amargurado, que nem café sem açúcar
desaguando sem nenhuma gota de chuva
tenho parado de me lamentar por você ter partido
e chorado por ter me perdidoeu me enganei, fui ingênuo demais
de achar que você realmente seria capaz de deixar tudo pra trás
que lutaria por nós tanto quanto eu
que uniria a sua barricada junto a minhamas não posso te culpar, isso é egoísmo
culpa do meu âmago achatado, esmagado
se estraçalhando em milhões de pedaços
só porque eu queria ficar contigovocê simplesmente acabou comigo
se queria ir embora, poderia simplesmente ter dito
eu teria chorado, esperneando, talvez até implorado, mas não te sufocadonão é justo que seja eu o culpado
eu deixo o meu livro favorito aberto pra você
e você vem e me deixa inteiramente despedaçado
sentindo apenas o maldito salgadoo salgado das minhas lágrimas escorrendo
irritando as minhas feridas abertas
me fazendo chegar perto de descobrir o que só os loucos sabem
me tratando como se eu tivesse um coração feito de açose isso era amor, então sinto muito, não quero amar mais
eu já tenho desafetos e cicatrizes por demais
e se por acaso você estiver cogitando voltar como se não fosse nada demaiscomo se o inferno a que você me submeteu simplesmente nunca tivesse existido
então da mesma forma que você voltar com o rabo entre as pernas, eu vou fazer você partirsoltarei todos os meus demônios em cima de você
darei um motivo real pra você querer correr
já que você sempre foi de ouvir a todos menos a mim
que use eles de escudo quando a minha raiva te atingir