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𝐌𝐚𝐝𝐞𝐥𝐲𝐧 𝐓𝐡𝐮𝐧𝐝𝐞𝐫

Olhe, eu não queria ser uma meio-sangue

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Olhe, eu não queria ser uma meio-sangue. 
Ser uma meio-sangue é perigoso, é exaustivo. E pior que ser uma meio-sangue é ser diferente dos outros meio-sangues.

Meu nome é Madelyn Thunder.
Tenho doze anos de idade e vivo no Acampamento Meio-Sangue, um lugar onde vivem vários semideuses, assim como eu, ou não. 

Eu sou filha de Zeus, deus dos céus, raios e trovões. Minha mãe morreu quando eu era muito nova, eu não me lembro muito bem dela, então eu vivo no acampamento desde que eu me entendo por gente. Eu não me lembro como eu vim parar aqui no acampamento, mas Quíron diz que eu apareci na frente do chalé 1 no meio de uma tempestade, e Thalia me achou. 

Mas, chega de falar sobre o passado, não é mesmo? Vamos voltar para o presente, no qual eu me encontro indo para a Casa Grande com Annabeth no meio de uma chuva e de madrugada, porque Quíron nos chamou.

— Aconteceu algo, Quíron? — Entro na varanda da casa com uma feição preocupada e de pijama e pantufas, juntamente de Annabeth. — Quem é esse todo sujo? — Faço uma cara de nojo ao ver um garoto com os cabelos meio loiros e bem bagunçados, todo encharcado pela chuva, sujo de grama e terra molhada, com alguns machucados, por um fio de desmaiar sendo carregado por Grover. 

— É ele. Tem de ser. — Annabeth diz.

— Silêncio, meninas — Quíron diz. — ele ainda está consciente. Traga-o para dentro. — Todos entram para dentro da Casa Grande e Quíron fecha a porta.

— Pelos deuses! Esse garoto é pesado para caramba. — Digo após ajudar Grover a carregar o garoto e o colocar sentado em uma mesa encostada na parede.

— Annabeth e Grover, preparem algo para o garoto comer e Madelyn cuide dos machucados dele. Eu vou arranjar um lugar para ele dormir. — Quíron ordena e sobe as escadas.

— Por que eu sempre fico com a pior tarefa? — Resmungo, jogando a cabeça para trás e logo vou atrás de alguma coisa para limpar esses machucados, e logo volto.

Limpo o rosto do garoto cheio de terra com um lenço e logo depois jogo um pouco de álcool em seu machucado, e mesmo um pouco inconsciente, consigo ver o garoto fazer uma cara de dor, o que faz eu rir levemente. 

— Não acredito que eu acordei no meio da noite para cuidar desse moleque. — Digo limpando os seus machucados.

[...]

Estava conversando com Annabeth enquanto víamos os filhos de Apolo jogando vôlei, até que Quíron vem até nós. 

— Madelyn, pode ir lá dar comida para o Percy? – Quíron diz.

— De novo? — Reclamo num sussurro, revirando os olhos discretamente e me viro sorrindo para Quíron novamente. — Estou indo, Quíron. — Vou até a varanda da Casa Grande, onde Percy estava, e peguei o prato de pudim, me sentando em uma cadeira que estava à frente do garoto.

— Alimentando o namoradinho, Madelyn? — Ouço Clarisse gritar.

— Vai se ferrar, Clarisse! — Grito de volta para ela e apenas ouço ela rindo com as amigas enquanto vai embora.

— Você está me dando bastante trabalho esses dias, tá? — Digo para o garoto à minha frente. — Não acredito que estou tendo que cuidar de um garoto que eu nem sei se está vivo. — Reclamo. — Eca! — Digo tentando ignorar o garoto babando enquanto dorme – e falhando miseravelmente.

Vejo o garoto acordando lentamente.

— Onde estou? — O garoto acorda com a voz falhada, tentando abrir os olhos. Finalmente ele acordou, agora já pode se virar sozinho.

Você baba quando dorme. — Digo e saio de lá, deixando o garoto sozinho.

[...]

— Eu tô falando sério, Annabeth! Desde o começo eu não fui com a cara desse garoto. — Reclamo de Percy para Annabeth, que só sabia rir da minha cara. — Mas talvez ele sirva para capturar a bandeira. — sussurro.

— Você nem conversou com ele ainda. — Ela diz entre risos.

— Eu não preciso conversar com alguém para saber que não gosto daquela pessoa. — Digo como se fosse óbvio. 

Annabeth suspira.

— Apenas de uma chance a ele, ok? Quíron disse que era para você o proteger, lembra? 

— Da mesma forma que eu protegi Thalia? — Pergunto ironicamente, desviando o olhar segurando o choro.

— Ei, para com isso. Não foi a sua culpa. — Annabeth me abraça em forma de consolo.

— Não é isso que os todos acham. 

— Mas é isso o que eu acho. Você sabe que eu sempre estou certa. — Ela diz e eu dou uma risada nasal com a sua última fala.

— Eu vou respirar um pouco, ok? — Me levanto.

— Vai lá. — Saio do chalé de Athenas e me sento nas escadas da varanda do meu chalé – e choro lá mesmo. 

Essa hora da noite já tinha dado o toque de recolher, não havia ninguém acordado – pelo menos era o que eu achava.

Ouço passos e vejo Percy saindo da floresta, dando de cara com Clarisse e as “capangas” dela, que arrastam o garoto até o banheiro. 

Apenas uma chance

Me levanto e sigo eles escondida. 

Quando é jogado no chão logo quando chega.

— Todo moleque novo que chega aqui acha que é especial. — Clarisse diz. — Você se acha especial? 

— Não. — Percy diz assustado e tenta levantar e fugir, mas a “capangas” de Clarisse seguram o garoto pelos braços, que agora estava chutando o ar tentando fugir.

— Então me diga que você mentiu sobre o Minotauro e o deixarei ir. 

— Eu não menti. — Percy diz e as “capangas” de Clarisse o arrastam até uma cabine.

Caramba, elas vão fazer aquele negócio do vaso.

— Tem gente que só aprende do jeito difícil. 

Antes que eu pudesse raciocinar alguma coisa, apenas vejo aquela cabine explodir em água e Clarisse e suas “capangas” encharcadas, e logo depois fugindo. 

Como raios aquilo aconteceu?

Percy sai da cabine, mas ele estava… seco?

Não, não pode ser. 

Percy não pode ser filho dele.

Ou pode?

O garoto me vê escorada na parede do banheiro e faz uma expressão assustada.

— Eu posso explicar. — Ele diz assustado.

— Não, não pode. 

— Tudo bem. — A expressão dele se tranquiliza após ele encarar o meu rosto por alguns segundos. — Acho que te conheço. 

— Não, não conhece. 

— Mas você estava lá, naquela noite na enfermaria. 

— Sim, me chamo Madelyn. 

— Você está me seguindo, Madelyn? — Ele diz todo confiante, achando que consegue me intimidar.

— Sim. — dou de ombros.

— Tudo bem. — Ele fica meio sem graça. — Por quê?

— Estava esperando para ver se algo assim aconteceria, — Digo me referindo a cabine que foi explodida. — para você me ajudar.

— Ajudar com o que?

— A capturar a bandeira. — Ele faz uma expressão confusa.

𝙀𝙉𝙏𝙍𝙀 𝙊𝙉𝘿𝘼𝙎 & 𝙏𝙍𝙊𝙑Õ𝙀𝙎, 𝘗𝘑𝘖Onde histórias criam vida. Descubra agora