Fifteen ⛥ together

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Depois que Rowena ajudou Sam com os símbolos nas paredes, — para deixar os titãs e os deuses fora das paredes do bunker — e Castiel voltou do cemitério, o moreno sentiu que estava tudo bem, e quis voltar ao céu para retornar a falar com Zadiel. Mas a ruiva pediu um pouco da graça do anjo para que ela conseguisse um feitiço de localização para Meliodas, uma vez que a ameaça dos titãs deveria ser detida o quanto antes.

Após uma ou duas tentativas, a bruxa  finalmente conseguiu. Entregou a localização do deus para Sam, e deixou o bunker, a fim de voltar ao inferno e ver o que podia fazer.

— Vou descansar, Cas. Você deveria fazer o mesmo. - o acastanhado aconselhou, deixando a sala, rumo ao próprio quarto.

Castiel permaneceu ali na sala, completamente imerso em seus próprios pensamentos, inclusive na conversa que tivera com o irmão. Gabriel estava certo, e ele nem precisou se esforçar para admitir tal verdade. O anjo então fez a única coisa que lhe cabia ao momento, e a única coisa que ele podia fazer: orar.

— Deus... - começou, apoiando os cotovelos nos joelhos, sentado na cadeira da sala. - Jack... eu estou fazendo a coisa certa? - questionou, tristonho. - Que tipo de anjo faz as coisas que eu fiz? Que eu continuo fazendo? - suspirou. - E o Dean? Como eu vou saber se posso confiar nele de novo?

O moreno então passou boas horas ali, refletindo sobre todos os recentes acontecimentos. Embora disfarçasse bem, ele sentia saudades do loiro, das conversas, das brincadeiras, e do cheiro do outro perto de si, e isso o enlouquecia. Sua mente trabalhava incessantemente enquanto procurava um motivo para ele ser tão apaixonado pelo caçador, mas falhou miseravelmente. Quando finalmente deu por si, o relógio na parede da cozinha já marcava 00:37, indicando que ele havia passado pelo menos duas horas ali, desde que Sam havia ido dormir. Mas aquele silêncio aterrador foi interrompido pelo som de passos descalços pelo corredor, que iam até o salão onde estava.

Dean apareceu no batente da sala, de calça moletom, uma blusa preta e os fios loiros levemente despenteados.

— Não sabia que 'tava aqui. - o Winchester disse um pouco baixo.

— Sem sono? - o moreno o perguntou, levantando da cadeira.

O que ele recebeu foi um aceno de resposta.

— Pelo visto você tá bem. - Dean começou - Então deve querer ir pra longe de mim.

O loiro disse a última frase com um peso no peito, e logo apoiou o corpo na borda da mesa, fazendo menção de sentar, mas apenas se encostando. Um longo e silencioso minuto seguiu, sem que nenhum dos dois proferisse uma só palavra.

— Você está certo, Dean. - o anjo disse, caminhando até o outro. - Menos por uma coisa. Não quero ir pra longe de você, não mais.

— O que? - o Winchester desencostou o corpo da mesa, se aproximando do moreno. - Mas a gente conseguiu a localização do Meliodas, você tá' livre..

— Estou. - começou. - Mas as vezes, ser livre significa escolher não ir, e sim ficar. - revelou, levantando o olhar para o do caçador.

Dean criou coragem para se aproximar ainda mais do outro, com um olhar confuso, ansioso, esperançoso, sentindo uma ebulição de sentimentos dentro de seu ser.

— Cas... - o olhou, parando em seus olhos.

— Eu sei. - cortou, e o que fez em seguida foi colar os lábios do loiro contra os seus.

O caçador posicionou as mãos uma de cada lado da cabeça do anjo, começando a ditar o ritmo do beijo. Castiel rodeou timidamente o corpo do outro com os próprios braços, aproveitando da sensação incrível que era ter o Winchester em seu afago. Dean por sua vez, repousou ambos braços no pescoço do moreno, enquanto suas línguas dançavam lentamente dentro de suas bocas, tentando recuperar o tempo que estiveram separados.

Bond ❦ DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora