— Deusa ou não... eu não deixarei a mulher que eu tanto amo ir embora assim sem motivo!
— Saiba que o meu noivo é Argos o Deus do Caos...
— Que se foda quem ele é, eu não ligo, mesmo que você não retribua eu tenho que botar pra fora o que tá guardado há muito tempo... Ondina, eu senti uma conexão com você desde que me salvou e isso foi ficando mais forte a cada vez que eu passava o tempo contigo, essa conexão se transformou em puro amor e- Antes que eu pudesse terminar de falar fui interrompido por Ondina selando seus lábios nos meus
Aquele beijo criou fagulhas no meu coração, e com toda certeza eu retribui.
— Me desculpa eu agi por impulso... - Ondina se afastou
— Pode ser impulsiva o quanto quiser ein!
Ondina ficou completamente vermelha naquele momento, e eu também após perceber o que eu acabei falando, ficamos ambos em silêncio por alguns segundos até ela quebra-ló.
— Então quer dizer que você me ama tanto a ponto de não estar nem ligando se o Argos possa te matar? - Ondina perguntou
— Eu gosto de correr riscos, e por você eu até morreria, você é a única pessoa que eu tenho nessa vida, a única que eu me importo de verdade. Se para ficar ao seu lado eu tenha que correr esse risco, eu o faço sem hesitar! - disse confiante
— Caleb... - Ondina me abraçou com força e eu retribui o abraço - Eu não sou digna de tanto amor, mas eu prometo que vou retribuir em dobro
Meu coração errou uma batida naquele momento, seriam essas as fagulhas do amor? É acho que sim. E novamente Ondina me beijou, a paixão consumia nossas almas as tornando uma só, naquela noite nos unimos de corpo e alma.
Porém depois de 3 meses Ondina desapareceu, eu cai em desespero pensando no pior, o que poderia ter acontecido? Por que desapareceu tão de repente?
E quando se passou 1 ano, minhas esperanças haviam chegado ao fim, e lá estava eu, sentado na areia observando as ondas lembrando de minha amada que nunca mais voltou
O mar dar, o mar tira
E quando me levantei para ir embora para a vila, uma voz familiar me chamou, eu olhei para trás rezando para que não fosse nenhuma ilusão, e fiquei perplexo ao ver Ondina saindo de dentro do mar. Eu corri até seu encontro, meu coração estava palpitando rápido e minha respiração irregular.
— Ondina! - chamei o nome dela
— Caleb...
— Onde você estava? Por onde andou? Por quê sumiu sem me avisar para onde ia? - eu fiz várias perguntas até que reparei no tecido que envolvia a parte superior do corpo dela
— Caleb, eu voltei porquê... - ela afastou o tecido revelando... - a nossa filha finamente nasceu
— Filha? Mais como? Quando? - Eu estava atordoado até que novamente ela me silenciou
— O nome dela é Marina, fruto do nosso amor proibido, e ela não pode viver no reino dos Deuses por ter sangue mortal, e se ela cair nas mãos do Argos será morta - A voz de Ondina estava entristecida - E para proteger você e a nossa filha eu tenho que viver para sempre junto com os Deuses...
— O que você quer dizer com isso?
— Caleb, eu não vou poder ficar - Ela retirou o lenço que envolvia Marina e a entregou nos braços de Caleb - Eu vou fazer de tudo para proteger a nossa princesa, e para isso eu preciso que você cuide dela
— Não, Ondina, por favor não vai embora de novo - Lágrimas desceram pelo meu rosto
— Nunca é um Adeus, sempre que olhar pro mar você saberá que eu estarei por perto, eu te amo e sempre vou amar - Ela disse me beijando pela última vez e sumindo com as ondas
Eu estava devastado e sem saber o que fazer, agora eu tinha uma responsabilidade em meus braços, retirei o tecido para ver claramente o rosto da minha filha, e meu rosto se iluminou quando meus olhos encontraram os dela, Marina deu uma risadinha que aqueceu meu coração.
— Tão pequenina, você se parece tanto com ela...
"O mar dar, o mar tira"
— Eu prometo te proteger, eu vou lutar pra que você possa ficar a salvo - sorri enquanto Marina segurou meus dedos com suas mãos tão pequenas
De repente, senti um tremor abaixo dos meus pés, e quando olhei para a praia era como se ilha estivesse se movendo, e quando olhei para o lado noroeste da ilha eu fiquei abismado ao ver a cabeça de uma tartaruga gigante...
— A ilha foi abençoada se transformando em uma tartaruga, a Ondina fez isso para esconder e proteger a Marina do mundo - Caleb disse
— Caramba, isso foi profundo - Usopp disse
— Então quer dizer que essa ilha foi feita como proteção... - Robin disse olhando em direção a ilha
— A correnteza não deixa nenhum navio se aproximar, eu não entendo como vocês conseguiram chegar até aqui
— Se você que é o homem de uma Deusa não sabe, imagine eu - Nami disse anotando alguma coisa em seu caderno
De repente Marina se lembrou de que tinha algo a dizer para seu pai
— Pai, eu tenho uma coisa para te contar - Caleb olhou um pouco descofiado para a sua filha ‐ O Luffy me chamou para fazer parte da tripulação dele, eu finalmente vou poder me aventurar nesse mundo!
— O quê?
— É como você me disse, talvez algum dia eu fosse navegar por aí, explorar esse mundo[...]
— Marina...
— Parece que minha mãe finalmente me escutou, talvez ela tenha os enviado justamente pra iss-
—MARINA! - Seu pai gritou, Marina se assustou com seu tom de voz elevado - Você não vai a lugar nenhum com essa gente
— Mas pai...
— Nada de "mas", você vai ficar aqui e ponto final, eu a proibo de sair desta ilha! - Marina se calou no mesmo instante abaixando a cabeça como sinal de respeito
— Velhote de uma figa, quem é tu na fila do pão, ela que decide o que vai fazer da própria vida - Marina interveio antes que Luffy continuasse a falar
— Está tudo bem Luffy, eu vou ficar bem, espero que consiga realizar o seu sonho ao lado dos seus amigos - A garota deu um sorriso falso seguindo seu pai para fora do navio
— Não tem nada que você possa fazer, Luffy, ele é o pai e responsável dela - Nami disse mas o moreno não deu ouvidos, de qualquer forma ele iria fazer alguma coisa
...
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𝕆ℕ𝔼 ℙ𝕀𝔼ℂ𝔼| ʙᴇʏᴏɴᴅ ᴛʜᴇ sᴇᴀ
AdventureApós fugirem da Marinha em Water Seven, os Chapéus de Palha cruzam os mares até que acabam encontrando uma ilha no meio do nada. Porém aquele lugar continha uma presença poderosa que faria qualquer ser humano comum e despreparado se ajoelhar ao ousa...