— VOCÊ VAI PRA CHICAGO? — Kai quase derrubou a taça em que preparava o sorvete de Beomgyu — Morei lá por um tempo. Foi uma experiência boa.
— Ainda 'tô pensando se aceito a proposta ou não. Tem o Taehyun, a Ryu, tem a mamãe também, e eu não sou bom com mudanças, sabe?
— Sei muito bem, lembra quando alteraram a grade de aulas e os horários no meio do penúltimo bimestre do último ano? Você quase enlouqueceu porque não conseguia lembrar os horários das aulas e esquecia que tinham aulas à tarde. — colocou a taça gelada em cima do balcão — Granulado? — Beomgyu assentiu — Por sinal, como a tia Yeri 'tá?
— Aquele ano foi um terror. — bufou — Mamãe tá no paraíso, o Bin veio depois de anos e ainda trouxe o namorado junto, ele é um doce, por sinal. Ela quase surtou, mas acabou adorando ele logo de primeira, principalmente quando ele disse que gostava de cozinhar.
— Soobin namorando? Pra quem dizia que ia continuar solteiro pelo resto da vida, isso é realmente chocante. — se apoiou no balcão enquanto o Choi aproveitava seu sorvete — Voltando ao foco, você realmente vai? Vai demorar um tempo pra se acostumar, você sabe.
— Sinceramente? Não sei, eu fiquei tão animado de primeira, mas agora, eu não sei se quero deixar tudo aqui. Mas é uma proposta tãaaaao interessante! — apoiou o rosto nas mãos e bufou. Kai soltou um riso soprado.
[...]
Véspera de Natal, uma data mágica, não?
Isso se não estivéssemos falando da família Choi.
Correria e bagunça. Essas duas palavras definiam a casa de Dona Yeri às 20:00 da noite de um domingo. Peru terminando de assar, farofa - um dos favoritos de Kai - sendo feita pela matriarca da família. Pavê na geladeira, Beomgyu e Bahiyyih travando uma luta mortal contra Soobin, que estava prestes a colocar uva passa no arroz - completamente relatável - e Yeonjun, saindo completamente do conceito, fazendo um clássico cultural: bulgogi com kimchi. Dona Yeri e sua equipe gastronômica prepararam comida para um batalhão para pessoas de no mínimo 20 países diferentes. E enquanto o caos culinário do tempo passando na cozinha acontecia, o restante da casa não estava tão sossegada - estava pior, na verdade.
Acontece que voltaram à tradição natalina de anos atrás, juntar as três famílias - Choi, Huening e Shin - com exceção apenas dos Huenings mais velhos, que tinham viajado. Na sala, Ryujin e Lea cantavam Merry & happy no karaokê, enquanto Chaeryeong e Taehyun assistiam ao espetáculo no sofá, Kai rachava de rir com a voz desafinada da irmã em trechos específicos e Yeji conversava com a própria sogra e a cunhada, Yuna, enquanto gritava encorajando a namorada. O boneco de neve dos irmãos, surpreendentemente, continuava de pé e pleníssimo no jardim da casa, próximo ao balanço que Beomgyu adorava desde a infância.
— BIN, PELO AMOR, LARGA ESSE POTE, ISSO É HORRÍVEL! — Beomgyu choramingava ao pé do irmão enquanto Bahiyyih já tinha desistido e se juntado a Yeonjun na mesa da cozinha, fofocando e tomando suco de uva.
— Horrível vai ser o surto da mamãe se eu não colocar. Você sabe o quanto ela gosta, apesar de isso aqui ser meio nojento. Se não gosta, tira, simples assim. — o pote aberto só conseguiu deixar duas uvas caírem antes de ser puxado pelo mais novo, resultando em uvas passas espalhadas junto com cacos de vidro no chão. Uma iguaria culinária, não?
— Opa...Soobin, eu imploro, não deixa a mamãe me matar, eu tenho que voltar 'pra emissora vivo próxima semana! — um verdadeiro show de drama. Por que ele tinha escolhido jornalismo e não teatro?
— Mas, que barulho foi esse? 'Tá tudo bem aí, Bin- MAS O QUÊ É ISSO? — Yeri tinha acabado de voltar da sala depois de ter terminado a ceia — Uva passa é cara, sabiam?
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Boa noite • Taegyu
Fanfiction[𝐂𝐎𝐍𝐂𝐋𝐔𝐈𝐃𝐀] Beomgyu vivia sua plena vida como jornalista e âncora do jornal da manhã. E ainda tinha uma paixonite pelo seu colega de trabalho, o âncora do jornal da noite: Kang Taehyun ¦ Capa feita por mim. *Nada escrito aqui tem a inten...