Six ⛥ i'm afraid

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Apenas alguns dias haviam se passado desde a conversa entre Dean e Castiel. O anjo, afinal, diminuiu o tempo que passava no bunker, pois não queria deixar o caçador desconfortável. E Dean sentiu essa mudança. Agora, não via o anjo com tanta frequência, e isso o incomodava bastante, era como se suas baterias só fossem recarregadas se estivessem perto um do outro.

— Viu o jornal de Tulsa em Oklahoma ? - Sam perguntou, virando o notebook para o irmão. - Três mortos em menos de dois meses. E o depoimento da polícia é o melhor, sabe porque? Segundo eles, se essas coisas existissem, diriam que foram vampiros.

— Sugadores de sangue nojentos. - ele balançou a cabeça negativamente. - Beleza, saímos em uma hora.

𖤍⛥❦ • ѕυρєяиαтυяαℓ • ❦⛥𖤍

Depois de quase meia hora de discussão, Dean concluiu que era mais seguro levar a filha consigo do que deixa-la sozinha no bunker, até porque talvez ela até fugisse do lugar, do jeito que era teimosa igual uma mula - característica herdada do pai e da mãe. A namorada do outro Winchester decidira vir dessa vez, e Castiel prometeu que os encontraria lá. Segundo ele, estava com um mal pressentimento, de que talvez essa caçada não fosse das mais comuns.

As três pessoas que morreram não tinham absolutamente nada em comum, e o grupo tinha uma certeza quase absoluta de que ninguém próximo às famílias era um vampiro, ou tinha problemas com algum. Quando finalmente se reencontraram, em um bar, suas cabeças estavam meio confusas sobre qual seria o próximo passo.

— Cadê o Castiel? - Dean perguntou enquanto pediam a comida.

— Ele disse que ia ao necrotério procurar alguma pista. - Luna o olhou, bebendo um pouco d'água.

— Então ninguém teve sorte? - Eileen perguntou.

— Nada ainda. - Sam respondeu, dando uma mordida na sala com tofu.

Luna e Eileen estavam olhando seus celulares, assistindo vídeos das câmera de segurança das noites dos assassinatos, enquanto Sam brincava com elas, fazendo piadinhas.

Dean levantou, avisando que iria ao banheiro. O loiro caminhou até o lugar e ligou a torneira, deixando que a água escorresse por suas mãos, e as levando até o rosto. Ao levantar o olhar ao espelho, arregalou os olhos e levou um pequeno susto com o anjo atrás de si.

— Castiel, droga! - disse, recuperando o juízo. - Vai começar a me assustar de novo? Cadê o espaço pessoal?

— Desculpe Dean, eu não tive a intenção. - avisou, encarando o outro, por mais que estivessem ligeiramente perto demais.

O loiro virou para encara-lo, dando conta de que estavam realmente muito próximos. Castiel não percebeu, mas Dean encarou seus lábios de uma forma diferente antes de olhar para os olhos claros do outro.

— Vamos lá pra fora, contar o que descobriu.

Ambos caminharam até o lado de fora do banheiro, não tardando a se sentarem juntos com Sam e as garotas. Castiel começou a contar o que havia conseguido examinando os corpos e lendo as autópsias. Infelizmente, todas estavam com mordidas no pescoço, mas os cortes... irregulares, mais parecidos com lâminas do que com dentes. E o principal, resquícios de pó de ouro dos corpos.

— Pra que um vampiro usaria uma faca em um humano? - Dean pergunta, confuso.

— E se não tiver sido um vampiro? - O anjo olhou para o grupo.

— Mas eles estavam com fu-

— É, eu sei. Mas eu verifiquei, e os pescoços das vítimas foram cortados com facas, e não com presas, tenho certeza. - afirmou.

Bond ❦ DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora