Imagines - Emma / Jenna / You

O preço da imortalidade - Jenna/You

Jenna e S/n se conheceram durante a faculdade, onde ambas frequentavam a mesma classe. No começo, foi difícil para Jenna se aproximar, pois S/n era reservada, não só com ela, mas com todos na faculdade.

Jenna observava a garota todos os dias, desejando se aproximar mas sem ideia de como fazê-lo. Até que um dia, a professora sugeriu um trabalho em dupla para casa. As duplas foram sorteadas, e Emma acabou tirando S/n, enquanto Jenna tirou George.

_ Vamos, Emma, me ajuda só desta vez, eu acabei pegando o George, você não quer trabalhar com ele?.-falou sugestivamente para a mais alta.

Emma tinha uma quedinha por George, mas a ideia de se juntar à misteriosa colega de classe parecia emocionante.

No entanto, Jenna estava interessada mesmo era na garota, e como melhor amiga de Emma, Jenna conseguiu convencer Emma a trocar de dupla.

Elas duas decidiram fazer o trabalho juntas na casa de S/n no mesmo dia. Elas trabalharam duro e, quase ao anoitecer, terminaram o projeto. S/n observava atentamente Jenna guardar seu material na bolsa.

_ Quer tirar uma foto?.-perguntou Jenna, olhando S/n por cima do ombro.

_ Eu vi você trocando os nomes das duplas com Emma, por que fez isso?.- S/n foi direta, levantando-se e indo até a garota, que paralisou por alguns segundos antes de encará-la.

_ Emma te falou?.-Ela se vira, ficando ainda mais envergonhada por causa da proximidade entre elas.

_ Não, eu ouvi a conversa de vocês.- Pegou a bolsa de Jenna e a ajudou a colocá-la sobre seu ombro.

_ Como você ouviu, você estava do outro lado da sala?. - perguntou confusa.

_ Tenho uma audição muito boa. Agora vem, vou te acompanhar até a saída. - estendeu a mão para a garota, que hesitou por um segundo.

_ Emma e eu estávamos falando baixinho, nem mesmo se você estivesse sentada ao meu lado poderia ouvir.- Ela segurou a mão da outra para acompanhá-la para fora do quarto.

_ Que azar, senhorita Ortega. Parece que vai chover. Posso te deixar em casa? - Ignorando Jenna, sugeriu enquanto observava o céu. A outra ainda confusa aceitou.

Após esse dia, as duas ficaram mais próximas. Às vezes, S/n ia até a casa de Jenna à noite. Tornou-se rotina para as duas - S/n pulava a janela da garota, deitava ao seu lado na cama e elas conversavam a noite toda, rindo baixinho para que os pais de Jenna não as ouvissem.

Elas sentiam que algo mais do que amizade estava crescendo entre elas. S/n pulou pela janela como de costume e entrou no quarto de Jenna. Naquela noite, tudo parecia diferente.

Jenna sentia a mesma coisa. Enquanto conversavam, S/n foi se aproximando aos poucos da garota mais baixa, esperando pela reação dela. Quando Jenna a puxou para um beijo, era um beijo apaixonado.

Ambas queriam aquilo há semanas. S/n passou as mãos pelo corpo de Jenna, enquanto Jenna se inclinava sobre S/n, pegando sua mão e levando-a ao seu seio. O tecido fino da blusa tornava o contato fácil, fazendo com que ambas arfem baixinho.

Após se separarem do beijo, S/n começou a beijar o pescoço da garota, resistindo à vontade de morder ali. Ela lambeu e chupou com intensidade, deixando sua marca ali. Jenna gemeu alto, até que ouviram passos se aproximando. Com um movimento assustadoramente rápido, S/n tirou Jenna de cima dela e se escondeu atrás da porta.

Jenna mesmo assustada com a rapidez da garota se acomodou na cama, fingindo estar dormindo. O som da porta se abrindo deixou as duas ainda mais tensas, se é que isso era possível.

_ Filha, está tudo bem?. - uma voz grave, S/n julgou que fosse o pai de Jenna.

_ Sim pai, algum problema?. - Jenna murmurou baixinho, fingindo estar confusa pelo sono.

S/n se esforçou para não rir, pois apesar da voz de Jenna, podia ouvir os batimentos cardíacos acelerados da garota.

Elas se tornaram inseparáveis, vivendo um amor intenso e avassalador durante meses.

No entanto, um dia, Jenna descobre a verdadeira identidade de S/n e ficou chocada ao saber que ela era de verdade uma vampira. Incapaz de aceitar a natureza sobrenatural, Jenna se afastou, deixando S/n desolada.

Após uma semana sem contato algum, Jenna percebeu que não podia viver sem S/n e voltou correndo para seus braços. Elas se reconciliaram, mas a sombra do segredo de S/n ainda pairava sobre elas.

Jenna e S/n agora eram casadas e viviam mudando de cidade e até mesmo de país devido à reação estranha das pessoas em questão da aparência de S/n.

Com o passar dos anos, a diferença de idades se tornou cada vez mais aparente, causando sofrimento para ambas. S/n implorava para que Jenna se transformasse em vampira, mas Jenna recusava veementemente, sabendo que isso significaria abrir mão de sua natureza humana.

Aos 52 anos, Jenna observava S/n com tristeza nos olhos. S/n a puxa para um abraço caloroso e Jenna corresponde com a mesma intensidade.

_ Jenna, você tem um cabelo branco. - Ela fala pegando no fio branco de Jenna com os olhos marejados. Droga, elas iriam brigar de novo.

_ Estou ficando mais velha, você sabe que isso é normal - Jenna diz seriamente.

_ Por que você me magoa assim? - S/n pergunta, com as lágrimas molhando seu rosto perfeito.

_ Você sabe que não posso abrir mão da minha humanidade. Eu abri mão de tudo, da minha família, dos meus amigos, tudo por você. O que é? Estou feia agora pra você? - Jenna pergunta, afastando-se bruscamente.

S/n a puxou de volta, fazendo-a olhar para ela.

_ Você é a mulher mais linda que já conheci em toda a minha vida, nunca haverá outra com tamanha beleza como a sua, nunca, jamais.- Jenna não conseguiu segurar as lágrimas.

_ Então, não insista em algo que não posso te oferecer. Desde o começo, você sabia das minhas limitações, mas ainda assim escolheu estar ao meu lado.- S/n sentiu uma dor aguda em seu coração congelado.

_ Eu tenho muito medo de te perder, Jenna. Isso está me matando por dentro, e eu gostaria muito que fosse literalmente. Eu não posso suportar a ideia de você mor...-ela não conseguiu terminar em voz alta, desabando em lágrimas enquanto puxava Jenna para seus braços.

Sem a possibilidade de compartilhar um futuro juntas para sempre. A história delas juntas se tornou uma lembrança dolorosa de um amor inesquecível.