Capítulo 3

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Mais um dia chega ao fim, e eu observo pela janela do meu quarto o pôr do sol atrás das majestosas montanhas que adornam a zona norte da Flórida

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Mais um dia chega ao fim, e eu observo pela janela do meu quarto o pôr do sol atrás das majestosas montanhas que adornam a zona norte da Flórida. A beleza tranquila da paisagem contrasta com a agitação constante que se desenrola em nossas vidas.

Passos familiares se aproximam, e pelo característico odor, reconheço a presença do Beta do Alfa, Gael. Uma batida suave na porta precede sua entrada.

- Supremo, estou aqui para informar que tudo está preparado para nossa partida amanhã - ele anuncia com respeito e eficiência.

Assinto agradecido.

- Gael, antes de partirmos, peço que verifique se nosso grupo precisa de algo adicional. Após isso, retorne ao vilarejo e continue explorando, certifique-se de que não deixamos nada para trás - instruo-o, virando-me para encará-lo.

Ele inclina a cabeça em sinal de concordância, faz uma reverência respeitosa e, em seguida, se retira do meu quarto.

A sensação de inutilidade e frustração pesa sobre mim como uma sombra implacável. Aqui estou eu, o Supremo Alfa, um híbrido de lobo e vampiro, com sangue de bruxa fluindo em minhas veias, uma entidade que deveria personificar o poder absoluto entre os seres sobrenaturais.

No entanto, sou atormentado pela angústia de não ter sido capaz de salvar a alcateia do meu próprio primo.

Sinto o peso da responsabilidade recair sobre meus ombros, como se o universo estivesse rindo da minha impotência. Essa situação cruel e irônica me leva a questionar o significado de todo o poder que carrego. Para que serve um Supremo Alfa que não pode proteger sua própria matilha?

Enquanto me afundo em reflexões sombrias, não consigo evitar pensar no meu primo, o Alfa daquela alcateia. Ele deve estar devastado, carregando o fardo da perda de grande parte de seu bando. Apesar de sua personalidade burlesca, sei que ele está sofrendo profundamente.

Passo as mãos pelo rosto, como se pudesse esfregar essa sensação de fracasso e impotência para longe. Mas, no fundo, sei que não posso escapar da verdade dolorosa que me assombra.

Enquanto seguia para o escritório, as memórias deste evento sombrio ainda ecoam em minha mente, como fantasmas que se recusam a se dissipar.

Fui convocado pelo meu primo Henrique para auxiliá-lo em uma questão urgente: uma rebelião liderada por um grupo de vetalas, criaturas monstruosas que se disfarçam como seres humanos, mas escondem sua verdadeira identidade de serpentes venenosas. Estas vetalas estavam atacando ferozmente as sentinelas que protegiam nosso vilarejo.

Sabia que minha ausência na alcateia seria breve, pois havia questões cruciais a serem resolvidas em nosso território, incluindo o registro de duas lobas que haviam surgido em minha empresa sem pertencer a qualquer alcateia conhecida.

Enquanto eu estava ausente, deixei o segundo beta e meu sócio encarregados de cuidar da empresa. Eles tinham total confiança e capacidade para manter tudo funcionando sem problemas. E trouxe outras sentinelas para ajudar no enfrentamento das vetalas.

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