Capítulo 4| A Filha Proibida

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— Deusa ou não... eu não deixarei a mulher que eu tanto amo ir embora assim sem motivo!

— Saiba que o meu noivo é Argos o Deus do Caos...

— Que se foda quem ele é, eu não ligo, mesmo que você não retribua eu tenho que botar pra fora o que tá guardado há muito tempo... Ondina, eu senti uma conexão com você desde que me salvou e isso foi ficando mais forte a cada vez que eu passava o tempo contigo, essa conexão se transformou em puro amor e- Antes que eu pudesse terminar de falar fui interrompido por Ondina selando seus lábios nos meus

Aquele beijo criou fagulhas no meu coração, e com toda certeza eu retribui.

— Me desculpa eu agi por impulso... - Ondina se afastou

— Pode ser impulsiva o quanto quiser ein!

Ondina ficou completamente vermelha naquele momento, e eu também após perceber o que eu acabei falando, ficamos ambos em silêncio por alguns segundos até ela quebra-ló.

— Então quer dizer que você me ama tanto a ponto de não estar nem ligando se o Argos possa te matar? - Ondina perguntou

— Eu gosto de correr riscos, e por você eu até morreria, você é a única pessoa que eu tenho nessa vida, a única que eu me importo de verdade. Se para ficar ao seu lado eu tenha que correr esse risco, eu o faço sem hesitar! - disse confiante

— Caleb... - Ondina me abraçou com força e eu retribui o abraço - Eu não sou digna de tanto amor, mas eu prometo que vou retribuir em dobro

Meu coração errou uma batida naquele momento, seriam essas as fagulhas do amor? É acho que sim. E novamente Ondina me beijou, a paixão consumia nossas almas as tornando uma só, naquela noite nos unimos de corpo e alma.

Porém depois de 3 meses Ondina desapareceu, eu cai em desespero pensando no pior, o que poderia ter acontecido? Por que desapareceu tão de repente?

E quando se passou 1 ano, minhas esperanças haviam chegado ao fim, e lá estava eu, sentado na areia observando as ondas lembrando de minha amada que nunca mais voltou

O mar dar, o mar tira

E quando me levantei para ir embora para a vila, uma voz familiar me chamou, eu olhei para trás rezando para que não fosse nenhuma ilusão, e fiquei perplexo ao ver Ondina saindo de dentro do mar. Eu corri até seu encontro, meu coração estava palpitando rápido e minha respiração irregular.

— Ondina! - chamei o nome dela

— Caleb...

— Onde você estava? Por onde andou? Por quê sumiu sem me avisar para onde ia? - eu fiz várias perguntas até que reparei no tecido que envolvia a parte superior do corpo dela

— Caleb, eu voltei porquê... - ela afastou o tecido revelando... - a nossa filha finamente nasceu

— Filha? Mais como? Quando? - Eu estava atordoado até que novamente ela me silenciou

— O nome dela é Marina, fruto do nosso amor proibido, e ela não pode viver no reino dos Deuses por ter sangue mortal, e se ela cair nas mãos do Argos será morta - A voz de Ondina estava entristecida - E para proteger você e a nossa filha eu tenho que viver para sempre junto com os Deuses...

— O que você quer dizer com isso?

— Caleb, eu não vou poder ficar - Ela retirou o lenço que envolvia Marina e a entregou nos braços de Caleb - Eu vou fazer de tudo para proteger a nossa princesa, e para isso eu preciso que você cuide dela

— Não, Ondina, por favor não vai embora de novo - Lágrimas desceram pelo meu rosto

— Nunca é um Adeus, sempre que olhar pro mar você saberá que eu estarei por perto, eu te amo e sempre vou amar - Ela disse me beijando pela última vez e sumindo com as ondas

Eu estava devastado e sem saber o que fazer, agora eu tinha uma responsabilidade em meus braços, retirei o tecido para ver claramente o rosto da minha filha, e meu rosto se iluminou quando meus olhos encontraram os dela, Marina deu uma risadinha que aqueceu meu coração.

— Tão pequenina, você se parece tanto com ela...

"O mar dar, o mar tira"

— Eu prometo te proteger, eu vou lutar pra que você possa ficar a salvo - sorri enquanto Marina segurou meus dedos com suas mãos tão pequenas

De repente, senti um tremor abaixo dos meus pés, e quando olhei para a praia era como se ilha estivesse se movendo, e quando olhei para o lado noroeste da ilha eu fiquei abismado ao ver a cabeça de uma tartaruga gigante...

— A ilha foi abençoada se transformando em uma tartaruga, a Ondina fez isso para esconder e proteger a Marina do mundo - Caleb disse

— Caramba, isso foi profundo - Usopp disse

— Então quer dizer que essa ilha foi feita como proteção... - Robin disse olhando em direção a ilha

— A correnteza não deixa nenhum navio se aproximar, eu não entendo como vocês conseguiram chegar até aqui 

— Se você que é o homem de uma Deusa não sabe, imagine eu - Nami disse anotando alguma coisa em seu caderno

De repente Marina se lembrou de que tinha algo a dizer para seu pai

— Pai, eu tenho uma coisa para te contar - Caleb olhou um pouco descofiado para a sua filha ‐ O Luffy me chamou para fazer parte da tripulação dele, eu finalmente vou poder me aventurar nesse mundo!

— O quê?

— É como você me disse, talvez algum dia eu fosse navegar por aí, explorar esse mundo[...]

— Marina...

— Parece que minha mãe finalmente me escutou, talvez ela tenha os enviado justamente pra iss-

—MARINA! - Seu pai gritou, Marina se assustou com seu tom de voz elevado - Você não vai a lugar nenhum com essa gente

— Mas pai...

— Nada de "mas", você vai ficar aqui e ponto final, eu a proibo de sair desta ilha! - Marina se calou no mesmo instante abaixando a cabeça como sinal de respeito

— Velhote de uma figa, quem é tu na fila do pão, ela que decide o que vai fazer da própria vida - Marina interveio antes que Luffy continuasse a falar

— Está tudo bem Luffy, eu vou ficar bem, espero que consiga realizar o seu sonho ao lado dos seus amigos - A garota  deu um sorriso falso seguindo seu pai para fora do navio

— Não tem nada que você possa fazer, Luffy, ele é o pai e responsável dela - Nami disse mas o moreno não deu ouvidos, de qualquer forma ele iria fazer alguma coisa

...

𝕆ℕ𝔼 ℙ𝕀𝔼ℂ𝔼| ʙᴇʏᴏɴᴅ ᴛʜᴇ sᴇᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora