O assistente abandonou seu reflexo e chegou perto da cama novamente, só para buscar o celular antes de rumar para o banheiro.

— O que?! Merda!!! — Gritou assustado e voltando à realidade quando seus olhos bateram na tela do aparelho, que ascendeu e mostrou as horas — Porra, cacete!

Xingou, agora começando a se apressar em todo e qualquer movimento que fazia, resmungando ao sentir as dores pontuais no corpo inteiro.

Como conseguiu perder a hora?

Sempre colocava despertador, e mesmo assim, às vezes acordava até antes do horário por puro costume.

Tomou o banho mais rápido de sua vida e se arrumou com a mesma agilidade, tropeçando nas calças conforme tentava ler no tablet o que supostamente poderia ter comprometido por conta de seu atraso.

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