Capítulo. 3- Homem Dragão

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Capítulo. 3- Homem Dragão

Ao início dos primeiros raios do amanhecer me levanto e vou andando pela casa do feiticeiro mas não o encontro, noto que havia uma capa vermelha com um capuz com detalhes de ossos encruzilhados entorno do pescoço e nos ombros com alguns pequenos rubis e cristais formando um A na junção dos tecidos com o capuz bem no centro do busto.

Por dentro o tecido ela leve e emplumado como pelo de raposa por fora um tecido diferente mas que parecia ser impermeável e de alta qualidade de muito bem tingido em uma coloração vermelha vibrante como sangue em um cálice prateado em cima um bilheteem um pergaminho dourado escrito com tinta roxa: "Bom dia Princesa Glacial, aproveite seu presente espero que goste."

Pego a capa sentindo a textura e me surpreendo com a maciez e qualidade dos fios, coloco a capa sob meus ombros e noto que havia sido feita sob medida, sorrio satisfeita e coloco o capuz que esconde meu rosto e vou saindo da casa do mago, assim que meus pés tocam o gramado dou um sobressalto pra trás ao vê-lo na minha frente.

-mas que...está aí a quanto tempo?

-do que está falando cheguei agora nesse minuto.

-hum...

-quer saber onde estava?

-não...

-como queira.

-feiticeiro...

-sim?

-sabe que caminho posso tomar até o ferreiro?

-posso leva-la lá.

Estendo a mão sorrindo pra que ele vá caminhando na frente e o feiticeiro estende sua mão em minha direita em um ato de cavalheirismo para me ajudar a descer os batentes seguro sua mão e novamente sinto a carga energética que senti das outras vezes aquecendo minha mão.

Uma forte ventania como um tornado envolve nossos corpos me fazendo fechar os olhos com força e como um estalar de dedos o som tranquilo e ambiental da Floresta é substituído por barulhos de carroças, pessoas falando alto, crianças correndo e se divertindo.

Abro meus olhos incrédula de como viemos parar aqui tão rápido e o feiticeiro faz sinal de silêncio na frente de sua máscara, seguro bem firme o capuz de minha capa e começo a andar saindo da multidão me desviando das pessoas.

Escuto um som familiar de tilintar de ferro e vou caminhando naquela direção me aproximo do ferreiro que estava batendo em uma chapa metálica esquentada com uma marreta e faço um barulho com a garganta alto o suficiente para chamar sua atenção o ferreiro levanta a vista e seu sorriso se enlarguece quando ele me vê, ele faz menção com o corpo de uma previa reverência e eu retribuo com um sinal em negativa, o impedindo de me ajudar corretamente.

O senhor franze o cenho porém entendendo o recado ele assente positivo falando como se eu fosse uma mulher simples.

-Bom dia Alucard.

-Bom dia moça em que posso lhe servir? Ele fala meio desconcertado.

-seu filho Joel está aí?

-ele foi até a cidade de Galadriel em busca de matéria prima para a criação de novas adagas.

-bom quando ele retornar diga pra ele que preciso vê-lo e diga para que ele me encontre no local de sempre.

-sim senhorita eu o avisarei.

-obrigada.

Falo sorrindo e o homem volta a seu trabalho, antes que pudesse me virar para ir embora escuto um trotar de cavalo que eu reconhecia muito bem meu corpo inteiro estremece e eu começo a tremer com receio de ser reconhecida quando escuto a voz imponente e grave de meu pai.

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