Capítulo 1

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Com um suspiro relutante, eu abri os olhos para o amanhecer ainda sonolento que infiltrava-se pelo quarto

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Com um suspiro relutante, eu abri os olhos para o amanhecer ainda sonolento que infiltrava-se pelo quarto. Uma voz conhecida e impaciente me chamou.

— Calissa, acorda de uma vez! Estamos prestes a nos atrasar para o trabalho!

Reconheço imediatamente a voz como sendo a de Alana, minha melhor amiga e irmã. Ainda piscando o sono dos olhos, vi Alana parada ao lado da cama, vestida apenas com seu pijama.

— Que horas são? — perguntei, minha voz rouca devido ao sono, enquanto verificava o relógio na cômoda. A numeração digital indicava 5:45.

Não posso acreditar que essa garota me acordou tão cedo.

— Eu sei que é cedo — ela diz, já sabendo o que estou pensando. — Mas daqui até o trabalho são 40 minutos, e ainda precisamos passar na lanchonete para tomar café. Então, levanta daí e vai tomar banho — diz, saindo do quarto.

Levantei da cama com um suspiro, arrumando os lençóis. Caminhei até o banheiro, a sonolência ainda envolvendo meu corpo. 

Após fazer minha higiene pessoal, despi-me e entrei no chuveiro, permitindo que a água quente acordasse meus sentidos. Ao sair do banheiro, dirigi-me ao meu pequeno closet. 

Entre as opções de roupas, optei por um clássico vestido tubinho de manga longa, sua simplicidade em preto e branco era uma escolha elegante e atemporal, perfeita para enfrentar o frio que fazia lá fora.

Completando o look, calcei um par de saltos pretos que harmonizavam com o vestido. Meu cabelo solto caía delicadamente pelos ombros, e um toque de gloss labial rosa conferia um toque final à minha aparência. Ao me olhar no espelho, fiquei satisfeita com o resultado.

Quando saí do quarto e cheguei à sala, avistei minha vaquinha, já pronta para o dia de trabalho.

—E ai, minha loba alfa preferida! Pronta pra encarar o trabalho hoje?

—Sempre pronta! Mas antes, vamos garantir que nossos estômagos de lobas estejam satisfeitos.— diz Alana dando um tapinha na barriga.—Precisamos de energia para encarar o dia.

—Ah, você e sua obsessão por comida.— Como se eu não fosse também.— Mas eu não posso negar, uma loba faminta é uma loba perigosa.

— Exato! Agora chega de conversar. Só quero encher minha barriga com um bom café da manhã antes de ir para selva de concreto que nos espera. 

Essa era a Alana, sempre autêntica. Rir silenciosamente com esse pensamento.

Enquanto seguia com Lana para o carro, minha mente vagou para o passado.

Conheci Alana no orfanato quando tinha apenas cinco anos. Fui parar lá depois que meus pais foram brutalmente assassinados enquanto eu estava na escola. Lembro-me vividamente de ser levada diretamente para a delegacia naquele dia sombrio.

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