Cinco

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Allysson Connelly Fitzgerald

  Existem momentos na vida que a gente acha que vai morrer. Um deles era quando sofri um acidente de carro e o mais novo…. foi na sala de parto. Por um momento achei que fosse morrer e por outro um medo enorme de perder minha menina.

Não posso me levantar da cama, mas sei que Ayla está na encubadora porque nasceu prematura. O médico disse que tudo estava bem, mas mandei o Fitz ir lá ver de qualquer forma.

Todos no hospital sabiam que quem estava aqui internada era uma Connelly, então não iriam fazer nenhuma besteira. Acho que li muitos casos de crianças sequestradas na maternidade.

— Ei, minha ex-buchudinha — Suspirei aliviada ao ver Ana, ela já não está mais com o vestido e sim com suas roupas habituais.

— Você já a viu? — Foi a primeira coisa que perguntei.

— Já e sinto muito, parece demais com o Fitz. — Comecei a rir, mas me segurei quando lembrei que não posso fazer muito esforço. — É linda, Allie. Meus parabéns.

Me abraçou de lado.

— Médico disse que posso ter alta daqui a dois dias, mas a Ayla ainda vai ficar um bom tempo — Comentei triste.

— Logan já colocou seguranças lá fora — Meu primo ficou um pouco mais paranoico depois que Irina pegou as crianças. E concordo com ele, nossos maiores  pontos fracos agora são nossos filhos.

— Ótimo.

— Agora tenho que ver como está a Jade, ela desmaiou na recepção — Deu um beijo em minha testa após soltar a bomba.

— Desmaiou?

— Sim — Parece que pensamos o mesmo porque sorrimos e ela saiu do quarto rindo. Fitz entrou logo depois com os olhos vermelhos.

— Quem diria que o homem mais estressado do grupo iria chorar de emoção ao ver o nascimento de nossa filha — Brinquei, ele veio em minha direção, meu deu um beijo e sentou na borda da cama.

— Ela é tão linda, obrigada Allie — Deu um beijo em minha mão — Sinto muito, queria que as dores que você sentiu fosse somente minhas.

— Sabemos que isso é impossível.

— Mas queria mesmo assim.

— Agora temos uma filha, Anthony. E com a dificuldade, possivelmente a única — Comento, Ayla, minha primogênita e possivelmente minha única filha.

— Então seremos nós três, três entram e três saem — Sorri com a ideia.

Mandei o grupo ir descansar, mas Jade disse que queria falar com todos, então estamos no meu quarto do hospital, que é pequeno, com todo o grupo aqui dentro. Jade mexe na borda de seu vestido verde parecendo nervosa.

— Desembucha — Ana diz já perdendo a paciência.

— Um pouco de paciência não vai te matar Rivera — Nick diz em tom de brincadeira.

— É que eu não tenho, e a pessoa fica embromando e eu detesto isso — Ela diz jogando os cachos para trás, Fitz concorda com a cabeça. Tenho pena dos psicólogos que forem atender esses dois. Jade não fica ofendida ou com raiva, ela rir.

— Tá bom, Ana, bem, a gente gostaria de dizer que….

— Está vindo mais um herdeiro — Adam completou a fala dela. Batemos palmas animados e então lembramos que estamos em um hospital.

— Que traga meu champanhe! — Ana comemora, Nick balança a cabeça. Eles apostaram novamente. Ana abraça Adam e logo depois a Jade e diz que mimará demais o mais novo baby.

— A nova aposta é, menina ou menino? — Nick pergunta.

— Digo que é menina — Ana dá o primeiro lance.

No dia 25, minha pequena Ayla nasceu.
Nesse mesmo dia, Jade descobriu sua gravidez.
E poucas horas depois, nossa família pareceu se amar cada vez mais.

Um conto de Natal - Um grupo em Nova YorkOnde histórias criam vida. Descubra agora