Capítulo 06

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N.A.: Oi gente! Como eu tinha prometido a vocês, assim que eu terminasse a fanfic "I Took a Plane to Your Heart" iria voltar a escrever as duas que eu tinha colocado em hiatus.

Então sejam bem-vindos ao novo capítulo de "Amare", espero que gostem! Agradeço a todos que estão acompanhando a estória, curtindo e comentando! Isso instiga muito a continuar a escrita e me faz muito feliz!

Parece que finalmente os mundos de Eve e Lilliane irão começar a colidir e os laços a se estreitarem! O que me anima muito!!

Amo vocês!

XOXO~~

Vith.



Lilliane

Aos poucos eu estava me acostumando com tudo que acontecia na Pascha. Desde que cheguei no bordel em meu vestido de noiva que todos os clientes logo ficaram eriçados para saber quem eu era e tirar uma casquinha da inocente noiva, papel que eu empenhava dentro do quarto.

Eu queria dizer que minha presença lá foi um segredo, mas logo fui reconhecida e os jornais e revistas começaram a rondar o Pascha como urubus prontos para comer a carne do animal recém-morto. Aquilo fez com que eu tivesse medo por um tempo, principalmente de meus pais destruírem o lugar, mas aparentemente, assim que meu rosto surgiu na mídia, eles começaram a tratar como se eu tivesse morrido.

O mesmo se deu com minhas melhores amigas Carmélia e Junne, nenhuma das duas mulheres me respondeu e aquilo me fez perceber que eu realmente era descartável. Depois de perceber que não precisavam de mim, passei a não precisar mais delas ou de nada que me ligasse ao passado que eu desejava esquecer. Afinal eu estava morta, não estava?

- Ô Lilliane - Carmen, a moça que eu mais me apeguei veio atrás de mim. O sotaque dela foi o que mais me chamou a atenção, ela era loira e trabalhava no Pascha desde seus 18 anos e agora aos seus 30 anos, me ensinava como fazer para agradar os mais diversos clientes.

- Olá, Carmen! Como está a agenda de hoje? - a abracei.

- Mega lotada! Menina, você é a nossa maior estrela! - ela disse animada enquanto rodopiava pelo meu quarto - Lillith é a rainha do bordel Pascha! Todos os homens estão aos seus pés... e mulheres também - falou o final com um sorriso suspeito.

- E esse sorriso aí? - entrei na brincadeira. Apesar de que transar com mulheres não seria novidade nenhuma para mim.

- Acredita que desde que você chegou que mulheres começaram a vir com mais frequência aqui? Parece que elas estão tão enfeitiçadas por você que não se incomodam em ficar faladas! - dizia tudo aquilo com a maior alegria possível.

- Sério? - achei aquilo curioso, afinal o Pascha nunca foi de proibir sexo de pessoas do mesmo gênero. Aquilo aumentava a renda do clube. Entretanto, por estarmos localizados em uma cidade mais interiorana e cheia de pessoas preconceituosas, ainda tínhamos de considerar esse serviço mais "por baixo dos panos". Bufei, vivíamos em 2024 e parecia 1800.

- Sim! Você realmente conquistou todo mundo, querida...

Sorri ao saber que eu estava conquistando as pessoas por mim mesma e não pelo poder e influência dos meus pais. Aquilo era tão sensacional que meu coração ficava genuinamente feliz.

Mas como nem tudo eram flores dentro do bordel, havia sempre um problema ou outro. Antoani e Guillermo, que eu conheci no dia seguinte que cheguei no Pascha e o outro dono do local, me contaram que comumente apareciam mulheres que faziam parte da "marcha por Deus e a família" para tentarem acabar com o lugar.

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