Capítulo. 5- Momento encantado

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Capítulo. 5- Momento encantado

Acordo sentindo lambidas na ponta do meu nariz e o pequeno filhote de lobo late girando abanando sua calda.

-pelo visto descansou muito bem não é Princesa Glacial?

Me assusto dando um sobressalto pra trás quando escuto a voz firme do feiticeiro esfrego meus olhos para ter certeza de que não estou tendo nenhuma miragem ou imagem distorcida em minha cabeça o feiticeiro se agacha a minha frente e empurra meus ombros me fazendo desandar.

-ei...

-eu sou real garota tola. Bufo irritada cruzando os braços e arqueio a sobrancelha e me levanto limpando minhas roupas e reviro os olhos e passo andando pelo feiticeiro o encarando de soslaio.

-não me recordo de tê-lo chamado para me seguir.

-e acha mesmo que pode dar conta de si mesma sozinha? Franzo o cenho sorrindo debochada e passo a língua nos lábios.

-se não fosse não estaria aqui ainda mais não teria resgatado um filhote de lobo.

O feiticeiro deixa escapar um som estalado de sua língua e cruza os braços me encarando falando num tom de deboche.

-claro que salvou... sorte minha querida é algo que acontece em determinados momentos da vida que não voltam a se repetir constantemente e você tem muita sorte com muita ausência dela e de todas as maneiras onde pensa que iria aquelas horas da noite?

-que eu saiba não existe qualquer tipo de vínculo afetivo entre mim e você para que eu lhe deva satisfações do que faço ou deixo de fazer em minha jornada, ou nos atarelamos e eu não fiquei sabendo?

O feiticeiro se endireita soltando um rosnado bronco claramente indignado com minhas palavras.

-não seja Ridícula pare de agir como uma garota mimada.

Dou de ombros revirando os olhos e vou caminhando para fora da árvore e pego o filhote de lobo que estava deitado cochilando o feiticeiro puxa meu pulso o apertando meio forte e fala ríspido. -não me dê as costas quando estou falando com você.

-caso contrário? Vai me matar? O feiticeiro solta meu pulso lentamente virando o rosto e eu nego com a cabeça. -feiticeiro o que quer de mim? Acaso está preso a mim porque me ajudou a sobreviver? Acha mesmo que lhe devo algo? Não lhe fiz jura alguma, sequer lhe prometi ou lhe dei minha palavra que lhe daria algo em troca, na verdade você não quis conversar sobre isso lembra? E agora está zangado por algo tão simplório quanto eu lhe dar as costas? Tem exatos três dias que estamos juntos e ao contrário de você sempre deixei minhas intenções claras e objetivas, quero poder seja ele qual for para invadir o palácio do meu pai e destronar meu irmão para me tornar rainha. O Feiticeiro me pega no colo e eu o encaro confusa. -pra onde pensa que vai me levar?

-saberá quando chegarmos lá.

Ele fala sério e uma forte ventania surge em volta de nossos corpos, coloco meu antebraço sob meus olhos na tentativa de protegê-los da poeira.

Escuto um som de tornado e logo tudo fica um breu completo, abro meus olhos quando a claridade se faz presente olhando em volta e vejo um um campo de flores a frente com um caminho com pedras coloridas.

Algumas árvores eram finas e lisas com copas altas com folhas coloridas que quando o sol batia refletia nas pedras criando uma ilusão de ótica perfeita e magnífica.

Sorrio encantada admirando a beleza do lugar o feiticeiro me põe no chão e segura minha mão entrelaçando nossos dedos e vai caminhando devagar, vou lhe seguindo caminhando a seu lado.

A Princesa e o Feiticeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora