Vínculo Sobrenatural - Emma/you

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Era uma noite escura, a lua brilhava no céu e as estrelas pareciam sorrir para o mundo. Em meio a essa noite quase feliz, havia uma vampira solitária chamada S/n. Ela existe há algum tempo, vivendo nas sombras e se alimentando do sangue dos mortais para sobreviver. Mas havia algo nela que a diferenciava dos outros irmãos: S/n tinha um coração, algo que ela mesma pensava que havia sido apagado quando se tornou um ser das trevas.

_ Não tem nada nessa cidade desgraçada para mim.- ela se curva fezendo uma careta ao sentir dor.

Estava faminta, seu estômago doía e sua cabeça latejante. Ela conseguia ouvir tudo ao seu redor atentamente, mas, como era de se esperar na cidade pequena, a noite trazia um silêncio perturbador.

Como o esperado, a noite não foi boa e ela não conseguiu nada para saciar sua sede sedenta por sangue. Decepcionada, a vampira decidiu voltar para casa. Até que ela ouviu sussurros e, ampliando sua visão de vampira, viu uma silhueta a alguns metros de distância. Apesar de seu poder, a pessoa estava muito distante. Ela se escondeu atrás de uma árvore, ainda atenta e olhando na direção da silhueta, até que numa distância formidável ela percebeu que se tratava de uma mulher.

A jovem mulher estava caminhando sozinha pela rua. A Cada passo mais perto S/n conseguia ver seus rosto melhor, Seus olhos brilhavam enquanto ela sorria e falava sozinha sobre achar ter esquecido suas chaves enquanto olhava dentro de sua bolsa.

O vento soprou em suas narinas, trazendo consigo o cheiro dela, que era maravilhoso, pensou a ela, fechando os olhos com força, tentando não pensar em nenhum ato ruim em relação àquela bela mulher. Ela gemeu de dor quando seu estômago deu uma pontada forte, nunca tinha sentido tamanha dor antes.

_ Hey, você está bem?.- Ela se aproximou e S/N se praguejou mentalmente, levantando antes que a mulher a tocasse. Mas já era tarde demais, pois a mão quente tocou a sua.

_ Jesus, você está bem? Você está muito fria. Precisa de ajuda?.- S/N não conseguiu dizer uma palavra. Seu cheiro agora era mais forte, e ela conseguia ver suas veias saltitantes a cada vez que ela falava.

_Eu estou bem, por favor, vá embora daqui.- Num movimento rápido soltando a mão da mulher, ela se virou e vomitou. Ela poderia jurar que aquela fome iria matá-la.

Emma, teimosa e boa demais para não ajudar o próximo, soltou sua bolsa no chão e foi até a desconhecida, passando a delicada mão sobre as costas dela.

_ Vai ficar tudo bem, respira fundo.- ela  disse baixinho fazendo S/n rir consigo mesma ao pensar se "se ela soubesse".

S/N puxou a barra de sua blusa e a levou até sua boca para limpá-la, depois ajeitou sua jaqueta e se virou calmamente para a mulher mais baixa.

_ O que você tem? Está tão pálida?.- Emma perguntou, ainda próxima da mulher, analisando seu rosto atentamente com uma expressão preocupada.

Ela gostaria de lhe dizer que sempre fora assim, com essa aparência de morta desde sua transformação.

_ Eu tenho... bem, eu tenho gastrite nervosa. Hoje não comi nada, não tive tempo.- ela mentiu forçando uma sorriso falso.

_ Se cuide mais, por favor. Apesar de não ter tempo, sempre tente se alimentar, sem pular refeições.- ela disse com seriedade e gentileza. A mulher mais alta sorriu ao perceber que ela havia caído nessa.

S/n a olhou por alguns instantes, e caramba, a dor da fome foi tanta que só agora percebeu a beleza da mulher, seus olhos verdes escuros atentos nela. Parecia que a mulher à sua frente conseguia ouvir seus pensamentos, pois corou, abaixando um pouco o rosto, envergonhada.

S/n começou a sentir aquela dor surgindo novamente. Ela não teria escolha; teria que morder aquele lindo pescoço à sua frente.

Aproximou-se da mulher bruscamente, trazendo seu rosto próximo ao dela, e, olhando em seus olhos, disse baixo: "Não se mova. Não grite."

S/n foi em direção ao seu pescoço, mordendo por instinto sem delicadeza alguma. Emma, sem muita escolha, fechou os olhos com força, sentiu suas pernas fraquejarem, mas não podia se mover. Seus olhos foram ficando marejados; ela queria gritar, queria correr, mas a única coisa que conseguiu fazer no momento foi chorar. Suas lágrimas foram caindo, molhando a jaqueta preta que S/n usava.

Com muito esforço, ela soltou o pescoço da mulher. Ao ver o rosto molhado da outra, ela não conseguiu se segurar e chorou junto. Chorou, assim como Emma, por não ter tido escolha para se defender. Ela não teve controle sobre sua própria vida e nunca desejou ser daquele jeito. Emma ainda estava estática. Ela poderia falar agora, mas seu corpo a traía.

A fome de matar havia passado, apesar do pescoço de Emma ainda sangrar um pouco e chamar sua atenção.

_ Vou ter que dar um jeito nisso.- disse ele enquanto puxava a jaqueta, mordendo o próprio pulso.

_Beba.- segurou a cabeça da mulher, forçando-a a beber seu sangue.

Emma não queria, mas não tinha opção; ela bebeu e sentiu a queimação em seu pescoço passar, o que a aliviou.

_Eu sinto muito por isso, eu não queria.- abraçou Emma com força, se sentindo culpada; era sempre assim quando se alimentava de sangue humano.

_Por favor, não corra ou grite quando eu te libertar. -Passou a mão no pescoço dela, limpando. Segurou no rosto da mulher e olhando nos fundos dos seus lindos olhos pronunciou: "Agora pode se mexer".

Emma passou a mão no pescoço, não doía mais, olhou a mulher a sua frente sua boca ainda suja com seu sangue, ela queria correr e gritar feito uma pouca, mas Emma não era burra, sabia dos riscos.

_ Tente não morrer, caso contrário, você sera...você sera como eu.- Emma arregalou os olhos assustada com a ideia de ser como ela, sentiu seu corpo estremecer Se curvou pegando sua bolsa tentando não pensar muito sobre o que ocorrera nessa noite.

_ Você não vai me matar se eu for embora, vai?.- perguntou sem olhar a mulher a sua frente, ela sentiu ela se aproximar novamente e deu um passo pra trás. S/n foi mais rápida segurou sua cintura a puxando pra si.

_ Você pode ir sim, mas antes, irei fazer uma coisa.- levantou seu rosto fazendo-a olhar para ela.

_ Mas você disse que eu poderia ir.-Choramingou se encolhendo sentiu seus olhos marejados novamente, estava com medo de morrer.

_ Eu vou fazer você esquecer tudo o que aconteceu, assim poderá ir embora em paz.

_ mas...eu não quero esquecer de você, por mais louco que parece, eu ainda quero te conhecer.

Apesar do medo de morrer ela se sentia atraída pela mulher a sua frente, não consegui explicar o por quê daquele sentimento. Algo dentro de si a queria ver novamente, lhe conhecer mais, estava louca! Pensou.

_ E normal, eu causo isso em todos os humanos.- diz S/n baixinho e Emma fecha os olhando sentindo as mãos da mais alta acariciar sua bochecha direta.

_ Mas preciso te fazer esquecer disso, é eu não quero correr o risco de você me entregar, agora olhe pra mim.

Emma obedeceu abriu os olhos lentamente inclinando-se  para cima, olhando nos olhos da mulher.

_ Você veio por aquela rua ouviu um barulho estranho vindo detrás daquela árvore, você achou que era alguém mais ao se aproximar notou que era um esquilo que correu ao notar sua presença, você vai rir por perceber que se preocupou atoa e vai voltar a caminhar pra onde quer que você estava indo.

Emma sentiu um vento gélido e encolheu os braços rindo baixo e murmurou baixinho:

_ E eu achando que era alguém, melhor eu ir embora esta ficando frio.- caminha em passos rápidos saindo.

A alguns metros de distância dali, S/n sentiu uma lágrima solitária molhar seu rosto. Ela a limpou e, com seu poder de velocidade, saiu dali o mais rápido possível.

Cap não revisado!

Imagines - Emma / Jenna / YouOnde histórias criam vida. Descubra agora