3- Pacto e Eclipse.

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Não revisado.

Numa dança entre sombras e luz, o vampiro Brunim entoava alegremente, uma música, cantando e ecoando enquanto ajustava meticulosamente os detalhes em sua casa já preparada.

"Meu Sol... só o nosso beijo fará com que buracos negros deixem vossa casa e vão viajar para M87, que segue a milhões de anos luz se for contar daqui pra lá..."

- Senhor? - Uma voz interrompeu a melodia, fazendo seu corpo se virar velozmente.

Olhos azuis cintilantes, cabelos entrelaçados com fios castanhos e um destaque notável para os fios brancos. Vestes meticulosamente detalhadas, à semelhança de um detetive, e, é claro, um óculos peculiar adornando a cabeça.

- Olá. - O vampiro sorriu, dirigindo-se ao intrigante "humano".

- Prazer, sou Cellbit. - Ele acenou, sorrindo. - Ouvi falar de um vampiro na ilha... pensei que você morreria no Sol.

- Meu nome é Brunim, Cellbit. - O vampiro ajustou o chapéu na cabeça. - E morrer pelo Sol é coisa de vampiros do passado. - Ele sorriu.

- Claro, deveria ter imaginado. - Cellbit aproximou-se. - Seu nome me parece familiar.

- Talvez Forever já tenha falado de mim, querido. - Brunim sorriu com convicção. - Ele costumava me amar, antigamente.

- Ah, certo! Sim... sim... Me lembro dele falando de um "amor"! - Cellbit riu. - Poxa, você chegou bem quando ele e o Bad...

- Bem, isso não importa. Eu vim aqui para salvá-lo, e vou. - Brunim tocou a ponta de seu dedo na testa do humano. - Sabe, eu tenho meus truques.

- Esses truques machucam?

- Esses truques salvam.

Brunim voltou a arrumar a casa, percebendo o olhar do detetive sobre si, como se ele quisesse.. lê-lo? entendê-lo.

- Essa casa é grande pra quem acabou de chegar.. e você conseguiu tantos itens em pouco tempo.. - Cellbit exclamou, olhando ao redor no ambiente.

- Querido Cellbit, você faz muitas perguntas. - Brunim se aproximou novamente. - Eu sempre fui bom em construir, apenas isso.

- Eu quero apenas ter certeza que não tem um dedo da federação nisso.- Cellbit respondeu.

Brunim parou diante de Cellbit, sua presença envolta em uma aura de mistério e poder. Erguendo a mão delicadamente, uma energia roxa começou a emanar dela, formando uma espiral hipnotizante que dançava no ar ao redor do detetive curioso. A música suave e encantadora que antes preenchia o ambiente ganhou um tom mais sombrio, ecoando em harmonia com a magia que se desenrolava.

Os olhos azuis de Cellbit refletiam surpresa e, ao mesmo tempo, uma ponta de temor enquanto sua forma começava a levitar lentamente, suspensa no ar por uma força que escapava à compreensão humana. Seus cabelos, normalmente meticulosamente arrumados, flutuavam suavemente em torno de seu rosto, enquanto ele mantinha um olhar fixo no vampiro.

- Que.. QUE PORRA?! Me coloque no chão! EU EXIJO!

Brunim, com um sorriso sutil nos lábios, observava a reação do detetive. A aura roxa continuava a envolver Cellbit, como se as sombras e luzes estivessem dançando em harmonia ao redor dele. O vampiro falou com uma calma inabalável, sua voz ecoando na floresta.

- Apenas não se meta nas minhas coisas, fique longe e observe a estrela maior destruir o eclipse.

A magia parecia intensificar-se, criando padrões intricados ao redor de Cellbit, que permanecia suspenso no ar, incapaz de se mover. Seus olhos, agora mais assustados, buscavam uma explicação para o fenômeno sobrenatural que acontecia diante dele.

𝐁𝐫𝐮𝐧𝐞𝐯𝐞𝐫: Those eyes. Onde histórias criam vida. Descubra agora