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ᴘᴏᴠ ᴀɪʟᴀ

Depois daquela declaração toda, fiquei sem reação, congelei completamente.

— Alex... Ah, meu Deus! Essa foi uma das coisas mais bonitas que já me disseram. Eu...— fui interrompida por uma voz bem familiar.

— Aila! Cadê você, maninha? Ailaaa! — Allan.

— Aí caramba, é o seu irmão.

— Fudeu pra caralho — solto sem querer — se esconde.

Digo e o mesmo obedece. Pau mandado.

Oi, Allan. Tô aqui.

— Você é maluca? Me deixou preocupado.

— Só vim pegar um vento, tava sem sono, tinham muitos pensamentos ruins me rodeando. — Isso é verdade, minha cabeça tava bem cheia. O Allan, então, sentou-se ao meu lado.

— Allan...

— Oi?

— Será que o papai se preocupa mesmo comigo?

— Óbvio, Aila. Por que isso agora?

— Ele não fala comigo há meses. Quando ele foi embora, não se deu ao trabalho de se despedir, só foi.

— Não fica pensando nisso, meu bem. Se ele não tá contigo é ele quem perde. Você sabe que eu tô contigo sempre, né?

— Claro né. Nem sei o que seria de mim sem você.

Isso pareceu aquelas cenas idiotas de filmes, que a mocinha dá uma vitimizada legal. Mas nos últimos dias eu tenho realmente pensado bastante sobre isso. Acaba que ninguém tem dado muita atenção pra mim. Minha mãe trabalha tá caramba e, quando tá de folga, sai com amigos direto. Meu pai, enfim, é meu pai. Só tem o Allan. No geral, ainda tem mais gente, tipo o Patrick, a Juli, a Karen, o Romeu e o Alex.

Alex.

Por que eu fico tão nervosa quando penso nele? Droga, não era pra eu ter me apaixonado.

Aquela declaração me deixou sem jeito. Ele mandou muito, tipo, MEU DEUS. Aquilo foi absolutamente lindo. As palavras dele, o jeito que ele falou, o olhar dele, tudo. Tava incrível.

— Aquela sua amiga, a Karen, tá afim de mim? — o Allan pergunta de repente.

— Tá interessado, Allanzito? — provoco

— Se liga, Aila. — ele diz meio sem graça.

[...]

Ontem, eu e o Allan fomos embora pouco depois da pergunta sobre a Karen. Falando nela, essa vaca não acordou ainda, levando em consideração que são 07:00AM. Mal dormi essa noite. Estamos aqui eu e Lívia. Exatamente, Lívia.

— E então, Aila, você e o Alex?...

— A gente é só amigo — por enquanto— Mas e você? Ainda gosta dele?

— Posso ser sincera?

— Com certeza.

— O Alex é o típico padraozinho bad boy. Ele é aquele tipo de crush que a gente nunca esquece, insuperável eu diria. Mas não é como se eu ainda quisesse algo com ele. Não ia dar certo, assim como não deu. Nós somos muito opostos e, por mais que exista o famoso clichê dos "opostos se atraem" no nosso caso nunca vai rolar. No máximo uma amizade. — Lívia diz e logo suspira com um ar de "pronto, falei".

— Realmente, ele é muito isso. —concordo e nós rimos — Olha, eu acho realmente que nós podemos tentar ter uma amizade legal, a gente tem muito em comum.

Ela me olha e parece pensar, mas enfim se decide.

— Tudo bem — ela sorri — amigas?

— Amigas. — Abraço ela após dizer isso — Lívia, já que somos amigas e você foi super sincera comigo, preciso te contar, quero um conselho.

— Ai, conta conta.

— Ontem o Alex meio que se declarou pra mim.

— O QUE? CONTA ISSO DIREITO.

— Ontem eu tava com uns pensamentos chatos, então resolvi sair do quarto pra pegar um ar. Sentei perto da piscina naquelas cadeiras de deitar. Enfim, daí ele chegou e nós começamos a conversar.

Flashback on

- Sozinha aqui fora, gatinha? - era ele. Alex.

- Não consegui dormir, e você? Tá fazendo o que aqui essa hora?

- Tava acordado, vi você saindo e vim.

- Você é louco, sabia?

- Os melhores são.

Os dois conversam por um longo tempo até que Aila começa a se encantar com a Lua.

- Olha a lua.

- O que que tem ela?

- Ela é tão linda, tão incrível, tão independente... Olha pra ela, o único satélite natural da Terra. Vive sozinha, sempre linda, iluminando todo mundo da Terra.

- O Sol também é bonito.

- Mas não como a Lua, o Sol queima, machuca, esquenta. Não é como a Lua, ela é tranquila, é calma.

- É, você entende mesmo sobre isso. Mas sabe uma coisa?

- O quê?

- A beleza da lua não chega nem perto da sua.

- Ah, não começa, Alex.

- É sério, Aila. Você sabe que eu não sou dessas coisas, mas desde o dia que você chegou, não sai da minha cabeça. Eu penso em você 24h por dia. Você, Aila Lino, dominou meus pensamentos, e eu estou completamente apaixonado por você, assim como você é pela lua.

Flashback off

— Então, pra você, isso é "meio" que uma declaração? — Lívia diz indignada — o que seria uma declaração pra você?

— Aí, Liv. Não sei, é difícil. Ninguém nunca se apaixonou por mim assim.

— Pode ficar tranquila, Ailinha. Eu vou te ajudar.

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Author's Notes

• Oii, queridos/queridas leitores/leitoras, tudo bem? Apareci. Tava tendo umas coisas bem pessoais acontecendo e fiquei sem ânimo pra escrever. Espero que tenham gostado do capítulo, beijos...

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Palavras: 852

𝒪 𝒩𝑜𝓈𝓈𝑜 "ℰ𝓇𝒶 𝒰𝓂𝒶 𝒱𝑒𝓏" - ᴀʟᴇx ғᴇʀʀᴀʀɪ Onde histórias criam vida. Descubra agora