Rosewood

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    Fui surpreendida por uma brisa gelada sobrevoando ao redor das minhas entranhas quando adentrei o quarto do hotel de Kally

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    Fui surpreendida por uma brisa gelada sobrevoando ao redor das minhas entranhas quando adentrei o quarto do hotel de Kally.

Vasculhei o amplo ambiente, reparando eu mesma o quanto estava desassossegada.

Tornei a caminhar descalça pela maciez do carpete felpudo desdobrado por todo o chão enquanto percebia a atmosfera abafada, podendo observar com cuidado a estrutura das paredes altas e repletas de luxo ao entorno, predominadas por tons claros; uma iluminação quente e amarelada excedia conforto elegantemente, como no restaurante algum tempo atrás. Notei de relance o ofurô que havia dentro do anexo de banho extenso integrado, e ao centro do quarto uma cama vazia, coberta por edredons impecavelmente brancos e vultosos.

Reparei nos sofás decorativos, ou mesmo na adega embutida que não parecia ter sido utilizada ainda. 

Existia, claramente, certa desordem ao canto do quarto em frente ao armário aberto; por malas cheias de grife e sapatos extravagantes, mas preferi ignorar.

Afinal, que outra coisa seria de tal maneira importante quanto o desespero interno que eu estava sentindo?

Ouvi a porta se fechar atrás de mim, permaneci imóvel ao centro do corredor. Não entendia muito bem o que estava acontecendo, por esse motivo continuei estática. A presença dela me causava sensações que eu nunca poderia explicar.

Uma espécie de névoa cercava meus pensamentos, me deixando confusa. Logo a mim, que sempre fui decidida.

Mas então veio o sobressalto ridículo do coração defensivo no peito.

Kally me abraçou por trás, escondendo seu rosto em minha nuca.

Seus lábios traçaram um caminho de toques suaves ao meu pescoço, me obrigando a ceder à necessidade de inclinar a face para dá-la mais coragem para continuar.

Sentia uma embriaguez sutil serpenteando meu corpo, como uma sensação gradual e reconfortante. Como se chamas escaldantes me envolvesse em todas as partes, espalhando conforto para cada fibra de meu ser. Suas caricias afetuosas me despertavam os mais delicados arrepios. A pressão suave de seus lábios dançavam lenta e ternamente ao longo de minha pele macia, seus beijos castos me transmitiam todo o carinho que eu precisava sentir, e que ela estava disposta a me realizar.

Quanto a mim?

Nada mais fazia, senão suspirar.

Seus gestos de devoção desde o início daquela noite me impregnaram de forma que mantinha fascínio; como uma entrega silenciosa que somente seria entregue a mim, suas expressões triunfantes exprimiam um desejo entrelaçado pela proporção do rumo que esta noite estava tomando.

Os lábios de Kally recaíam sobre minha pele como pluma aveludada, depositavam sensações sutis em meu peito extasiado, imediatamente uma trilha de calor irradiava todo o meu corpo, despertando todos os meus sentimentos adormecidos. Nossa proximidade fazia-me pegar fogo! Sua linguagem de afeição e ternura se desenvolvia desenhada em minha pele, como um convite formidável ao desconhecido tão propositado.

Perspective [Em Pausa] Fanfiction (Rachel Sheherazade & Kally Fonseca)Onde histórias criam vida. Descubra agora