II. Presentes que não pude entregar

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Outono de 1989, Amber  oito anos

...

          —  Pequena Amber? Está na hora de acordar, logo vossas visitas estão para chegar. 

  A garotinha se espreguiçou na cama ao ouvir a voz suave de seu amigo Ziggi ecoar no quarto.

          — Ziggi? Que horas são?

          — É o Ziggi sim senhorita. São exatamente... sete e trinta e dois.  — o elfo doméstico gentil informou e em seguida, com um estalar de dedos fez com que todas as cortinas do quarto se abrissem.

  Amber puxou um travesseiro e cobriu os olhos resmungando alguma reclamação banal. Ziggi falava sobre mais algumas coisas, mas a menina sequer assimilou uma palavra, preocupada demais em tentar dormir novamente.

          — Pequena senhorita eles vem aí! Tem apenas... vinte e cinco minutos para se arrumar.

  O elfo doméstico comunicou novamente um pouco mais eufórico e puxou com cuidado as cobertas da menina, para não a assustar. Um suspiro sonolento ecoou.

          — Desculpe a pergunta Ziggi... Quem vem mesmo?

  Com a testa franzida o elfo encarou a menina, suas mãos se tornaram inquietas no cobertor que o mesmo puxara com cuidado.

          — Os Malfoy pequena senhorita! A senhorita esqueceu?

  No mesmo instante a pequena Rosier se sentou na cama em um pulo repentino. Os olhos arregalados, a respiração antes tranquila agora era profunda. Saltou da cama, calçou as pantufas e caminhou depressa até o elfo doméstico.

          — É hoje? Não Ziggi. Era depois do outro dia! Eu tenho quase certeza...

  A menina passou a mão pelos cabelos ainda pensando sozinha em voz alta. O elfo doméstico tocou seu braço gentilmente e sorriu de maneira reconfortante. Ziggi lhe disse que estava tudo bem, que sairia tudo bem, como de costume. Pediu-lhe para que fosse se aprontar e disse que aguardaria do lado de fora do quarto.

  Assim como o elfo tinha a orientado a menina seguiu para o banheiro e fez todas suas higienes matinais. Quando voltou para o quarto havia um lindo vestido da cor azul Prússia, seu tom favorito no mundo todo, seguido é claro pelo rosa bebê. O tom claro de rosa a lembrava da mãe. De acordo com todos seus amigos elfos, sua mãe era um mulher que apreciava muito este tom de rosa. Portanto, ter essa cor por perto era como ter uma parte de sua mãe junto.

  Seu quarto era inteiramente no tom de rosa bebê.

  Talvez um pouco de rosa demais. Mas para uma menina de oito anos, além de lindo era algo sentimental, que ninguém além dela e seus amigos elfos sabiam. Era algo especial. 

  Já completamente arrumada a menina abriu a porta do quarto.

  Não era surpresa que não houvesse ninguém para auxilia-la em se arrumar naquela manhã, pois quando recebiam visitas as atenção era realocadas, para as visitas e a mansão, é claro. Mas não era problema algum para a menina, era quase reconfortante, levando em consideração as horas de conversa que ela teria com a nobre família Malfoy.

𝙍𝙚𝙡í𝙦𝙪𝙞𝙖𝙨 𝙙𝙖𝙨 𝘼𝙡𝙢𝙖𝙨 | draco malfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora