Capítulo 1

3K 292 622
                                    

Quem é vivo sempre aparece! Tudo bem por aí?

Bom, esse ano eu resolvi suspender minha aposentadoria (que nem é exatamente uma aposentadoria já que eu ainda escrevo) e postar uma fic supercorp especial de Natal. Era pra ser uma one shot (capitulo unico), porem acabei escrevendo mais do que esperava e agora a historia sera dividida em 4 ou 5 capitulos, so vou saber quando terminar de escrever. 

Enfim, Feliz Natal pra vocês, espero que a comida esteja boa, que os familiares nao discutam politica na hora da ceia e que nao tenha piada com o pavê. E praqueles que infelizmente estao longe de suas familias (tipo eu), sejam fortes e aproveitem do jeito mais especial que conseguirem. 

Boa Leitura e estarei de volta em breve com o proximo capitulo!

obs: comentem MUITO por favor hehe

**************************************************************************************

Ah o Natal. As luzes coloridas enfeitando as casas, os Papais Noéis dançantes cantando uma versão mais moderna de Jingle Bells, às vezes um rap, às vezes um pop, mas sempre uma música natalina. As padarias servindo biscoitos de gengibre em formatos de chapéus, árvores e bonecos de neve, chocolate quente com canela, e muffins de chocolate e menta. A neve que não demoraria muito a vir era só a cereja do bolo, aquele complemento imprescindível que tornava o melhor evento do ano ainda especial. Não tinha como não sorrir ao ver os casais vestindo suéteres que combinavam e as crianças que usavam tocas com chifres de renas. Tudo sobre o Natal era de tirar o fôlego e não tinha um único detalhe que Kara não amasse sobre toda aquela festividade que parava o mundo.

Ela amava passar os finais de seus dias em frente a lareira, com os pés quentinhos dentro de uma meia peluda, o cheiro de bolo assando no forno e a inconfundível voz de Ella Fitzgerald cantando Frosty the Snowman ao fundo. Durante o inverno, o sol se punha cedo, por volta das quatro e meia da tarde e as temperaturas ficavam mais baixas ainda, principalmente por causa do vento que vinha do mar. Midvale, o pacato município onde passou a maior parte de sua vida, ficava muito mais radiante nessa época, com o pequeno centro da cidade completamente enfeitado, a feira de natal montada na praça principal em frente a única igreja existente num raio de cinquenta quilômetros e a roda gigante que brilhava um amarelo e vermelho incandescente.

Apesar de não ser um destino muito procurado e não atrair muitos turistas num geral, ainda sim encontrava-se agitada e cheia durante o mês de Dezembro. Metade de seus moradores eram casais aposentados que queriam apenas sossego e paz, enquanto que a outra metade eram de recém casados que procuravam por um lugar tranquilo e seguro para criar seus filhos. E no meio disso tinha Kara Danvers e sua família, que consistia em sua mãe, Eliza, e sua irmã mais velha Alexandra, ou Alex para os mais chegados. Eliza havia nascido e crescido em Boston, onde conheceu o seu marido Jeremiah, que veio a falecer num acidente anos mais tarde, deixando-a sozinha com duas meninas pequenas. Numa tentativa de se reencontrar na vida e oferecer uma infância digna para suas filhas, ela pegou tudo o que tinha, comprou um casarão no interior do Maine e meteu o pé na estrada.

Midvale sobrevivia da pesca de lagostas, caranguejos, peixes e outros frutos do mar. Parte de sua produção era para o próprio sustento, no entanto 75% era exportado para o Canadá e outros estados no Leste dos Estados Unidos. Não dava para plantar muito, devido ao clima mais temperado, trazendo muitas chuvas durante o ano todo e também não atraía muitos fazendeiros, o que então não dava força para o agronegócio crescer. A cidade havia sido fundada por um pescador inglês que fugia da guerra civil com sua mulher e oito filhos, que futuramente conseguiu trazer o restante de sua família e amigos, construindo assim o que hoje era conhecido como o centro histórico.

Everything I hate about ChristmasOnde histórias criam vida. Descubra agora