Capítulo 04

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N.A.: FELIZ ANO NOVO MEU POVO! Espero que o ano que vem seja maravilhoso e traga apenas coisas boas para todos nós!! Sei que estive ausente na escrita esse ano e nos dois anos que antecederam 2023. Mas 2024 será uma nova jornada!! Amo vocês!

XOXO~~

Vith.

Lilliane

Tinha chegado o dia e eu não teria mais como escapar de tudo isso. Do meu quarto era possível escutar o barulho das pessoas indo de um lado para o outro ajeitando tudo para a noite desta sexta-feira.

- Lilliane?

- Lilli? - Carmélia e Junne falaram ao mesmo tempo atrás da porta do meu quarto.

- Podem entrar... - suspirei após dizer para minhas amigas que o quarto estava livre para elas.

Junne foi a primeira a adentrar o recinto e me olhou de cima a baixo - nunca pensei que você seria a primeira de nós três a se amarrar em um casamento. Juro para ti! - suas palavras me fizeram sorrir amarelo. Tudo que eu não precisava agora era de alguém que se unisse a mim no pensamento de que isso era uma péssima ideia.

- Cala a boca sua tonta! - Carmélia a repreendeu - Você está belíssima, minha amiga! - a mulher me abraçou apertadamente.

- Obrigada Carm...

- Tio Hans caprichou muito nas joias para o seu casamento - tocou em meu queixo o levantando - sorria! Andrew é um partido maravilhoso para ser futuro marido. Mas se não consegue que isso te anime, pense como vai ser maravilhosa a vida de esposa troféu!

- Deixe de ser fútil Carmélia - nossa outra amiga reclamou.

- O que? Vai dizer que você prefere trabalhar, Junne?

Enquanto as duas discutiam, andei em direção à penteadeira que tinha no meu quarto e tirei um pequeno colar com uma única esmeralda nele. A joia havia pertencido a minha avó Anastasia, e era uma peça verdadeiramente divina, mas meu pai havia me proibido de usar outra coisa que não fosse o gigantesco colar de diamantes e ouro branco que repousava em meu pescoço.

- Lilliane? - a porta foi aberta e minha mãe entrou, aquilo fez com que minhas amigas parassem de discutir e eu observei a mulher mais velha pelo espelho - Está pronta?

- Estou sim - a olhei e ela parecia querer brilhar mais que as estrelas pelo tanto de joias que a adornavam.

- Mais uma coisa... você vai assim? - apontou para meu rosto.

- Assim como? - levantei a sobrancelha. Me olhei no espelho e a maquiagem estava perfeita.

- Mostrando seus olhos assim - falou da minha heterocromia como se fosse algo ruim.

- Vou sim. Algum problema? As pessoas inclusive sabem há muito tempo que eu tenho heterocromia - tentei me acalmar, poderia parecer algo bobo, mas passei anos da minha vida escondendo minha condição e não iria fazer isso nunca mais.

- Você quem sabe! Pois desça que seu pai já está ansioso para que você vá logo - disparou a falar - não sei como você demorou tanto se os estilistas e os maquiadores já desceram.

- Estava um pouco pensativa, mamãe... - disse o "mamãe" de forma ácida e ela pegou em minhas mãos.

- Vai ser maravilhoso, querida. Acredite em mim! O casamento é uma construção, eu não amava seu pai quando o conheci, mas olhe para nós hoje! - disse como se os dois vivessem em um conto de fadas da Disney e andou em direção à porta - Vamos meninas?

Meu corpo todo tremia de ansiedade a cada quilômetro que o carro percorria, além do meu coração disparar e a ansiedade ficava cada vez pior. Eu só queria que aquilo acabasse o mais rapidamente possível. As rodas do carro pararam de se mover e eu nem tinha percebido que já havíamos chegado em Colônia, provavelmente porque meus olhos estavam fechados durante todo nosso trajeto.

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