Como Nos Meus Sonhos

chapter 8

LIAM ROSSI

Não sei por que a Iara apareceu.
Essa garota é insuportável, ninguém aqui aguenta a presença dela, só meu irmão, aquele idiota.

Pra piorar, Daphine e lara ficam trocando olhares. O clima entre elas está pior que o normal. As duas se encaram com cara de quem vai se engalfinhar a qualquer momento. E, claro, pra melhorar ainda mais, Daphine está bebendo como se o mundo fosse acabar amanhã. Ela já virou quantos copos? Eu parei de contar. A única coisa que sei é que estou tentando impedir que ela beba mais, mas é como segurar um furacão.

__ Liam, querido, o que você tem? __ Iara pergunta, com aquela voz irritante que me dá vontade de sair correndo.

Sai daqui, carniça. Ninguém te quer aqui.

__ Ele não tem nada __ Daphine responde, claramente bébada.

Iara solta uma risada falsa, mas antes que possa dizer qualquer coisa, Kristen entra na conversa, imitando a voz da lara de forma debochada.

__ É que ele, como todos nós, não queremos a sua ilustríssima presença aqui, querida.

__Eu estou ótimo, vamos encerrar por aqui digo, tentando evitar mais confusão.

Iara dá uma ultima olhada cheia de veneno para Daphine, antes de sair batendo os pés no chão.

__ Parece até o capeta Larissa comenta, fazendo todos rirem.

O grupo volta a conversar, mas minha atenção está em Daphine. Ela, agora, mexe distraidamente no celular, concentrada em algo. Ela está no Twitter, mas... isso está em outro idioma? O que ela está lendo?

Ela nota que eu a estou observando e desliga o celular, me encarando com aqueles olhos brilhantes.

__ Isso é falta de educação, querido Rossi... __ sussurra em meu ouvido, com um tom provocante.

Coloco minha mão em sua соха, vendo seu corpo se arrepiar ao toque. O olhar dela mostra surpresa e excitação ao mesmo tempo.

__ Pare de me provocar __ murmuro contra sua pele.

__ E o que você vai fazer, hum? __ ela pergunta, me desafiando com um sorriso que me faz perder o controle. Eu respiro fundo, tentando manter a calma. Ela está bébada e eu não quero que ela faça algo de que vá se arrepender depois.

__ Vamos parar por aqui, Daph. Você está bébada. Não quero que se arrependa amanhã __ falo firme, mas ela apenas me ignora, decidida.

Daphine se levanta cambaleando e vem diretamente para o meu colo, sentando-se ali como se fosse o

lugar mais natural do mundo. Eu fico estático por um momento, sentindo o peso do olhar de todos na sala.

__ Liam, meu amor, eu te amo tanto... __ ela murmura, segurando meu rosto com as duas mãos e beijando minhas bochechas, como se ninguém mais estivesse ali.

Seguro seus braços, tentando controlar a situação.

__ Liam, leva ela pra casa, por favor. Ela está muito bêbada e meus tios vão me matar se virem ela assim __ Larissa pede, visivelmente preocupada.

Suspiro, sabendo que não tenho outra escolha. __ Ok, eu a levo pra casa. __ Me levanto, pegando Daphine no colo antes que ela possa protestar. Ela se debate, irritada.

__ Liam Nicoló Rossi, me põe no chão agora __ ela diz, cruzando os braços

Ela me chama pelo meu nome completo. Poucas pessoas fazem isso. Eu deveria ficar irritado, mas no estado em que ela está, só posso me preocupar. Caminho com ela até o carro, ignorando suas reclamações.

__ Aurora, sua figlia di puttana __ murmuro baixinho para mim mesmo. Daphine sabe que a amiga dela é a culpada por essa bebedeira toda

Chegamos ao meu carro e a coloco no banco da frente, cuidadosamente prendendo o cinto de segurança. Quando entro no carro, ela já me encara de novo, com os olhos brilhando, agora sem tanto o efeito da bebida, mas com algo mais... perigoso.

O clima entre nós muda no momento em que ela tira o cinto de segurança e se aproxima, sentando-se no meu colo sem aviso.

__ Daphine, por favor, volta pro seu banco. Se não você vai causar um acidente serio __ falo, minha voz mais rouca do que eu gostaria.

Ela ignora completamente o meu aviso, movendo-se mais perto. Minhas mãos instintivamente seguram sua cintura enquanto tento manter a concentração na estrada. Eu sei o que está prestes a acontecer, e está ficando cada vez mais difícil resistir.

Estaciono o carro no acostamento, finalmente cedendo à necessidade de resolver isso antes que algo mais perigoso aconteça.

E então, nossos olhos se encontram novamente, cheios de uma tensão palpável, que estava sendo evitada por tanto tempo.