Bond ❦ Destiel

Two ⛥ saudades

Impalado.

Era assim que se encontrava Dean Winchester, após ter o corpo cravado em uma grande haste de metal. Sam estava ali, em sua frente, as lágrimas escorriam de ambos.

— Você precisa...me dizer...que está tudo bem. - O mais velho sussurou pro outro.

Sam não conseguia controlar a tristeza que insistia em explodir em seu peito, ao ver o irmão morrendo ali. A sensação que tinha, era como se todos os seus ossos se quebrassem de uma só vez. Mas ele assentiu levemente, antes de levar a mão até o coração do mais velho.

— Está tudo bem, Dean. - ele tentou sorrir. - Você pode ir agora.

Dean repousou a mão em cima da do irmão, abaixando um pouco a cabeça, antes de sentir sua testa encostada com a do mesmo.

— Adeus, Sam.

E ao fechar os olhos, sua última lágrima escorreu, e a mão caiu ao lado do corpo.

O fim havia chegado, ou pelo menos, Samuel pensou que havia, e não há palavras para descrever o tamanho da dor que o caçula estava sentindo. Mas assim que o corpo do mais velho tombou pra frente, o mais novo sentiu uma forte luz branca e alguém o empurrando para o lado.

𖤍⛥❦ • ѕυρєяиαтυяαℓ • ❦⛥𖤍

Quando o mais velho dos Winchester finalmente abriu os olhos, ainda um pouco atordoado, ele deu de cara com o irmão sentado ao lado de sua cama, com o rosto entre as mãos.

— Sam.. - chamou.

O mais novo levantou o rosto rapidamente,e suavizou o olhar, antes preocupado, olhando o mais velho se sentar lentamente na cama.

— Dean. - ele o ajudou a sentar.

Mas a emoção de ambos não foi contida. Dean puxou o irmão para um longo abraço. Sam não conseguiu segurar as lágrimas, e Dean também não fez nenhum esforço pra tal ato. Nada no mundo seria capaz de conter o tamanho do alívio que o mais alto sentiu ao ver o outro acordado. A proximidade dos irmãos não era novidade pra ninguém, e por mais que já estivessem ficado a beira da morte várias vezes, o sentimento era sempre o mesmo.

— Achei que era o fim, que tinha perdido você. - disse o mais novo.

Dean suspirou profundamente, pois o abraço do outro o confortava de uma maneira inexplicável. Sentir seu caçula bem era tudo o que mais importava ao mais velho.

— Tudo bem Sammy, eu tô aqui. - o mais baixo sorriu levemente, se desvencilhando do abraço.

— Você tá bem? - Sam perguntou, tentando limpar as lágrimas.

— Acho que sim, tô legal. - tentou sorrir. - A gente tá no céu?

— Ainda não. - o mais novo riu. - A morte vai ter que esperar mais.

— Mas a gente..eu lembro cara. A caçada, aquele ferro gigante, e a gente se despediu, e voc- ele parou. - Você fez um pacto?

— O que?? Não, Dean, olha-

— Droga Sam! Eu disse que não era pra fazer pacto, e se você não fez um, qual loucura você fez pra me trazer de volta?

— Dean, calma aí!

— Eu lembro de ter morrido, eu-

— Sam? - uma terceira voz surgiu do corredor do quarto. - Eu pensei ter ouvido..

E lá estava ele. Na mesma casca de antes, pele clara, cabelos pretos,o sobretudo, e seus olhos azuis. Ah, aqueles olhos, os mesmos que faziam o mais velho se arrepiar sempre que os fitava. O oceano azul claro que Castiel carregava em sua íris. Dean então entreabriu os lábios e arregalou um pouco os olhos, não acreditando no que estava vendo.