∴ ━━━ 07 ━━━ ∴Não fazia muito tempo que ele estava na aula, as crianças se reuniam simultaneamente na mesa para colorir um papel em branco que ele havia entregue a pouco tempo. Wuxian estava sentado apenas há alguns centímetros, olhando fixamente seus alunos tão concentrados.
A bagunça rodeava o local, visto que minutos atrás eles tinham brincado de pega-pega e a dança das cadeiras. Tudo estava bem espalhado e, de acordo com seus cálculos, Wuxian imaginava que teria de ficar mais tarde para limpar. Seus olhos percorreram um grupo de meninas, pequenas e com bochechas gordinhas.
Elas pintaram não apenas o papel em branco, como seus rostos e mãos. Não muito depois, seus olhos viajaram para os meninos, que cochichavam entre si enquanto viravam discretamente para a próxima criança que Wuxian pousou seus olhos.
A-Yuan estava sozinho, abraçado com o seu coelho, ele parecia não ligar para o fato de estar sendo observado. Conforme alguns minutos se passavam, Wei Ying ainda prestava atenção no pequeno coelhinho, um pouco preocupado com a sua quietude que parecia piorar a cada dia.
Ele pensou em se levantar e se aproximar das crianças, talvez para observar de perto como as coisas estavam funcionando e perguntar para A-Yuan se ele estava bem. No entanto, quando estava prestes a deixar a mesa, o celular colocado em cima dela, tocou.
Ele encarou por um tempo para ver quem era, Wuxian não costumava pegar o celular em horário de trabalho, por mais que o mantivesse por perto, mas ao ver quem estava ligando, ele precisou atender. Se levantando um pouco mais apressado e colocando o aparelho na orelha, ele pediu um minuto para ter tempo de sair para fora.
— Crianças, eu irei atender uma ligação importante, por favor, não façam bagunça. — pediu educadamente, recebendo um coro uníssono de sim.
Ao ver seu professor se afastando, A-Yuan suspirou e encolheu os ombros. Ele olhou o retrato que desenhava e sentiu seus olhinhos encherem de lágrimas. Seu peito dóia ao ver o retrato, mal feito, de seu pai que fora desenhado por si. A saudade parecia aumentar a cada fração de segundo.
Perdido e desolado, A-Yuan se assustou quando um coleguinha tocou o seu braço e se afastou rudemente. Não era sua intenção, mas como foi pego de surpresa, sua reação foi automática. O colega em questão se chamava Yiyu, pelo menos era assim que A-Yuan se lembrava, e ele era um mini valentão.
— A-Yuan, me empreste o seu coelho, por favor? — perguntou a outra criança. O pequeno olhou para a pelúcia em seus braços e negou com a cabeça. Ele não daria seu boneco favorito.
— Não posso, meu pai me deu. — respondeu baixinho.
— E você tem pai?
— Claro que eu tenho. — fez careta ao responder uma pergunta tão óbvia.
— Seu pai não gosta de você? Nunca vi ele trazendo você, sempre parece sozinho e triste. — Yiyu falou.
— Isso é mentira!! É claro que o meu pai gosta de mim, ele só é muito ocupado!!
— Bom, eu não ligo. Eu quero o seu coelho agora! — Yiyu exigiu, cruzando os braços em birra.
— Não vou dar o meu coelho pra você. Sai daqui. — A-Yuan escondeu a película, abraçando fortemente em seus bracinhos.
Yiyu, seu coleguinha, fez uma careta feia e se virou de costas. A-Yuan achou que ele tinha desistido e lhe deixaria em paz, mas, ao se distrair, yiyu se virou carregando um potinho de tinta azul e derramou sobre o coelhinho branco, sujando o pequeno A-Yuan e seu casaco no processo.
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Believe • Wangxian
Fiksi PenggemarLan Wangji é um famoso que conhece o professor de seu pequeno filho, A-Yuan. Entretanto, o jovem famoso não esperava se apaixonar assim que colocasse os olhos no homem de cabelos castanhos e sorriso brilhante. Os problemas começam a surgir quando el...